Le Monde
Uma rede que enviava supostos jihadistas para a Síria foi desmantelada na segunda-feira (15) de manhã, na França. Foram conduzidas mais de dez prisões no total, principalmente na região de Toulouse, bem como na região parisiense e na Normandia.
Na região de Midi-Pirineus, quatro prisões foram efetuadas em Toulouse e Graulhet (Tarn), uma pequena cidade de 13 mil habitantes entre Castres e Albi, explicou uma fonte policial. Outras fontes próximas da investigação informam que houve uma detenção em Gironde, no setor de Langon (50 quilômetros a sudeste de Bordeaux), e outra na cidade de Havre, além de Yvelines, na região de Paris.
A polícia antiterrorista e a Raid (unidade de elite da polícia) tinham entre dez e 15 alvos na operação. O perfil das pessoas presas ainda não era conhecido no início da manhã de segunda-feira, mas vários jovens nascidos no fim dos anos 1980 ou no início dos anos 1990 figuram entre eles, explicou uma fonte próxima do caso. Segundo as primeiras informações disponíveis, essa suposta rede já teria enviado à Síria candidatos à jihad e vários outros estariam sendo encaminhados.
Explosão de aspirantes jihadistas
A França enfrentou em 2014 uma explosão no número de aspirantes jihadistas com destino à Síria e ao Iraque, tendo como consequência a angustiante questão da volta deles e de uma possível ação terrorista em seu território.O número de aspirantes à jihad na Síria aumentou mais de 80% desde o início de janeiro, segundo recentes declarações do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Atualmente, segundo estimativas oficiais, seriam quase 370 deles no local. Mais de 200 manifestaram vontade de partir e cerca de 120 já teriam voltado, com quase 200 em trânsito e cerca de 50 mortos.
Em toda a Europa, cerca de 3.000 pessoas partiram para conduzir a jihad na Síria e no Iraque, um número que também aumentou bastante nos últimos meses, relatou no fim de setembro o coordenador europeu para o combate antiterrorista.
De forma geral, mais de 1.100 franceses estão envolvidos em graus variados nas redes jihadistas, segundo os números dados em novembro pelo procurador de Paris. Um dos mais conhecidos é Maxime Hauchard, um jovem normando de 22 anos, identificado em um vídeo postado pelos combatentes do Estado Islâmico que mostrava a execução de mais de 20 sírios e um trabalhador humanitário norte-americano.
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