Daniel Buarque - UOL
Reportagem da revista 'The Week' sobre 'catástrofe' na economia brasileira
Faz
quase dois anos que o caso de amor da imprensa internacional com a
economia brasileira chegou ao fim. Foi em setembro de 2013 que esse
rompimento ganhou seu maior destaque, quando a revista “The Economist'' publicou a capa em que renegava a previsão otimista de alguns anos
antes e mostrava o Cristo Redentor voando sem rumo após a decolagem
(representando as finanças nacionais). Após anos de euforia
internacional com o crescimento brasileiro, o pessimismo agora é
generalizado nas avaliações estrangeiras, que publicam reportagens
diárias sobre a crise no país e chegam a pontos extremos como um artigo publicado pela revista semanal “The Week'', que diz que país vive uma “catástrofe'' econômica.
Segundo a revista, o governo brasileiro está de mãos atadas enquanto a economia afunda. A presidente tenta recuperar a economia, mas escândalos de corrupção dificultam a administração do país. “A presidente do país, Dilma Rousseff, um dia já foi popular, mas agora é amplamente rejeitada como corrupta e incompetente, e há grandes protestos enchendo as ruas do país para denunciar seu governo'', diz.
“O Brasil costumava ser uma das economias que cresciam mais rápido no mundo, mas agora é um caso perdido'', diz o artigo, que analisa a evolução da história recente da economia brasileira.
Pesquisadores estrangeiros acostumados a avaliar a evolução histórica da economia do país e a forma como ela é interpretada no resto do mundo costumam apontar que é normal haver um movimento pendular entre o otimismo e o pessimismo exagerados. A euforia global com o Brasil na virada da década foi trocada por este clima que beira o pânico, e que afeta ainda mais a economia do país. A perspectiva mais positiva para a economia brasileira no momento talvez seja torcer que o pessimismo esteja atingindo seu ponto mais alto, para que comece a haver um movimento pendular rumo ao otimismo.
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