Economia encolhe 1,7% no terceiro trimestre; nem Grécia e Ucrânia tiverem três trimestres de queda
Entre os
segmentos, a indústria é o que tem o pior desempenho em 2015. Nos três
trimestres do ano, o recuo do setor é de 5,6%, e, em relação ao mesmo
período do ano passado, a queda é de 6,7%. O setor de serviços também
tem números muito ruins, com destaque negativo para o comércio, que
recuou 2,4%. Até mesmo a agropecuária vai mal. Em comparação com o
segundo trimestre, o segmento registrou queda de 2,4%.
Outro dado
péssimo: o consumo das famílias recuou 4,5% em relação ao trimestre
anterior. É a maior queda desde o início da série histórica, em 1996.
A retração
de 1,7% do PIB no terceiro trimestre foi a maior queda entre 41 países
que já divulgaram o seu dado de julho a setembro. E não é só isso: a
recessão brasileira é também a mais longa em todo o mundo.
O resultado
chama atenção porque aconteceu em um período em que boa parte da
economia mundial teve crescimento: dos 41 países analisados, 35
obtiveram resultado positivo ou ficaram estagnados. Além do Brasil,
somente Dinamarca, Japão, Taiwan, Grécia e Estônia encolheram no
terceiro trimestre. Entre os países da América Latina, apenas Chile e
Colômbia já anunciaram seus dados de julho a setembro. O primeiro
cresceu 0,4%, e o segundo, 0,8%.
Mais um
destaque negativo: o PIB brasileiro acumula o terceiro trimestre
consecutivo de retração, uma sequência que nem mesmo Grécia e Ucrânia,
dois países que vivem crises graves, obtiveram no período.
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