Lula e o PT têm pavor de pensar no assunto. Mas é bom lembrar que ex-ministro era o interlocutor do partido com todos os setores da economia
Consta que Antonio Palocci
já fez o primeiro encontro com vistas à delação premiada. É claro que
essa possibilidade tira o sono do PT e de Lula em particular.
Mas o pânico vai muito além da cerca vermelha.
Palocci era o interlocutor do PT com os bancos, com a indústria, com o varejo, com a Casa da Noca…
Vejam a dimensão que tomou a Lava Jato. A
palavra “petrolão” se tornou um reducionismo. Afinal, as
sem-vergonhices na Petrobras eram apenas parte da arquitetura criminosa.
A operação já passou por lugares que nada têm a ver com a estatal.
E o que se teme é que setores até agora
blindados contra a onda de delações acabem tragados pelo olho do
furacão. E Palocci é o elemento-chave de tal risco.
Afinal, o ex-ministro sempre foi um dos
hecatônquiros do PT, também conhecidos por centímanos — criaturas
mitológicas de cem braços e 50 cabeças. Eram três irmãos, filhos de
Urano e Gaia e irmãos dos titãs: Briareu (“vigoroso”), Coto (“furioso”) e
Giges (“de grandes membros”) — aquela da ilustração.
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