Péssima companhia
Avaliação ruim é menos problema para Temer do que para aliados com pretensões eleitorais.
Dora Kramer - VEJA
Reprovação ao governo repercute na seara tucana (Reprodução)
A piora acentuada e gradativa dos índices de
avaliação do governo sob a ótica das pesquisas de opinião, não significa
grande coisa para o presidente Michel Temer. Não é candidato à
reeleição e, não sendo cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, já
poderá se considerar com a vida política ganha em 2018, quando estará
beirando os 80 anos de idade.
O problema se agrava mesmo é para o lado de correligionários
e aliados, cuja sobrevida eleitoral encontra-se com todas as fichas
postas na roleta do PMDB. Na seara tucana, por exemplo, fica
especialmente ruim para o senador Aécio Neves que embarcou de mala e
cuia no governo confiando no apoio à candidatura dele a presidente; fica
menos pior um pouco para o senador José Serra, que desembarcou a bordo
de uma excelente justificativa (dores lancinantes na coluna que, no
entanto, não o impedem de viajar toda semana a Brasília para exercer o
mandato; fica ótimo para o governador Geraldo Alckmin, que sempre foi
contra a aproximação com o PMDB e a participação do partido no governo.
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