Olho vivo e faro fino
Congresso atua em janela de oportunidade no cotidiano da crise
Dora Kramer - VEJA
De olho em Michel Temer, presidente tão afeito a
falácias quanto seus antecessores Dilma Rousseff e Luiz Inácio da Silva
(os três prestes a serem transferidos do cenário político para o elenco
de réus na Justiça), o país corre o risco de contratar pesada conta a
pagar caso não apure o faro para o que se engendra no Congresso para
além da interdição da denúncia por corrupção passiva contra o
presidente. O cotidiano da crise põe Temer como protagonista, no centro
da cena. Inevitável e indispensável. Mas, em nome da precisão de foco
não se pode perder a vigilância.
A pretexto de dar continuidade à reforma política,
parlamentares engendram a criação de um fundo público no valor de R$ 3,5
bilhões para financiar campanhas eleitorais em 2018. Sete partidos
(PMDB, PSDB, DEM, PSB, PP, PR e PSD) já fecharam um acordo de esforço
concentrado para aprovar a criação do fundo. Em tese, a reforma é
necessária para corrigir defeitos do sistema
partidário-político-eleitoral. Na prática está sendo usada para
transferir ao público o ônus do financiamento.
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