Procurador preso pela Lava Jato diz que é inocente e que está ‘ansioso para falar’
Soa como música Villela é visto pelo universo
político como uma peça-chave no jogo dos que querem desnudar o modus
operandi da Procuradoria-Geral da República nas negociações por acordos
de delação premiada.
Todo ouvidos Aliados do presidente Michel Temer, que
está em guerra aberta contra Rodrigo Janot, já deram sinais de que
pretendem convocar o procurador preso a falar no Congresso. Esperam a
instalação da CPI da JBS para articular uma convocação.
Várias frentes A Comissão de Finanças da Câmara
aprovou um convite ao ex-procurador Marcello Miller para falar ao
colegiado sobre possíveis irregularidades nas operações financeiras da
JBS.
Cajadada só Ex-braço direito de Rodrigo Janot,
Miller foi chamado como representante do escritório que negociou a
leniência do grupo. Na prática, os deputados querem explorar sua ida
para a banca em meio à delação de Joesley e Wesley Batista.
Pela culatra Indicada por Temer para suceder Rodrigo
Janot na chefia da PGR, Raquel Dodge contou com o apoio de ala vista
como a mais radical do Ministério Público.
Com quem andas? Entre seus apoiadores estão Raquel
Branquinho e José Alfredo de Paula Silva. Ambos atuaram com o
ex-procurador-geral Roberto Gurgel no mensalão.
Dividir para reinar Aliados do presidente, porém,
comemoraram o fato de ele ter seguido à risca a estratégia de escolher
rapidamente a sucessora de Janot. Com isso, dizem, “o Planalto jogou um
balde de gelo na xícara de café” do procurador-geral.
Venha! O presidente pediu que emissários entrassem
em contato com Raquel Dodge na noite de terça-feira (27), antes de
receber oficialmente a lista tríplice da ANPR.
Tira da frente Ao pedir que Edson Fachin, do STF,
enviasse a denúncia contra Michel Temer direto para a Câmara, a defesa
do presidente tentou acelerar o que considera a “pior” das acusações:
corrupção passiva.
Temos pressa Auxiliares de Temer avaliam que o
melhor é correr para dar menos margem a fatos novos. O Planalto calcula
que a Câmara apreciará o caso na semana de 24 de julho. Temer conta com a
suspensão do recesso.
Às claras O impasse no julgamento sobre a
possibilidade de revisão de delações na Justiça ficou evidente no fim da
sessão do Supremo desta quarta (28). Há forte divisão na corte e a
decisão deve ser por um placar apertado –a favor ou contra.
Suicida A aliados, Renan Calheiros (PMDB-AL) fez
previsão pessimista sobre seu partido. Disse que a sigla pode até salvar
Michel Temer da degola, mas vai morrer para completar a missão.
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