Com decisões do STF sobre Loures e Aécio, família de procurador preso diz que ele sofre ‘perseguição’
Resta um As decisões favoráveis do Supremo a
Rodrigo Rocha Loures e a Aécio Neves reforçaram entre familiares do
procurador Ângelo Vilella Goulart, preso sob acusação de vender
informações para a JBS, o discurso de que ele é alvo de perseguição.
Edson Fachin delegou à instância inferior veredito sobre pedido de
revisão da prisão preventiva e decidiu só reavaliar o caso na volta do
recesso. Encarcerado há 45 dias, Vilella jamais prestou depoimento nem
passou por audiência de custódia.
Bispo e rei Vilella integrava a força-tarefa da
Operação Greenfield e era próximo à cúpula da Lava Jato em Brasília. Ele
é visto como peça fundamental no xadrez dos políticos que querem levar
luz aos bastidores das negociações das delações.
Onde pega Ele é acusado de ter vendido dados da
Procuradoria à JBS por R$ 50 mil. A família diz que nenhum dinheiro foi
encontrado em sua casa ou sua conta e lembra que Rocha Loures, que
ficará em prisão domiciliar, foi filmado carregando R$ 500 mil.
Primeiro encontro A primeira fala do procurador a
autoridades ocorrerá nesta terça-feira (4). Ele dará depoimento em
processo disciplinar do Ministério Público.
Nem vem A PGR sempre negou qualquer tipo de
perseguição ou tratamento diferenciado a Vilella. Em nota divulgada há
15 dias, afirmou que “não dá e nem dará tratamento diferenciado para
investigados por estes terem ou deixarem de ter ligação com membros da
instituição”.
Linha direta Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu do
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a informação de que o
ministro Marco Aurélio Mello havia autorizado que ele retomasse o
exercício do mandato. Tucanos telefonaram para felicitá-lo — Geraldo
Alckmin entre eles.
Estoy aquí Apesar de admitirem que Aécio Neves volta
ao Senado fragilizado, tucanos dizem que sua presença no Congresso pode
mudar o vento dos integrantes do PSDB que defendem a saída do partido
do governo Temer.
O baile todo Para criminalistas, as decisões sobre
Aécio e Rocha Loures, além da absolvição de João Vaccari, terão impacto
sobre o ex-presidente Lula. No atual cenário, dizem, Sergio Moro terá
dificuldade para condenar o petista no caso do tríplex.
Tudo tem limite Integrantes da força-tarefa da Lava
Jato demonstraram forte irritação com as decisões do STF desta
sexta-feira (30). Disseram até que poderiam deixar o grupo de trabalho,
não por oposição a Raquel Dodge, que vai substituir Rodrigo Janot, mas
por cansaço.
Filtro Do grupo de trabalho original em Brasília
restam apenas dois procuradores. Ex-integrantes da força tarefa na
capital afirmam, porém, que não trabalhariam com Dodge, que seria
“centralizadora”.
Pingos nos is O presidente Michel Temer pediu para
que os líderes do governo no Congresso desmentissem o boato entre
deputados da base de que estaria disposto a recriar o imposto sindical.
Pense bem Relator da reforma trabalhista na Câmara,
Rogério Marinho (PSDB-RN) avisou que se “Temer vetar o artigo que acaba
com o imposto sindical, pode desarranjar sua base”. E ele é da ala do
partido que defende o apoio ao governo.
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