“Desencarceramento”: a esquerda turbinando o crime e a impunidade
Percival Puggina - MSM
Se você ainda não ouviu falar em desencarceramento, prepare seus olhos, ouvidos, nariz e garganta para o que vem por aí.
Nada disso é recente, tudo está entre as causas da nossa insegurança e
precisa de Lula em liberdade para que o processo se complete. Lula
atrás das grades sinaliza o capítulo final de uma era na política
brasileira, encerrando muitas carreiras, idéias e militâncias
impulsionadas pela energia que dele emanava.
Desencarcerar? Soltar presos? Polícia prende, justiça solta? Agenda
pelo desencarceramento? Que diabos é isso? Os promotores de Justiça do
MP/RS, Diego Pessi e Leonardo Giardin de Souza, abriram a janela sobre o
tema. Ambos são autores do livro “Bandidolatria e Democídio, ensaio sobre garantismo penal e criminalidade no Brasil”.
Em recente artigo, chamam a atenção para a existência de uma tal “Rede
Justiça Criminal, ente fantasmagórico que diz reunir oito ONGs
preocupadas com o sistema criminal brasileiro (prisaonaoejustica.org).
Dentre as reivindicações da abnegada militância, destaca-se a
inarredável proibição de prender, pois cadeias superlotadas geram “mais
violência”, sendo necessário apostar em mecanismos que dificultem a
prisão ou induzam a soltura de criminosos”. Tudo que você quer, não é
mesmo, leitor?
Em novembro de 2013, essa rede criou uma Agenda pelo
Desencarceramento. Seus autores consideram “chegada a hora de reverter a
histórica violência do país contra as pessoas mais pobres e, com
seriedade, fortalecer a construção de um caminho voltado ao horizonte de
uma sociedade sem opressões e sem cárceres”. Para isso, pontuam as
seguintes metas:
– suspensão de qualquer investimento em construção de novas unidades prisionais;
– restrição máxima das prisões cautelares, redução de penas e
descriminalização de condutas, em especial aquelas relacionadas à
política de drogas;
– ampliação das garantias da execução penal e abertura do cárcere para a sociedade;
– vedação absoluta da privatização do sistema prisional;– Combate à tortura, desmilitarização das polícias e da gestão pública.
Enquanto os brasileiros convivem com níveis de violência e
insegurança superiores aos de regiões em guerra, influentes organizações
assombram a sociedade com tais propostas. Por quê? Marxismo em grau
máximo.
Para ideologias coletivistas, o indivíduo é um anacoluto, uma
inconsistência na gramática marxista, onde somente o coletivo tem
importância. O indivíduo é descartável por ser portador de interesses
conflitantes com os do coletivo onde deveria estar inserido. Por isso, a
Sibéria, os gulags, as clínicas psiquiátricas. Por isso, para a turma
do desencarceramento, violência não é praticada por quem está nas ruas
roubando, matando, estuprando, apavorando a sociedade; violenta é a
sociedade que encarcera aqueles a quem, antes, “excluiu”. O criminoso
seria produto geneticamente inevitável dessa sociedade que só será
curada pelo mergulho no socialismo (é assim que eles chamam o
comunismo). De modo simétrico, está tudo na Teologia da Libertação,
absolvendo, o pecado individual em nome de um impessoal e coletivo
pecado social que só se redime com os “oprimidos, conscientizados,
lutando por sua libertação”.
Cansei de escrever e dizer que era exatamente isso que estava por
trás da leniência da legislação, da falta de investimentos no sistema
prisional, da inoperância do Fundo Penitenciário Nacional; que era
exatamente isso que promovia a superlotação e a gritaria dos militantes
de direitos humanos ante o desejado produto de sua estratégia: solta
todo mundo que assim não dá.
Agora, tanto o método quanto a finalidade estão muito claros, com
agenda redigida por seus articuladores, que, obviamente, permanecem à
sombra de suas ONGs. Durante 13 anos de governo petista, essa estratégia
foi determinante da crise que nos levou à condição de 11° país mais
inseguro do mundo, com o maior número de homicídios e 19 das 50 cidades
mais violentas do planeta. Por enquanto. O fim da era Lula é o fim desse
macabro programa.
Publicado originalmente com o título ‘Lula e bandidos soltos, tudo a ver’.
http://puggina.org
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