quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Planalto vai reestruturar administração federal com cortes nas áreas de recursos humanos
Painel - FSP
Mãos de tesoura O Planalto vai reestruturar a burocracia da administração federal cortando e realocando servidores que atuam na área de recursos humanos. Levantamento feito pela Casa Civil e pelo Ministério do Planejamento aponta que cerca de 10% do funcionalismo trabalha em RHs –50 mil dos 600 mil empregados. A ideia é unificar a gestão de pessoal, centralizando-a no Planejamento. Para reduzir os cortes, o governo vai estimular quem já preenche os requisitos a se aposentar.
Aval Os números sobre as mudanças nos recursos humanos foram apresentados na segunda (6) ao presidente Michel Temer, que aprovou o plano de reestruturação.
Última que morre O governo vai concentrar esforços para salvar dois pontos da reforma da Previdência: idade mínima e a unificação do regime, limitando todas as aposentadorias ao teto pago hoje a trabalhadores da iniciativa privada.
Saldo devedor Na reunião com líderes da base aliada, Henrique Meirelles (Fazenda) lembrou que, sem qualquer reforma, o governo terá que cortar mais R$ 50 bilhões em 2018.
Quem paga O ministro não foi explícito, mas deu a entender que novo aperto no Orçamento atingirá em cheio as emendas parlamentares e os convênios com prefeituras –pilares de sustentação das campanhas a reeleição dos deputados.
Santo de casa Chamou a atenção o fato de que o líder do partido de Meirelles, o deputado Marcos Montes (PSD-MG), fez um dos discursos mais enfáticos sobre a inviabilidade da aprovação de mudanças na aposentadoria.
Fora todos Deputados do centrão agora cobram uma reforma ministerial mais ampla. Além do PSDB, queixam-se da atuação do que chamam de “ministros candidatos”, que direcionam os esforços de suas pastas para seus interesses regionais.
Imóvel O Planalto parece disposto a continuar fazendo vista grossa. Auxiliares de Temer lembram que, se todos os aliados forem medidos pela régua com que medem o PSDB, muitos partidos entrarão na linha de corte.
Umbigo Citam o PSD como exemplo. Na segunda denúncia, quase metade da bancada votou contra o presidente. 
Nada consta O GSI enviou nota na qual afirma que “não procede a afirmação de que a ABIN recebeu um dossiê com informações sobre o delegado Fernando Segóvia”, cotado para substituir Leando Daiello na PF. “A suposta troca no comando é de competência exclusiva do Ministério da Justiça.”

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