Planalto vai reestruturar administração federal com cortes nas áreas de recursos humanos
Mãos de tesoura O Planalto vai reestruturar a
burocracia da administração federal cortando e realocando servidores que
atuam na área de recursos humanos. Levantamento feito pela Casa Civil e
pelo Ministério do Planejamento aponta que cerca de 10% do
funcionalismo trabalha em RHs –50 mil dos 600 mil empregados. A ideia é
unificar a gestão de pessoal, centralizando-a no Planejamento. Para
reduzir os cortes, o governo vai estimular quem já preenche os
requisitos a se aposentar.
Aval Os números sobre as mudanças nos recursos
humanos foram apresentados na segunda (6) ao presidente Michel Temer,
que aprovou o plano de reestruturação.
Última que morre O governo vai concentrar esforços para salvar dois pontos da reforma da Previdência:
idade mínima e a unificação do regime, limitando todas as
aposentadorias ao teto pago hoje a trabalhadores da iniciativa privada.
Saldo devedor Na reunião com líderes da base aliada,
Henrique Meirelles (Fazenda) lembrou que, sem qualquer reforma, o
governo terá que cortar mais R$ 50 bilhões em 2018.
Quem paga O ministro não foi explícito, mas deu a
entender que novo aperto no Orçamento atingirá em cheio as emendas
parlamentares e os convênios com prefeituras –pilares de sustentação das
campanhas a reeleição dos deputados.
Santo de casa Chamou a atenção o fato de que o líder
do partido de Meirelles, o deputado Marcos Montes (PSD-MG), fez um dos
discursos mais enfáticos sobre a inviabilidade da aprovação de mudanças
na aposentadoria.
Fora todos Deputados do centrão agora cobram uma reforma ministerial mais ampla.
Além do PSDB, queixam-se da atuação do que chamam de “ministros
candidatos”, que direcionam os esforços de suas pastas para seus
interesses regionais.
Imóvel O Planalto parece disposto a continuar
fazendo vista grossa. Auxiliares de Temer lembram que, se todos os
aliados forem medidos pela régua com que medem o PSDB, muitos partidos
entrarão na linha de corte.
Umbigo Citam o PSD como exemplo. Na segunda denúncia, quase metade da bancada votou contra o presidente.
Nada consta O GSI enviou nota na qual afirma que “não procede a afirmação de que a ABIN recebeu um dossiê com informações
sobre o delegado Fernando Segóvia”, cotado para substituir Leando
Daiello na PF. “A suposta troca no comando é de competência exclusiva do
Ministério da Justiça.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário