Temer sinaliza que reforma ministerial sai em até 15 dias; PSDB corre risco de ficar isolado
Trincou A espiral caótica que tragou o tucanato é
apontada como prova de que o partido não terá musculatura suficiente
para se apresentar como líder natural da centro-direita na eleição
presidencial de 2018. A principal vítima da desordem interna, dizem
caciques de siglas desse grupo, é o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP).
Procura-se Líderes de legendas historicamente
aliadas aos tucanos afirmam que a rinha no partido acabou “estreitando o
caminho de Alckmin” e ampliando a cobiça por um novo nome, como Luciano Huck ou mesmo Henrique Meirelles (Fazenda).
Oráculo O ex-presidente Lula fez um diagnóstico curto, seco e certeiro sobre as consequências da crise no tucanato: “Fortalece o Temer”.
O baile todo Políticos que conversaram com Huck nos
últimos dias sentiram que o apresentador sonha em, uma vez candidato,
unir em seu palanque partidos como DEM, Rede –em especial Marina Silva– e
PPS. A mistura, claro, parece indigesta.
Gato escaldado Bolsonaro ainda não tem marqueteiro.
Costuma dizer que precisa de tempo para escolher a “pessoa certa” e cita
o histórico de escândalos envolvendo profissionais da área.
Movediço Manifesto do Clube Militar critica a divisão no Supremo Tribunal Federal e diz que as divergências na corte
“provocam o descrédito na firmeza e na imparcialidade das sentenças,
pondo em risco a segurança jurídica, um dos fundamentos do Estado
democrático de Direito”.
Seu lado O texto, intitulado “Supremos”, diz que há
hoje o “STF e o STF do B”. “As duas turmas de ministros atuam como dois
tribunais, muitas vezes antagônicos.”
Roleta russa “Os acusados esforçam-se para serem
julgados pela turma que, muito provavelmente, lhes será favorável. A
decisão por 6 a 5, uma raridade histórica, tem sido cada vez mais
comum”, diz o manifesto assinado pelo general da reserva Clovis Purper
Bandeira.
Cara nova? O PMDB publicou seu novo estatuto no
Diário Oficial. No início do texto –que ainda precisa ser referendado na
convenção do partido– a sigla apresenta o nome que adotará: Movimento Democrático Brasileiro e diz que utilizará “MDB”, “Movimento” e “MOVE” como abreviações.
Todo o poder Um dos artigos que mais preocupa
peemedebistas que fazem oposição ao governo é o 76. Há inciso que diz
que caberá à Comissão Executiva Nacional “fixar os critérios para
distribuição do fundo eleitoral”. O colegiado, segundo o estatuto, terá
apenas 17 membros.
Minha escolha O temor é que, com o poder de
distribuição dos recursos concentrado em suas mãos, a cúpula do partido
possa definir “os vencedores e os perdedores” das eleições de 2018.
Regressiva O DEM convocará sua executiva nacional
até a primeira semana de dezembro. Fará intervenções em todos os
diretórios que vão abrigar os nove deputados dissidentes do PSB.
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