Reinaldo Azevedo - VEJA
O Ministério Público anunciou nesta quarta-feira que há seis outros acordos de delação premiada que correm em sigilo, além de uma lista de 16 nomes que foi apresentada, a saber: Paulo Roberto Costa e seus familiares (Marici da Silva Azevedo Costa, Shanni Azevedo Costa Bachmann, Arianna Azevedo Costa Bachmann, Humberto Sampaio de Mesquita e Marcio Lewkowicz); o ex-gerente da estatal Pedro Barusco; o doleiro Alberto Youssef; seu ajudante Rafael Ângulo Lopez; Dalton Avancini e Eduardo Leite, diretores da Camargo Corrêa; os lobistas Julio Camargo e Shinko Nakandakari e os empresários Augusto Ribeiro, Luccas Pace Junior e João Procópio.
Como da
lista do MP não constam os nomes do Milton Pascowitch e do empresário
Mauro Góes, o último a fazer acordo, então seriam apenas quatro os
delatores por enquanto desconhecidos. As especulações correm soltas.
Góes, autor
das mais recentes acusações, detalhou ao MP como funcionaria o esquema
da Andrade Gutierrez, mantido no exterior, segundo ele, para a
distribuição de propinas. Ele sustenta que, por meio da subsidiária
Zagope Angola, a empresa teria repassado recursos para uma offshore na
Suíça que ela própria controlaria — a Phad Corporation — , de onde
migrariam para as contas do petista Renato Duque, ex-diretor de
Serviços.
Segundo o
MP, houve pelo menos 83 repasses de propina entre julho de 2006 e
fevereiro de 2012 da conta de Góes para a de Pedro Barusco, que
abrigariam também propinas para Duque, que era o chefe de Barusco. O
total das operações teria chegado, aponta o MP, a US$ 6,42 milhões.
Os outros
As especulações ficam agora por conta dos quatro outros delatores anunciados pelo Ministério Público. Entre eles, pode estar um nome que leva verdadeiro pânico ao PT e que, até agora ao menos, tem-se mantido um túmulo: o petista Renato Duque.
As especulações ficam agora por conta dos quatro outros delatores anunciados pelo Ministério Público. Entre eles, pode estar um nome que leva verdadeiro pânico ao PT e que, até agora ao menos, tem-se mantido um túmulo: o petista Renato Duque.
Quando se
deu a primeira prisão de Duque, circularam com força os boatos de que
ele teria dito que não cairia sozinho. Depois, obteve um habeas corpus
no Supremo, e a temperatura baixou. A segunda prisão, acusado que foi de
tentar esconder ativos, levou a uma nova elevação da tensão. Comenta-se
nos bastidores que a família pressiona Duque a fazer o acordo de
delação premiada.
Há duas
semanas, seu advogado chegou a dizer que essa não era uma hipótese
descartada. Nos próximos dias, saberemos. O PT está mais ansioso do que
nós.
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