Quando o ministro Gilmar Mendes foi espionado pelo governo Lula,
o alto magistrado ligou para o ex-presidente FHC para pedir apoio
político e foi até o Palácio do Planalto, sem hora marcada, exigir falar
com o presidente Lula acompanhado dos ministros Ayres Britto e Cezar
Peluso.
Agora é o ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin, quem está sendo grampeado. A revelação foi estampada na capa da revista Veja que confirma o caso com um assessor do presidente.
Na Veja:
A presidente do Supremo Tribunal Federal reagiu e soltou uma nota dura sobre o episódio. O presidente Michel Temer negou o ocorrido, assim como Lula.
Recentemente, o ministro Luís Barroso, que ocupa o gabinete que era do ministro Joaquim Barbosa, relator do Mensalão, encontrou uma escuta desativada em seu gabinete.
Fica a curiosidade sobre a reação do ministro Gilmar Mendes sobre a revelação de que um colega de STF está sendo grampeado pelo governo Temer. Vai reagir ou vai fingir que não viu?
““Eu estava numa fazenda”, contou Fernando Henrique em São Paulo. “O Gilmar estava indignado. Disse que ia reagir à altura, chamando às falas o presidente Lula. Eu o incentivei a ir em frente.” Mendes foi. “Não há mais como descer na escala da degradação institucional”, declarou ele à imprensa. “Gravar clandestinamente os telefonemas do presidente do STF é coisa de regime totalitário. É deplorável, ofensivo, indigno.” No dia seguinte, uma delegação do STF integrada por Mendes, Ayres Britto e Cezar Peluso foi ao Planalto sem ter sido convidada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva os recebeu. (…) Dias depois, à guisa de reparação, mas sem explicitá-la, determinou que o delegado Paulo Lacerda saísse da chefia da Agência Brasileira de Inteligência.” Fonte.(Para saber mais sobre esse episódio e sobre os grampos no STF leia os livros ‘Ex-agente abre a caixa preta da ABIN‘ de Claudio Tognolli e do Tenente-Coronel André Soares e ‘Assassinato de Reputações I‘ de Claudio Tognolli e Romeu Tuma.)
Agora é o ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin, quem está sendo grampeado. A revelação foi estampada na capa da revista Veja que confirma o caso com um assessor do presidente.
Na Veja:
“De acordo com um auxiliar do presidente Michel Temer, que pediu para se manter no anonimato porque não está autorizado a falar publicamente sobre o assunto, o governo acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o serviço secreto, para bisbilhotar a vida do ministro com o objetivo de encontrar qualquer detalhe que possa fragilizar sua posição de relator da Lava-Jato.”A ABIN é um órgão de inteligência de Estado, não de arapongagem do governo. É óbvio que a ordem para espionar um ministro do STF não se enquadra no quesito operação de inteligência para municiar o presidente Michel Temer de informações sensíveis, é um ato criminoso puro e simples. Quem deu a ordem é criminoso, quem sabia da ordem é criminoso e quem cumpriu a ordem sabia que estava cometendo um crime. Aliás, no livro ‘Ex-agente abre a caixa preta da ABIN‘ o Tenente-Coronel André Soares mostra através de sua trajetória que é possível chegar nos mais altos postos da vida pública nos Serviços de Inteligência do país se negando a cumprir ordem ilegais.
A presidente do Supremo Tribunal Federal reagiu e soltou uma nota dura sobre o episódio. O presidente Michel Temer negou o ocorrido, assim como Lula.
Recentemente, o ministro Luís Barroso, que ocupa o gabinete que era do ministro Joaquim Barbosa, relator do Mensalão, encontrou uma escuta desativada em seu gabinete.
Fica a curiosidade sobre a reação do ministro Gilmar Mendes sobre a revelação de que um colega de STF está sendo grampeado pelo governo Temer. Vai reagir ou vai fingir que não viu?
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