quinta-feira, 29 de maio de 2014

Cinco razões pelas quais a CPI Mista da Petrobras não dará em nada 
Gabriel Garcia - Blog do Ricardo Noblat 
Foi instalada, ontem, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista, formada por deputados e senadores, criada para investigar denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. Abaixo, cinco razões pelas quais a CPI não dará em nada:
1) O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) foi eleito presidente da CPI. Ele presidiu a CPI do Cachoeira, que investigou negócios do bicheiro Carlos Cachoeira com políticos e empresas. A CPI encerrou os trabalhos quando as apurações chegaram a negócios suspeitos de empreiteiras com o governo federal. Além disso, ele já preside a CPI da Petrobras exclusiva do Senado, que em nada acrescentou às investigações em curso.
2) O senador Gim Argelo (PTB-DF) foi eleito vice-presidente. Gim foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ser ministro do Tribunal de Contas da União. Abriu mão da vaga após pressão de funcionários do TCU. Gim responde a vários processos no Judiciário. É leal a Dilma.
3) Quem será o relator? O deputado Marco Maia (PT-RS). Ele foi presidente da Câmara e é aliado do ex-líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-RS). Não fará nada que desagrade Dilma.
4) Desinteresse da oposição. A oposição faz barulho, mas não acredita mais na CPI. Os oposicionistas queriam desgastar a imagem de Dilma. Conseguiram. Dilma caiu nas pesquisas de intenção de votos e viu aumentar o índice dos adversários Aécio Neves e Eduardo Campos.
5) Há uma série de eventos pela frente que servirá para esvaziar o Congresso - e, por tabela, a CPI: Copa do Mundo, que começa em 12 de junho, as tradicionais comemorações das festas juninas, recesso parlamentar (julho) e eleições para deputados, senadores e governadores em outubro.

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