sábado, 1 de novembro de 2014

Arno Augustin: o mundo paralelo do homem forte de Dilma
Reinaldo Azevedo - VEJA
O blog Dinheiro Público & Cia, da Folha, ouviu o secretário do Tesouro, Arno Augustin, o petista da área econômica que é o queridinho de Dilma. Então tá. Vai ver ele e Dilma estão certos, e o Brasil tem de ser mandado para o hospício.
Sim, ele acha que o desequilíbrio orçamentário decorre da baixa arrecadação, consequência do crescimento econômico pífio — ufa! Ainda bem! Ocorre que não é só isso. Também há o problema dos gastos crescentes, mas disso Arno não quer falar. Sigamos. Segundo o valente, o baixo crescimento deriva da conjuntura internacional. Por que outros crescem na América Latina, e o Brasil não? Não sei se lhe foi perguntado, mas ele não disse.
Sim, o crescimento será próximo de zero neste ano, mas Arno jura que tudo poderia ser pior se o governo não tivesse atuado. Em princípio, estamos diante de um truísmo, mas já tenho minhas dúvidas se, de fato, sem governo, a gente não estaria em situação muito melhor.
Arno diz que estão em estudo medidas para se adequar à situação fiscal. Não há saída. Ou o governo arrecada mais ou gasta menos. Gastar menos é… gastar menos. Há só um caminho. O aumento da receita tem duas vereadas: aumento de imposto (não há clima) ou crescimento robusto (idem).
A entrevista não deixa de ser um portento. Na prática, ele diz que Dilma fez tudo certo, embora tudo tenha dado errado, ela não saiba como sair do buraco.

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