Crescimento foi de 0,1% em 2014 e de 2,1% na média do primeiro mandato
Investimento desaba, consumo esfria e renda encolhe, pondo fim à política econômica iniciada em 2009
GUSTAVO PATU/PEDRO SOARES - FSP
Com derrocada dos investimentos e desânimo no consumo, os brasileiros ficaram mais pobres no ano passado, o que pôs fim à política econômica iniciada em 2009.Dados divulgados nesta sexta-feira (27) mostram que o Produto Interno Bruto, a medida da produção e da renda do país, cresceu apenas 0,1% em 2014.
Insuficiente até para acompanhar o aumento da população, a taxa significa uma queda de 0,7% na renda nacional média por habitante, que ficou em R$ 27.229 --ou R$ 2.269 mensais.
Os dados mostram uma retração aguda dos investimentos, ou seja, dos gastos de empresas e governos em obras de infraestrutura e compras de equipamentos destinados a ampliar a capacidade de produção. A queda, de 4,4%, foi a maior em 15 anos.
O consumo das famílias, esteio da economia e evidência da ascensão social nos anos Lula, perdeu ritmo pelo quarto ano consecutivo e cresceu apenas 0,9%, ante taxas acima de 6% comuns na década passada.
A queda ajuda a entender por que a política de expansão de gastos públicos, desonerações tributárias e crédito subsidiado deu lugar a um ajuste fiscal ortodoxo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Iniciada há seis anos para enfrentar a crise global, a estratégia desenvolvimentista teve sucesso inicial e foi decisiva na primeira eleição de Dilma. Os resultados, porém, foram declinantes.
Rombos crescentes nas contas do governo alimentaram a dívida pública e a inflação, contida artificialmente com o controle de tarifas, o que comprometeu o caixa das empresas estatais.
Mesmo com uma revisão para cima dos resultados do PIB promovida pelo IBGE, o crescimento médio anual no governo da petista não passou de 2,1%, o pior desde as recessões dos anos Collor.
No papel, o resultado de 2014, acima de zero, foi melhor que o de 2009, quando o PIB encolheu 0,2%. Aquele ano, porém, diferentemente do ano passado, foi encerrado com a economia em franca recuperação.
Os investimentos seguiram em baixa, agora acompanhados das despesas do governo após as eleições. No resto do mundo, os preços dos produtos primários, exportados pelo país, desabaram.
Em reflexo da demanda escassa, a produção conjunta de indústria, serviços e agropecuária teve expansão de apenas 0,3% no trimestre.
Insuficiente até para acompanhar o aumento da população, a taxa significa uma queda de 0,7% na renda nacional média por habitante, que ficou em R$ 27.229 --ou R$ 2.269 mensais.
Os dados mostram uma retração aguda dos investimentos, ou seja, dos gastos de empresas e governos em obras de infraestrutura e compras de equipamentos destinados a ampliar a capacidade de produção. A queda, de 4,4%, foi a maior em 15 anos.
O consumo das famílias, esteio da economia e evidência da ascensão social nos anos Lula, perdeu ritmo pelo quarto ano consecutivo e cresceu apenas 0,9%, ante taxas acima de 6% comuns na década passada.
A queda ajuda a entender por que a política de expansão de gastos públicos, desonerações tributárias e crédito subsidiado deu lugar a um ajuste fiscal ortodoxo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Iniciada há seis anos para enfrentar a crise global, a estratégia desenvolvimentista teve sucesso inicial e foi decisiva na primeira eleição de Dilma. Os resultados, porém, foram declinantes.
Rombos crescentes nas contas do governo alimentaram a dívida pública e a inflação, contida artificialmente com o controle de tarifas, o que comprometeu o caixa das empresas estatais.
Mesmo com uma revisão para cima dos resultados do PIB promovida pelo IBGE, o crescimento médio anual no governo da petista não passou de 2,1%, o pior desde as recessões dos anos Collor.
No papel, o resultado de 2014, acima de zero, foi melhor que o de 2009, quando o PIB encolheu 0,2%. Aquele ano, porém, diferentemente do ano passado, foi encerrado com a economia em franca recuperação.
Os investimentos seguiram em baixa, agora acompanhados das despesas do governo após as eleições. No resto do mundo, os preços dos produtos primários, exportados pelo país, desabaram.
Em reflexo da demanda escassa, a produção conjunta de indústria, serviços e agropecuária teve expansão de apenas 0,3% no trimestre.
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