Oposição acusa Dilma de crime de extorsão
Grupo entrou com ação na Procuradoria

GABRIELA GUERREIRO, MARINA DIAS E DANIELA LIMA - FSP

Sem consenso sobre um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, partidos de oposição decidiram nesta terça (30) entrar com representação na Procuradoria-Geral da República contra a petista e o ministro Edinho Silva (Comunicação Social), tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, por crime de extorsão.
PSDB, DEM, PPS e SD também vão pedir acesso à delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, para que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) possa verificar suspeitas que envolvem a campanha do PT.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou a ação como "factoide ridículo" e "nonsense jurídico".
Em sua delação, Pessoa disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em seus negócios com a Petrobras.
Pessoa já deve colaborar com a ação que o PSDB move contra Dilma por abuso de poder econômico em 2014 --a Justiça Eleitoral autorizou pedido do partido para que o empresário testemunhe sobre o financiamento da campanha.
Parte da oposição já defende o pedido de impeachment, mas a tese vencedora até agora é a que prega o avanço nas investigações para reunir provas.