Ricardo Bordin - Instituto Liberal
Pelo menos uma pessoa morreu e outras
dez foram feridas quando uma van atingiu pedestres nos arredores de uma
mesquita em Londres (com longo histórico de ligação com extremistas)
neste domingo. Toufik Kacimi, diretor executivo da Muslim Welfare House
(entidade que presta suporte a muçulmanos), declarou que o ataque foi
claramente direcionado a islamistas que recém haviam participado de
cultos do Ramadan. O agressor foi capturado e está sendo tratado pelas
autoridades como terrorista. O prefeito da capital, Sadiq Khan,
asseverou que não haverá tolerância com tais crimes de ódio. A
primeira-ministra Theresa May lamentou o episódio perpetrado contra a
comunidade islâmica.
Interessante notar como é fácil falar grosso e generalizar quando o interlocutor é o pacífico cidadão europeu médio.
Questões que emergem do fato insólito e urgem respostas imediatas:
1 – Diferente
de como costuma proceder, a imprensa, tão logo soube dos detalhes do
atentado, correu para entrevistar figuras eminentes do Islam na
Inglaterra e dar-lhes voz para manifestar sua indignação com o ocorrido.
Por quê? Já havíamos sido quase todos
convencidos pela mídia tradicional que os incontáveis atos de terrorismo
praticados por devotos de Alah não guardavam qualquer relação com a
religião em si. Até mesmo Obama fez sua parte (e como) para difundir tal
consenso.
O que mudou? Por que não foi concedido o
mesmo espaço midiático para cristãos proeminentes quando um padre
católico foi degolado por dois jihadistas enquanto celebrava uma missa
na França? Ou quando doze outros devotos de Cristo foram atropelados e
mortos em uma feira de natal na Alemanha? Sua opinião era irrelevante
diante da necessidade premente de lutar contra a islamofobia – mesmo
sendo o Papa Francisco adepto do relativismo religioso?
Ou, quem sabe, poderiam ter posto um microfone diante da boca destes mesmos Ímãs e ter-lhes cobrado um posicionamento referente ao banho de sangue de adolescentes e crianças em Manchester. Ou uma palavrinha qualquer sobre as dezenas de inocentes dizimados no Bataclan. Não estavam curiosos na ocasião? Mas agora estão? Por quê?
Ou, quem sabe, poderiam ter posto um microfone diante da boca destes mesmos Ímãs e ter-lhes cobrado um posicionamento referente ao banho de sangue de adolescentes e crianças em Manchester. Ou uma palavrinha qualquer sobre as dezenas de inocentes dizimados no Bataclan. Não estavam curiosos na ocasião? Mas agora estão? Por quê?
Teria havido, quem sabe, uma “inversão
de papéis” entre agressores e agredidos, e que pudesse justificar – na
cabeça dos jornalistas que veem muçulmanos apenas como outro grupo de
“minorias oprimidas” e homens brancos ocidentais como opressores – esta
mudança de atitude?
Impossível. Nem em sonho (ou pesadelo)
tal troca de posição entre bandidos e vítimas fez-se notar: o ataque
terrorista na Finsbury Park não foi consumado por um seguidor do
cristianismo em nome de sua religião – como fazem questão de enfatizar
aqueles que matam “infiéis” em atendimento aos comandos do Alcorão -,
aos gritos de “por Jesus” ou algo do gênero; nenhum cristão ou judeu
manifestou regozijo, comemorou ou mesmo admitiu qualquer conexão com o
crime hediondo (o sentimento generalizado, em verdade, é de vergonha); e
a quase totalidade da população defende punição máxima para o
terrorista.
Agir de forma diferente seria, isto sim,
deturpar a cultura judaico-cristã, visto que seus ensinamentos pregam a
tolerância e coexistência ordeira com outros credos.
2 – O procedimento segue o mesmo? Devemos seguir a vida normalmente e não olhar para trás com raiva? Estas,
ao menos, foram as instruções expedidas pelos representantes
governamentais logo após os ataques que ceifaram a vida de milhares de
pessoas apenas nos tempos recentes.
Eis aí: os indivíduos delegam ao Estado o
monopólio do uso da força para, justamente, evitar vinganças pessoais e
cobranças de dívidas de sangue. Mas quando as forças de segurança fazem
cara de paisagem frente aos incessantes atos de violência
injustificáveis, torna-se favas contadas que, cedo ou tarde, algum
cidadão desequilibrado irá fazer o que fez o britânico – tal qual os
brasileiros que andam fazendo justiça com as próprias mãos, como o tatuador de testas de São Bernardo do Campo, ou os pais que tentaram tirar pela orelha os “estudantes” que invadiram escolas impedindo de estudar a maioria interessada em aprender.
A omissão estatal em proteger
efetivamente aqueles que estão sob sua responsabilidade e resguardar sua
liberdade sempre redundará, cedo ou tarde, em atitudes desesperadas
como estas – segundo consta, o “atacante” teria declarado à polícia que
“fez sua parte”. Menos mal que tudo leva a crer que tratava-se de um
“lobo solitário”. Eufemismo no dos outros é refresco.
Ou seja, os verdadeiros culpados pela
atrocidade em questão (muito embora o terrorista deva e vá pagar pelo
que fez) resumem-se basicamente em dois grupos: os governantes adeptos
do globalismo e do multiculturalismo que escancararam as fronteiras dos
países europeus, jogando às favas suas soberanias nacionais (juntamente
com a possibilidade de preservar valores fundamentais que unem seus
povos), pensando tão somente em amealhar poder no curto prazo; e, claro,
aqueles que votaram favoravelmente a Emanuel Macron, Angela Merkel,
Jeremy Corbyn e outros que estão adorando ver o circo pegar fogo
enquanto sobem hashtags #PrayForTheEntireWest.
Sim, não se engane: após tanto horror em
série, estava cada vez mais próxima a hora em que um contra-ataque
viria a cabo. Pior: muita gente esperava ansiosamente por este momento, e
já aguardava com o discurso “branquiofóbico” e “direitofóbico” na ponta
da língua.
O cenário ideal almejado por estes
aproveitadores seria a sociedade europeia imersa no caos de um eterno
confronto entre aqueles que querem implantar a lei islâmica e aqueles
que não concordam em perder sua identidade. Nesta conjuntura
apocalíptica, quem apareceria como salvador da pátria? Ele, claro, o
Estado! Seria necessário pagar mais impostos e conceder-lhe mais poder,
mas tratam-se de detalhes fortuitos.
Como bem disse João Pereira Coutinho:
a Europa é vítima de terrorismo, mas nunca acredita que ele existe.
Ora, como empreender uma batalha sem que os soldados sequer entendam ou
queiram ver quem são os verdadeiros inimigos?
Uma pena, portanto, que tal estupidez
tenha ocorrido, pois se o inglês assassino achava que seria possível dar
conta desta tentativa de dominação de nossa civilização como outrora
ocorreu na batalha dos portões de Viena, estava absolutamente enganado.
Não querendo desmerecer a epopeia
daqueles que evitaram a islamização do Velho Mundo em 1683, mas desta
vez os correligionários de Maomé contam com o apoio incondicional da
esquerda politicamente correta (que impede que até mesmo tente-se
debater o tema da imigração em massa), o que complica demais a tarefa,
uma vez que não é possível sequer refletir sobre o problema de forma
séria e buscar soluções efetivas – que não sejam simplesmente oferecer
bem-estar social ilimitadamente e permitir crimes em nosso território
porque supostamente fazem parte do código de conduta dos novos
moradores.
Uma religião qualquer que praticasse
sacrifício de animais e começasse a ser largamente difundida na Europa
rapidamente seria reprimida e seus seguidores orientados no sentido de
que tal prática é incompatível com as normas e costumes do continente.
Mas não há como esperar que postura semelhante seja adotada em relação à
disseminação da Sharia, visto que sequer trazer à baila a questão do
conflito vem sendo permitido sem ser rotulado de uma dezena de “ismos”.
Que fique claro: Jesus jamais proibiu a
legítima defesa com seu famoso aconselhamento em que manda oferecer a
outra face em caso de agressão. O que Ele queria evitar era justamente
que se criasse um ciclo de agressão contínua, com vinganças sucessivas,
até o ponto em que as ofensivas se perpetuariam sem que ninguém sequer
mais lembrasse como tudo começou. Embora seja sábio recuar sempre que
possível para evitar uma briga, é apropriado tomar medidas de ordem
diversa visando a autoproteção.
A providência adotada pelo terrorista da
van, todavia, foi totalmente desastrosa, e só logrou fornecer mais
munição para aqueles que almejam a desordem e o desentendimento (muito
embora afirmem o contrário), sabedores de que o livre mercado não prospera nestas condições. Ninguém de boa índole deixará de condenar esta ação delituosa sob alegações ridículas como fez, por exemplo, o âncora da CBS
que culpou Republicanos pelo atentado cometido por um Democrata. Mas
que o Islam não vai deixar este golpe sem resposta, não vai mesmo!
3 – O pessoal
da Parada LGBTQ vai dar uma força para o Ocidente em seu esforço de
sobrevivência, considerando tanto o histórico do evento em combater o
“conservadorismo religioso” quanto a tradição islâmica de enforcar homossexuais?
O declínio de uma civilização vem com a aparecimento dos bárbaros, de uma forma ou outra a senilidade crescente dos países que compõem o mundo ocidental vai sucumbir aos invasores, o resultado será a extinção da cultura ocidental juntamente com a sua riqueza e poder e um retorno à idade das trevas. Arnold Joseph Toynbee
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