Em dia voltado à tecnologia, presidente passeia em carro sem motorista e se reúne como acadêmicos e inovadores
Além de empresas de internet, compromissos incluíram visita a universidade credora do Ciência sem Fronteiras
FERNANDA EZABELLA, GIULIANA VALLONE - FSP
FERNANDA EZABELLA, GIULIANA VALLONE - FSP
Em seu quinto e último dia de viagem aos EUA, a presidente Dilma
Rousseff disse que a visita levou a relação bilateral a um "patamar de
mais possibilidades futuras e presentes", recalibrando laços esfriados
desde a revelação, em 2013, de que Washington a espionara.
"A visita tem sido extremamente produtiva para o Brasil e para a nossa
população", disse nesta quarta (1º), durante visita à sede do Google, em
Mountain View, na Califórnia.
A presidente destacou o comunicado conjunto sobre o clima, feito ao lado
de Barack Obama, e avanços comerciais como a abertura do mercado
americano à carne "in natura" brasileira. "Tudo isso vai incentivar uma
meta importante, que é dobrar o fluxo de comércio entre Brasil e EUA."
'DESCI NO FUTURO'
Se politicamente o saldo da visita foi positivo, com descontração e troca de declarações de apoio entre os dois presidentes, os resultados concretos foram poucos.
Após se reunir com investidores em Nova York e cumprir agenda política em Washington, Dilma dedicou a quarta-feira a um de seus temas favoritos, a inovação.
Animada, aproveitou a visita ao Google --onde debateu projetos da empresa no Brasil-- para dar uma volta de cerca de 20 minutos no carro criado pela empresa que dispensa motorista.
"Acabei de descer do futuro", disse a jornalistas após o fim do passeio. "É um nível de desenvolvimento que eu não imaginei que houvesse."
Antes de entrar no carro, acompanhada da filha, Paula, a presidente conversou com engenheiros da companhia sobre a tecnologia e afirmou que o carro era "absolutamente fantástico".
Ao ouvir do presidente executivo do Google, Eric Schmidt, que, se houvesse problema, "os humanos conseguiriam parar" o carro, Dilma emendou, "Vambora!".
A presidente, que à tarde visitou um laboratório da Nasa, almoçou com empresários de tecnologia, como Mark Zuckerberg, do Facebook, que elogiou o programa Ciência Sem Fronteiras.
O assunto veio à tona já no primeiro compromisso da presidente no dia, com a reitora da Universidade da Califórnia, a ex-secretária de segurança interna dos EUA Janet Napolitano, para tratar da ampliação do intercâmbio e de programas de pesquisa.
O Ciência Sem Fronteiras, principal bandeira de política externa de Dilma, está em atraso com universidades americanas, com as quais acumula dívidas em mensalidades e taxas que chegam a US$ 340 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), conforme revelou a Folha no último dia 29.
A Universidade da Califórnia, que Napolitano dirige, seria a maior credora.
A reitora, porém, afirmou desconhecer o caso, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, disse que o assunto não estava na pauta.
"Nem estava na agenda nem foi tratado, e eu também não sabia que esse atraso tinha sido noticiado. Ao que me consta, está tudo regularizado", disse à Folha.
Na passagem pela Califórnia, Dilma cruzou com quatro manifestantes, dois deles na entrada da Universidade Stanford e dois na saída do hotel --um com uma panela.
'DESCI NO FUTURO'
Se politicamente o saldo da visita foi positivo, com descontração e troca de declarações de apoio entre os dois presidentes, os resultados concretos foram poucos.
Após se reunir com investidores em Nova York e cumprir agenda política em Washington, Dilma dedicou a quarta-feira a um de seus temas favoritos, a inovação.
Animada, aproveitou a visita ao Google --onde debateu projetos da empresa no Brasil-- para dar uma volta de cerca de 20 minutos no carro criado pela empresa que dispensa motorista.
"Acabei de descer do futuro", disse a jornalistas após o fim do passeio. "É um nível de desenvolvimento que eu não imaginei que houvesse."
Antes de entrar no carro, acompanhada da filha, Paula, a presidente conversou com engenheiros da companhia sobre a tecnologia e afirmou que o carro era "absolutamente fantástico".
Ao ouvir do presidente executivo do Google, Eric Schmidt, que, se houvesse problema, "os humanos conseguiriam parar" o carro, Dilma emendou, "Vambora!".
A presidente, que à tarde visitou um laboratório da Nasa, almoçou com empresários de tecnologia, como Mark Zuckerberg, do Facebook, que elogiou o programa Ciência Sem Fronteiras.
O assunto veio à tona já no primeiro compromisso da presidente no dia, com a reitora da Universidade da Califórnia, a ex-secretária de segurança interna dos EUA Janet Napolitano, para tratar da ampliação do intercâmbio e de programas de pesquisa.
O Ciência Sem Fronteiras, principal bandeira de política externa de Dilma, está em atraso com universidades americanas, com as quais acumula dívidas em mensalidades e taxas que chegam a US$ 340 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), conforme revelou a Folha no último dia 29.
A Universidade da Califórnia, que Napolitano dirige, seria a maior credora.
A reitora, porém, afirmou desconhecer o caso, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, disse que o assunto não estava na pauta.
"Nem estava na agenda nem foi tratado, e eu também não sabia que esse atraso tinha sido noticiado. Ao que me consta, está tudo regularizado", disse à Folha.
Na passagem pela Califórnia, Dilma cruzou com quatro manifestantes, dois deles na entrada da Universidade Stanford e dois na saída do hotel --um com uma panela.
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