terça-feira, 3 de março de 2015

Maioria dos franceses quer intervir na Síria conta o Estado Islâmico
De acordo com uma pesquisa divulgada neste domingo, 58% da população defende o ataque
O GloboGaroto curdo observa funeral de mulher curda, na cidade de Suruc, que morreu combatendo o Estado Islâmico na fronteira entre a Síria e a TurquiaGaroto curdo observa funeral de mulher curda, que morreu combatendo o Estado Islâmico na fronteira entre Síria e Turquia (Aris Messinis/AFP)
A maioria dos franceses é favorável que seu país intervenha militarmente na Síria contra a organização jihadista Estado Islâmico (EI), que domina e aterroriza uma região entre o território sírio e o Iraque. Desde o ano passado a França participa da coalização que enfrenta o grupo terrorista, bombardeando posições do EI. De acordo com uma pesquisa divulgada neste domingo, 58% dos franceses defendem o ataque. O levantamento foi elaborado pelo Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) e publicado por Le Journal du Dimanche.
O conflito na Síria voltou a ganhar visibilidade nesta semana na França após a visita oficial de quatro parlamentares franceses a Damasco, o que foi rejeitado por 61% dos consultados na pesquisa. O percentual reflete o dilema, não só dos franceses, sobre a conveniência de dialogar com o ditador Bashar Assad levando em conta o fato de o EI ser um inimigo em comum dos países europeus, cada vez mais usados para recrutar jovens jihadistas, e do regime sírio, que patrocina massacres em meio à guerra civil no país. Entre os consultados, 56% não querem que sejam reabertos os canais de diálogo com o regime de Assad, enquanto 44% disseram que desejam.
A França está há três anos sem relações diplomáticas com a Síria, após fechar sua embaixada no início de março de 2012, seguindo o exemplo da maioria de potências ocidentais que reagiram à guerra vicil. Na segunda-feira, o porta-aviões nuclear Charles de Gaulle, embarcação emblemática da frota francesa, uniu-se ao dispositivo de ataque lançado pela França contra o EI no Iraque, que se iniciou em setembro.

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