Reinaldo Azevedo - VEJA
Pois é… O governo Dilma não é de todo ineficaz, não é? A recessão já chegou. Isso, ela já conseguiu. Agora, falta apenas arrumar a economia… Bico, coisa fácil… Agora se pode bater o martelo: o prodígio está aí: recessão, inflação nas alturas e juros nas estrelas — e tudo com tendência de piorar. Pensam que é tarefa corriqueira fazer isso? É preciso ter uma incompetência fanática.
Segundo
o IBGE, a economia recuou 0,2%% no primeiro trimestre na comparação com
o trimestre anterior. Mas esse indicador não serve para muita coisa, a
não ser para identificar uma eventual tendência de melhora ou de piora —
no caso, é de piora… O número importante é outro: a recessão bate em
1,6% quando se cotejam os números do primeiro trimestre de 2015 com o
primeiro de 2014. É ele que tende a indicar o tamanho da recessão no ano
em curso. A Fiesp, por exemplo, antevê 1,7%.
O PIB
é analisado segundo dois grandes grupos: oferta (agropecuária,
indústria e serviços) e demanda (investimentos, consumo das famílias,
gastos das famílias e balança comercial). O único destaque positivo na
comparação com o trimestre anterior, como quase sempre, é a
agropecuária, com expansão de 4,7%. A indústria encolheu 0,3%; o setor
de serviços, 0,7%; os investimentos, 1,3%; o consumo das famílias, 1,5%;
os gastos do governo, 1,3%…
E, em
matéria de recessão, isso ainda está longe de ser o melhor que o
governo Dilma pode fazer. Para que melhore,falta piorar muito…
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