Maria João Guimarães - Público
Fontes dizem que já começaram as preparações para que a chanceler alemã concorra a um quarto mandato em 2017 e que decisão será anunciada em 2016Angela Merkel está há quase dez anos na chefia do Governo da Alemanha e mantém-se muito popular Thomas Peter/Reuters
Numa sondagem feita no final de 2014,
quando Merkel venceu de novo a liderança do seu partido em congresso,
mais de metade dos alemães (56%) disseram gostar que concorresse a um
quarto mandato. Nos últimos anos, a chanceler tem encabeçado as listas
dos políticos mais populares da Alemanha, e apenas perdeu esse lugar com
o escândalo de espionagem da agência norte-americana e a possível
colaboração dos serviços secretos da Alemanha. Mesmo assim, mantém uns
invejáveis 67%.
Se concorrer, e vencer, em 2017, Merkel, que fez 61 anos no mês passado, tornar-se-á uma das chefes de Governo da Alemanha com mais tempo no cargo, a seguir ao seu mentor Helmut Kohl (16 anos) e ao já muito distante Otto von Bismark (19 anos).
Merkel nunca disse se iria ou não concorrer a um quarto mandato quando questionada em entrevistas. Numa das últimas vezes em que a questão foi abordada, disse que decidirá em cima da hora.
Na altura, um livro do editor de política do jornal de brande circulação Bild, Nikolaus Blome, dizia que Merkel costumava dizer que um chefe de Governo não deveria estar mais do que dez anos no cargo, citando um responsável da chancelaria. Merkel negou na altura que deixasse o mandato a meio, mas que decidiria sobre um quarto mais perto das eleições. Segundo a revista Spiegel, a decisão será anunciada em 2016, mas o caminho está já a ser preparado.
Para a CDU, é uma bênção e um problema, já que é a única possível chanceler realmente popular (o seu ministro das Finanças ultrapassou-a no auge da crise grega, mas já não tem idade para concorrer, a alternativa mais próxima seria Ursula von der Leyen, ministra da Defesa). O partido tem descido em geral em eleições em estados-federados, o que o deixa mais dependente de uma candidatura forte nas eleições legislativas.
Ironicamente para uma mulher sem filhos, Merkel é conhecida como Mutti – a mãe dos alemães, que preferem ser governados sem sobressaltos e com estabilidade.
Se concorrer, e vencer, em 2017, Merkel, que fez 61 anos no mês passado, tornar-se-á uma das chefes de Governo da Alemanha com mais tempo no cargo, a seguir ao seu mentor Helmut Kohl (16 anos) e ao já muito distante Otto von Bismark (19 anos).
Merkel nunca disse se iria ou não concorrer a um quarto mandato quando questionada em entrevistas. Numa das últimas vezes em que a questão foi abordada, disse que decidirá em cima da hora.
Na altura, um livro do editor de política do jornal de brande circulação Bild, Nikolaus Blome, dizia que Merkel costumava dizer que um chefe de Governo não deveria estar mais do que dez anos no cargo, citando um responsável da chancelaria. Merkel negou na altura que deixasse o mandato a meio, mas que decidiria sobre um quarto mais perto das eleições. Segundo a revista Spiegel, a decisão será anunciada em 2016, mas o caminho está já a ser preparado.
Para a CDU, é uma bênção e um problema, já que é a única possível chanceler realmente popular (o seu ministro das Finanças ultrapassou-a no auge da crise grega, mas já não tem idade para concorrer, a alternativa mais próxima seria Ursula von der Leyen, ministra da Defesa). O partido tem descido em geral em eleições em estados-federados, o que o deixa mais dependente de uma candidatura forte nas eleições legislativas.
Ironicamente para uma mulher sem filhos, Merkel é conhecida como Mutti – a mãe dos alemães, que preferem ser governados sem sobressaltos e com estabilidade.
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