Reinaldo Azevedo - VEJA
Pois
é… A presidente Dilma já terceirizou a economia. Está com Joaquim Levy.
Está se esforçando para terceirizar a coordenação política: o vice,
Michel Temer, tenta tomar pé da questão. Não por acaso, a revista “The
Economist”, por exemplo, afirma que ela está no poder, mas não governa.
Às vésperas do Primeiro de Maio, o Palácio estuda outra terceirização: o
alvo do panelaço.
Explica-se: seus conselheiros, informa a Folha,
avaliam que ela não deve fazer o tradicional pronunciamento em
homenagem ao Dia do Trabalho — que nunca foi usado, diga-se, para tal
fim; sempre serviu à politicagem. Como esquecer que, no ano passado, já
na reta da eleição, ela foi à TV para anunciar um reajuste de 10% no
Bolsa Família. Mas voltemos ao ponto.
O
temor é que o pronunciamento provoque um novo panelaço. Aliás,
convenham, não é preciso ser muito bidu para chegar a essa conclusão. É o
que fatalmente vai acontecer. Aconselham a governanta a ficar longe da
TV o marqueteiro João Santana, o ex-presidente Lula e o ministro da
Secretaria de Comunicação, Edinho Silva. Dilma ainda não tomou a
decisão. Teimosa como é, talvez queira falar. E, aí, haja panela velha
para fazer a percussão da cidadania, né?
Uma
das possibilidades em estudo e pedir que algum ministro fale em seu
lugar. Huuummm… Talvez Manoel Dias, do Trabalho. Como não é um petista e
como quase ninguém o conhece, talvez as pessoas escolham fazer outra
coisa, em vez de bater panelas.
É
claro que a situação é um pouco humilhante para Dilma, mas é evidente
que, por enquanto, para ela, o silêncio é o melhor discurso.
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