Por trás das críticas do presidente do Senado ao texto, está a insatisfação com nomeação de Henrique Alves. Batalha promete adiar a aprovação do projeto
Marcela Mattos - VEJA
Mas a reação de Renan tem como pano de fundo mais do que a
preocupação com direitos trabalhistas. O peemedebista ainda não superou a
demissão do afilhado Vinícius Lages do Ministério do Turismo para
alocar o ex-presidente da Câmara Henrique Alves. Braço-direito de Cunha,
Alves foi alçado ao posto após articulação do chefe da Câmara e do
vice-presidente da República, Michel Temer. Após a demissão, Lages foi
empregado no gabinete da presidência do Senado.
Para deputados peemedebistas ouvidos pelo site de VEJA, há ainda outros fatores por trás das críticas de Renan ao texto: a possibilidade de obrigar o governo a, mais uma vez, sentar-se à mesa com ele, que passou de fiador do Planalto a aliado imprevisível e também a chance de 'polir' sua imagem diante da opinião pública no momento em que é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento no petrolão. "Ele quer ficar no centro das atenções. É um instrumento para ter na mão o governo, que vai pedir para alterar a proposta, e ainda aproveita para limpar sua imagem perante a sociedade, tirando seu nome da pauta da Lava Jato", avalia um correligionário.
Renan recebeu nesta tarde o projeto, entregue pelo deputado Paulinho Pereira (SD-SP), aliado de Cunha. Na próxima semana, o presidente do Senado programa uma rodada de negociações com alas pró e contra a terceirização.
Entre os senadores peemedebistas, mudanças ao texto são dadas como certas: o líder do partido do Senado, Eunício Oliveira (CE), também já anunciou posição contrária à terceirização para atividades-fim e promete tentar alterar o texto. "Onde couber emenda, eu vou apresentar alterações. A garantia dos direitos dos trabalhadores é a garantia do funcionamento do setor empresariado", disse. Ele minimizou as divergências entre as bancadas: "Senador é senador, deputado é deputado. O sistema é bicameral. Somos do mesmo partido, mas não quer dizer que pensamos igual. O Eduardo [Cunha] é evangélico, eu sou católico. Ele é contra minorias, gays e lésbicas, eu não sou. As coisas são assim", continuou.
Cunha, por outro lado, já tem engatilhada uma reação caso o Senado não se empenhe a aprovar o texto: planeja barrar projetos considerados prioritários pelos senadores que aguardam análise da Câmara para ter a votação concluída. Além disso, ele afirma que a Casa é quem dá a última palavra no Congresso, já que o texto volta para sua análise caso sofra alterações. "Mandamos o texto para o Senado, então agora é problema deles. Se voltar para cá, aí volta a ser um problema nosso. E, se o governo vetar, ainda podemos analisar o veto", disse Cunha.
Para deputados peemedebistas ouvidos pelo site de VEJA, há ainda outros fatores por trás das críticas de Renan ao texto: a possibilidade de obrigar o governo a, mais uma vez, sentar-se à mesa com ele, que passou de fiador do Planalto a aliado imprevisível e também a chance de 'polir' sua imagem diante da opinião pública no momento em que é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento no petrolão. "Ele quer ficar no centro das atenções. É um instrumento para ter na mão o governo, que vai pedir para alterar a proposta, e ainda aproveita para limpar sua imagem perante a sociedade, tirando seu nome da pauta da Lava Jato", avalia um correligionário.
Renan recebeu nesta tarde o projeto, entregue pelo deputado Paulinho Pereira (SD-SP), aliado de Cunha. Na próxima semana, o presidente do Senado programa uma rodada de negociações com alas pró e contra a terceirização.
Entre os senadores peemedebistas, mudanças ao texto são dadas como certas: o líder do partido do Senado, Eunício Oliveira (CE), também já anunciou posição contrária à terceirização para atividades-fim e promete tentar alterar o texto. "Onde couber emenda, eu vou apresentar alterações. A garantia dos direitos dos trabalhadores é a garantia do funcionamento do setor empresariado", disse. Ele minimizou as divergências entre as bancadas: "Senador é senador, deputado é deputado. O sistema é bicameral. Somos do mesmo partido, mas não quer dizer que pensamos igual. O Eduardo [Cunha] é evangélico, eu sou católico. Ele é contra minorias, gays e lésbicas, eu não sou. As coisas são assim", continuou.
Cunha, por outro lado, já tem engatilhada uma reação caso o Senado não se empenhe a aprovar o texto: planeja barrar projetos considerados prioritários pelos senadores que aguardam análise da Câmara para ter a votação concluída. Além disso, ele afirma que a Casa é quem dá a última palavra no Congresso, já que o texto volta para sua análise caso sofra alterações. "Mandamos o texto para o Senado, então agora é problema deles. Se voltar para cá, aí volta a ser um problema nosso. E, se o governo vetar, ainda podemos analisar o veto", disse Cunha.
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