Manifestantes contra Dilma encerram marcha em Brasília
AGUIRRE TALENTO - FSP
Cerca de 400 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram de marcha
pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta quarta (27), em
Brasília. Na ocasião, coordenadores do MBL (Movimento Brasil Livre)
protocolaram no Congresso pedido de afastamento da petista.
Os manifestantes foram recebidos na rampa do Congresso por líderes da
oposição e conduzidos até a sala do presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), onde o pedido foi protocolado.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputou com Dilma a eleição
presidencial de 2014 e declarou ser contrário ao afastamento da petista
neste momento, não compareceu.
O gesto do MBL foi o desfecho de uma marcha iniciada pelo grupo em 24 abril, saindo de São Paulo com destino à capital federal.
A reunião com Cunha durou meia hora, a portas fechadas. Os participantes
do encontro disseram que ele se comprometeu a analisar "tecnicamente" o
pedido.
Cunha já disse não ver razão agora para impeachment. Como presidente da
Câmara, cabe ao peemedebista dar ou não prosseguimento aos pedidos
--caso aceitos, eles seriam apreciados no plenário. O deputado rejeitou
três pedidos de impeachment desde fevereiro.
Membros da oposição elogiaram a iniciativa.
"Hoje é uma data importantíssima, em que o parlamento recepciona os
movimentos de rua trazendo insatisfação contra o governo", disse o líder
do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP).
Um dos coordenadores do MBL, Renan Santos, disse que as manobras fiscais
feitas pelo governo nos últimos anos justificam o afastamento de Dilma e
observou que juristas respeitados como Ives Gandra Martins apoiam a
tese.
Enquanto coordenadores do MBL entraram para falar com Cunha, outros
manifestantes ficaram no gramado do Congresso, inclusive um grupo a
favor de uma intervenção militar.
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