quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

SONETO

"Vieste tarde, meu amor. Começa em mim caindo a neve devagar... Morre o sol; o outono vem depressa e o inverno finalmente há de chegar. E se hoje andamos juntos, na promessa de caminharmos toda vida a par, daqui a pouco o teu amor tem pressa e o meu, daqui a pouco, há de cansar. Dentro em breve, por trás das velhas portas, dando um ao outro só palavras mortas que rolam mudas sobre as nossas vidas, ouviremos, nas noites desoladas, tu, a canção das vozes desejadas, eu, o chorar das vozes esquecidas." N. C.

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