sexta-feira, 30 de setembro de 2011

DEAD CAN DANCE



Paulo & ALEXANDRA

PAUL KLEE (1879-1940)


O Peixe Dourado (1925)

Para uns ele é expressionista, para outros cubista, além daqueles que o chamam de surrealista ou abstracionista.  Esse é Paul Klee, pintor que não cabe numa corrente só.  Ele é múltiplo.  E nós ganhamos com isso.

VELASQUEZ (1599-1660)


Vênus ao Espelho (1649-1651)
Velasquez é um dos maiores pintores de toda a História.  Era de uma época em que o artista vivia sob a proteção de um mecenas, usufruindo da posição de pintor oficial do rei da Espanha, Felipe IV.  

NÓS SÓ QUEREMOS EDUCAÇÃO E SAÚDE, SERÁ QUE É PEDIR MUITO

Polícia e professores se enfrentam dentro da Assembleia no Ceará

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA - Os professores da rede estadual do Ceará, em greve há 57 dias, entraram em confronto ontem com a Polícia Militar na Assembleia Legislativa, em Fortaleza.
Duas pessoas ficaram feridas e quatro foram detidas.

O embate ocorreu quando os professores, acampados no local desde anteontem, tentaram entrar no plenário para impedir a votação de um projeto de lei do governador Cid Gomes (PSB) sobre o plano de cargos, carreiras e salários da categoria.
Os professores avançaram pelo saguão do plenário, mas foram impedidos por policiais, que utilizaram cassetetes e escudos para contê-los.

Painéis artísticos e móveis do local foram danificados.

Apesar dos protestos, o projeto foi aprovado por 36 a 40.

O presidente do sindicato dos professores, Anízio Melo, disse que os docentes continuarão ocupando a Assembleia.

Segundo Melo, o projeto não atende a categoria, que reivindica piso de R$ 1.597,87 e reajustes também para professores graduados e pós-graduados com títulos. O governo ofereceu piso de R$ 1.187, sem contemplar profissionais com escolaridade mais alta.
 Sem vaga, HC manda para casa mulher com 26 quilos


Hospital das Clínicas tem dez vagas para internação de pessoas com anorexia

Paciente recusada tem o peso médio de uma criança de nove anos e já esteve internada no local outras três vezes



LAURA CAPRIGLIONE - FSP
Na noite de quarta-feira, Maria Cleneilda Fernandes de Oliveira, 27, passava mal na fila de espera do Hospital Municipal de Santo André.
Sofrendo há 11 anos de anorexia nervosa e bulimia, Cleneilda chegou ao extremo: seu corpo, 1,55 metro de altura, pesa apenas 26,4 quilos -menos do que a massa de uma criança de nove anos.
A fraqueza era tanta que ela quase não escutava. Tinha tortura. O corpo todo doía. Sem energia, não conseguia manter a temperatura corporal -tremia de frio. Os pés enegrecidos indicavam problemas circulatórios.
A família da moça, moradora de Mauá (Grande São Paulo), na véspera, havia tentado interná-la no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, onde ela se trata desde novembro de 2007. Não conseguiu. As dez vagas do serviço especializado em transtornos alimentares já estavam cheias.

"A psiquiatra disse que ela podia ter uma parada cardíaca súbita. Orientou-nos a entrar no primeiro pronto-socorro em caso de piora", afirmou a prima Maria Cleide Fernandes Sousa, 47. "Saímos de lá desesperados."

Cleneilda tem IMC (índice de massa corporal) igual a 11. O IMC é a relação entre o peso e o quadrado da estatura de um indivíduo. Para alcançar o IMC normal (entre 18,5 e 24,99), a jovem teria de pesar, no mínimo, 44,4 quilos.


MAIS UMA CHANCE

Na sala de espera do hospital de Santo André, Cleneilda chorava segurando os cabelos quebradiços. "Eu queria mais uma chance no Hospital das Clínicas", disse.

Ela já ficou internada no HC. Na primeira vez, ficou três meses. Na segunda, quatro. Na última, sete meses.

Sempre que saiu, voltou a perder peso. O irmão Raimundo Cleilton Fernandes, 34, diz que ela já perdeu cinco quilos em uma semana.

"Os médicos do Hospital das Clínicas já disseram que não aceitam mais a minha irmã lá. Mas ela não faz isso porque quer. Ela é doente. Será que sou eu quem deve explicar isso aos médicos?", pergunta Cleilton.

Há três semanas, diante da piora de Cleneilda, o HC encaminhou-a para internação na psiquiatria do Hospital Nossa Senhora de Fátima.

"Eram 56 pacientes para duas auxiliares. Dementes, alguns comiam as próprias fezes, gritavam, tentavam me bater", lembra Cleneilda.
A família tirou-a do local e voltou a tentar o HC.

A anorexia apareceu na vida de Cleneilda aos 16 anos -época em que faz a maioria de suas vítimas. A doença tem atingido uma parcela crescente de adolescentes (meninas na maior parte), entre 12 e 22 anos, com índice de mortalidade que chega a atingir 20% dos doentes.
Os leitos especializados ainda são tão escassos que, na própria assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde, não se sabia informar quantos leitos existem para tratar anoréxicos e bulímicos em estado grave como o de Cleneilda.

Até ontem ela continuava no hospital de Santo André.

Do Blog:
Ok, na questão da educação eu apelei, confesso.  Não se podia esperar outra coisa num estado governado por uma familia de primitivos, que tratam todos como tratam as suas esposas.

No caso da moça com bulimia, é só lembrar o quanto esses políticos vagabundos, pilantras, ladrões, cafajestes e malditos estão roubando do Tesouro Público.  MALDITOS SEJAM TODOS ELES E AS SUAS FAMÍLIAS!
Quantos casos semelhantes ainda nós iremos testemunhar?

O ROUBO "NA" COPA DO MUNDO

Pátria de chuteiras e ocaso da razão

Fernando Gabeira - OESP

Aprendi ao longo de alguns textos sobre a Copa do Mundo de Futebol que o preço de questionar uma conquista nacional é o de ser acusado de torcer contra o Brasil. Isso não é exclusivo do atual governo. Desde a ditadura militar, com seu famoso slogan "ame-o ou deixe-o", a tendência é inibir certas críticas, associando-as à falta de patriotismo. Neste caso, e em muitos outros, o patriotismo não é simplesmente um refúgio de canalhas, como na célebre citação. Ele faz parte de um processo complexo de acúmulo de poder e dinheiro, no qual um dos elementos sempre impulsiona o outro: mais dinheiro traz mais poder, que, por sua vez, traz mais dinheiro.
Da maneira como está sendo conduzida, a preparação para a Copa não é racional. Notícias de bastidores relatam a insatisfação da Fifa, que poderia em outubro cancelar a escolha do Brasil como sede. O que a Fifa parece querer é pior ainda do que se está fazendo por aqui. A entidade quer eliminar o meio ingresso para estudantes e idosos, algo que, correto ou não, representa direitos conquistados. O governo enfatiza esse detalhe da disputa com a Fifa porque sabe que o deixa bem com a opinião pública.
Outros anéis já se foram, sem grandes protestos. O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), denunciado pela Procuradoria-Geral da República, foi o primeiro grande passo para conformar a legislação brasileira ao desígnios dos que se querem aproveitar da Copa. E o relator do projeto do novo Código Florestal no Senado, Luiz Henrique (PMDB-SC), afirmou que seria introduzida uma emenda no projeto permitindo desmatar para obras da Copa. O Brasil tem pressa, disse ele.
Quando se trata de conformar uma legislação aos seus desígnios, o Brasil deles tem pressa. Quando se trata de avançar com obras essenciais para a Copa, o Brasil deles é devagar. Aparentemente, são movimentos contraditórios, mas no fundo se complementam: mais pressa significa menos controle sobre os gastos.
Estou convencido de que muitos desses gastos são irracionais.
No capítulo dos estádios esportivos, tenho mencionado dois exemplos: o do Maracanã, no Rio, e o do Machadão, em Natal. Só para a reforma do Maracanã o governador Sérgio Cabral pretendia gastar quase R$ 1 bilhão. O Tribunal de Contas apertou o controle e conseguiu abater R$ 84 milhões. O governo do Rio, que esta semana contraiu um empréstimo de US$ 126,6 milhões com o Banco Interamericano, resolveu fazer marketing e reduziu mais R$ 80 milhões no custo do Maracanã. O mecanismo foi sutil: isentar de ICMS o material de construção destinado à obra, construída pela empresa Delta, de Fernando Cavendish, amigo de Cabral. Nem os fluminenses nem sua imprensa se deram conta, na plenitude, de que estavam sendo enganados: os custos são os mesmos, mas pagos de forma diferente.
Tudo foi feito em concordância com a legislação federal que também isenta estádios de alguns impostos. A conta da Copa ficará um pouco como as pessoas cujas fotos são processados no Photoshop e parecem ter 10 kg a menos.
O caso do Machadão, em Natal, que se vai chamar Arena das Dunas, também é típico. O estádio será reconstruído para ampliar sua capacidade. Pesquisas sobre sua trajetória indicam que só lotou uma vez, durante a visita do papa João Paulo II. Suponhamos que a ampliação sirva aos jogos da Copa. Mas, e depois? Teríamos de esperar nova visita de um papa para encher o estádio outra vez.
A solução para os aeroportos também me parece irracional. O aumento do número de passageiros das linhas aéreas é constante no País. Com ou sem Copa, precisamos de novos aeroportos. A solução apresentada: construir terminais provisórios. Se há uma necessidade estratégica de crescimento, o arranjo provisório atrasaria a solução definitiva e drenaria parte dos seus recursos. Serviria à Copa e aos torcedores, mas atrasaria o passo de novas levas de viajantes.
As famosas obras de mobilidade urbana não serão concluídas. O empenho na construção do trem-bala parece maior do que a preocupação com as massas metropolitanas que, às vezes, passam quatro horas do dia se deslocando de casa para o trabalho e vice-versa. A solução para esse complexo problema já foi anunciada pela ministra Miriam Belchior: sai o legado, entra o feriado. Nos dias de jogo, as cidades param e o Brasil arca com um imenso prejuízo, sentido na carne pelos trabalhadores autônomos.
Nunca se falou tanto em transparência quanto na época em que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa e a Olimpíada. Políticos de vários horizontes formaram comissões, ONGs se posicionaram no front da vigilância e, no entanto, os dados não aparecem com toda a sua clareza. O empréstimo de US$ 126,6 milhões no exterior e a redução de custos no Maracanã com base em isenção de impostos são faces de um drama que escapa até aos grandes órgãos de comunicação do Rio, siderados com os lucros que a Copa lhes trará.
Porém a vida continua no seu implacável ritmo. A insensatez joga em inúmeras posições, mas os governantes calculam que os prejuízos serão recompensados por uma vitória nacional no futebol. Em caso de derrota e insatisfação, há sempre o recurso de mais um feriado para aplacar a fúria.
A proposta do Brasil é sediar a Copa do Mundo para projetar sua nova importância internacional. Para essa tarefa estratégica a interface cosmopolita do País são os Ministérios do Esporte e do Turismo. O primeiro é dirigido pelo Partido Comunista do Brasil, que há alguns anos era fascinado pela experiência da Albânia. O segundo é feudo do senador José Sarney e procura atender, prioritariamente, ao Maranhão, um belo Estado, porém mantido no atraso pelos seus dirigentes.
Os patriotas que me perdoem, mas não posso repetir o slogan do McDonald's, amo muito tudo isso. E já vai muito longe o tempo em que o dilema, pela força da repressão, era amar ou deixar.
Nos tempos democráticos, é preciso demonstrar a racionalidade das ações do governo. E a Copa do Mundo de 2014 pode ser a amarga taça da improvisação e cobiça na qual bebem apenas políticos empresários.

SEM UM JUDICIÁRIO HONESTO NÃO HÁ DEMOCRACIA. ENTÃO A DEMOCRACIA ACABOU.

Corporativistas querem esvaziar CNJ, afirma FHC

FSP


DE SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamou ontem de "retrocesso corporativista" a tentativa de setores do Judiciário de esvaziar o poder de investigação do Conselho Nacional de Justiça.

"Por que criaram o CNJ? Porque havia a sensação generalizada de que os mecanismos normais não funcionavam por causa do corporativismo." Segundo FHC, é preciso impedir o enfraquecimento do conselho.

"Deve-se chegar a um acordo com regras definidas que não impeçam que o CNJ seja acionado." Segundo ele, nos últimos 15 anos o corporativismo tem crescido: "Existe um risco de substituir o clientelismo por um corporativismo."

O ROUBO NO ITAÚ

2 suspeitos de roubar o banco Itaú são presos
Vigia e funcionário do setor de alarme teriam confessado participação


Sete suspeitos tiveram prisão solicitada à Justiça; para a polícia, assalto na agência da Paulista foi esclarecido


ROGÉRIO PAGNAN - FSP
JOSMAR JOZINO - "AGORA"

Dois funcionários da equipe de segurança do banco Itaú foram presos sob a suspeita de participação no roubo à agência da Paulista, em agosto. Outras sete prisões foram solicitadas à Justiça. Para a Polícia Civil, o crime está solucionado.

Foram presos o vigia Nivaldo Francisco de Souza, que trabalhava no banco na noite em que aconteceu o assalto, e o analista Cleber da Silva Pereira, funcionário da central que controla os alarmes das agências do Itaú. A Folha tentou localizar os advogados dos dois, sem êxito.

As prisões dos dois ocorreram na segunda-feira, por determinação da Justiça. Elas não foram divulgadas pela Polícia Civil porque foi decretado sigilo no caso.

Os dois funcionários confessaram a participação no roubo e disseram que aceitaram participar pelo "dinheiro fácil" oferecido a eles, segundo a polícia.

A polícia diz que eles alegam ter ouvido dos assaltantes que as vítimas nem reclamariam do roubo do conteúdo nos cofres porque seria tudo "dinheiro de caixa dois".



REFÉM À VONTADE


Policiais dizem que suspeitaram do vigia após ver imagens da agência. Nelas, ele aparece à vontade e "batendo papo" com os ladrões, o que a polícia considera incompatível para um refém.

De acordo com a polícia, quando os assaltantes entraram na agência todo o sistema de monitoramento por meio de câmeras foi destruído. Uma delas, porém, filmou a ação da quadrilha.

As imagens não foram divulgadas, mas policiais dizem que o vigia chegou a comer lanche com o bando durante o assalto.

O roubo durou cerca de dez horas. Não há suspeita, segundo policiais, da participação do outro vigia, rendido na manhã do dia seguinte.

O analista, segundo a polícia, desligou os alarmes um dia antes do roubo.

O Deic (departamento especializado em roubos) prendeu, no dia 15, o pedreiro Marco Antônio Rodrigues dos Santos, irmão de Francisco Rodrigues dos Santos, apontado como um dos ladrões que invadiram o banco.

Até agora nenhum dos clientes reclamou ser dono dos bens apreendidos com o pedreiro (pedras preciosas e cerca de R$ 27 mil em libras esterlinas).

De todos os 142 cofres violados na agência bancária, apenas os donos de 11 registraram ocorrência na polícia.

Procurado, o banco Itaú informou que "segue colaborando com as investigações. Uma vez concluídas, tomará as providências cabíveis".

Do Blog:
Quem planejou isso, não foi descoberto.  Se o Deic prendeu alguém, prendeu gesnte burra estúpida o suficiente para cometer os erros que causaram a suposta queda do bando.  Eu sublinei um trecho da reportagem para vocês entenderem o meu ponto de vista.  Em tese, a maior parte do roubo NÃO pertence a ninguém.  COMO COMPROVAR A POSSE DE UMA RIQUEZA NÃO DECLARADA? 
Aliás, se não estiver enganado, essas joias já estão na Europa faz tempo.  Já disse: as coisas nem sempre são o que aparentam ser.
CBF cede campo da seleção brasileira para juízes federais

Associação de magistrados fará pelada com material esportivo em centro de treinamento da confederação

Há dez ações ativas na Justiça Federal em relação à CBF, cujo presidente também é alvo de processos

RODRIGO MATTOS - FSP

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) irá ceder campos e material esportivo para juízes federais jogarem peladas no Centro de Treinamento da Granja Comary, onde fica a seleção brasileira.

A confederação tem parceria com a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e cedeu campos da Granja Comary por três dias de novembro para juízes do Espírito Santo e do Rio.

Há registro de 112 ações na 1ª instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro que tem a CBF como ré ou autora. Mas apenas dez delas estão ativas ou pendentes de recursos dos tribunais superiores. A maioria é de processos fiscais.

O presidente da entidade, Ricardo Teixeira, consta como parte interessada em 16 ações. Só três delas estão ativas, mas devem ser encerradas. A maioria é de supostos crimes fiscais.

O Ministério Público Federal pretende abrir nova investigação contra o dirigente relacionada a suposto caso de corrupção na Suíça.

Revelado pelo jornal "Lance", um e-mail do diretor de esportes da Ajufe, Wilson Witzel, a outros juízes dizia que a CBF bancaria material esportivo e hospedagem.

A reportagem apurou que, de fato, a entidade cederá uniformes aos juízes. Mas não há confirmação de que disponibilizará seus alojamentos.

Já houve outras confraternizações similares de juízes nas dependências da CBF, segundo a Folha apurou. O Conselho Nacional de Justiça não se manifestou.

Antes, confederação pagou viagens de juízes à Copa de 1998, deu ingressos a magistrados de Brasília e nomeou um membro do TCU para ser chefe de delegação da seleção numa viagem.





Uso do espaço é parte de parceria, afirma associação

DE SÃO PAULO

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) afirmou que o uso dos campos da seleção para suas peladas faz parte de uma "parceria institucional" com a CBF, com o objetivo de atender um projeto social.

"Com relação ao referido torneio de futebol, mero evento de lançamento formal dos projetos, a Ajufe esclarece que a CBF apenas cedeu o espaço para realização da atividade esportiva", disse nota da associação.

O lançamento citado é o do projeto João de Barros, pelo qual artesãos carentes irão produzir brindes para a Copa-2014 e a Olimpíada-2016.

A assessoria da CBF diz que "a Granja [Comary] é usada para camping, inclusive pela imprensa, e é cedida para vários setores da sociedade".

A entidade afirmou ainda desconhecer quais juízes irão utilizar as dependências da seleção brasileira, pois será a Ajufe quem fará lista de participantes.

Do Blog:
Safardanagem total.
Leiam depois o que diz a revista The Economist sobre o RICARDO TEIXEIRA.

VIVA O NOVO OESTE SELVAGEM

Alunos são flagrados com armas na escola em São Paulo e Minas

FSP

Seis dias após um aluno de dez anos balear uma professora e se matar numa escola de São Caetano do Sul (ABC paulista), dois alunos foram pegos anteontem com armas em colégios de São Paulo e de Minas.

Na Praia Grande (71 km de SP), uma garota de 14 anos foi flagrada com uma pistola numa escola estadual. A menina estava com a arma, sem munição, na cintura e a entregou.

Já em Belo Horizonte (MG), um garoto de 11 anos estava com um revólver numa escola do bairro Itatiaia. Avisado por um estudante, um agente fez uma revista na mochila da criança e encontrou o revólver. A arma estava carregada com quatro balas.

Ontem, a professora baleada na escola de São Caetano deixou o hospital. Ela ficou sete dias internada e passou por duas cirurgias.

A professora divulgou uma carta em que agradece à Polícia Militar e ao Hospital das Clínicas pela assistência que recebeu. Professores, funcionários e alunos da escola também foram lembrados na mensagem.

Do Blog:
Como no velho oeste norte-americano, época de selvagens, os pianistas que tocavam nos saloons carregavam uma placa onde estava escrita a frase "Não atire no pianista".
No Brasil do século XXI, os professores deveriam portar uma placa no pescoço com a frase "Não atire no professor" escrita. Mas duvido que os atuais alunos saibam ler.

Ps.: QUE TAL MANDAR O CONSELHO TUTELAR LECIONAR PARA ESSES ANJINHOS?

OLHA SÓ O LEGISLATIVO DE SÃO PAULO RODANDO BOLSINHA ATRÁS DE DINHEIRO (DE HONESTIDADE TENHO CERTEZA QUE NÃO)

Sob suspeita, Assembleia faz sessão secreta sobre venda de emendas

SILVIO NAVARRO - FSP

Em decisão tomada a portas fechadas, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou ontem um convite, sem presença obrigatória, para que o deputado Roque Barbiere (PTB) justifique as afirmações de que há um esquema de venda de emendas na Casa.
O depoimento de Barbiere não só tem caráter opcional como poderá ser feito por escrito na próxima semana.
A manobra, capitaneada pelo presidente estadual do PTB, deputado Campos Machado, foi interpretada nos bastidores como uma operação para abafar o caso.
Foi ele o autor de um requerimento, chancelado pela base governista, para que a sessão fosse secreta.

Segundo ele, a justificativa para fechar as portas seria evitar que deputados da oposição fizessem "jogo para a imprensa e para a torcida".

Em seguida, durante bate-boca com Carlos Gianazzi (PSOL), disparou: "Não tem essa questão de democracia. Isso é demagogia".

O presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB), minimizou a presença de Barbiere. "Se vai ser de forma pessoal ou escrita, para nós não é o mais importante."

Formado por nove integrantes, o conselho da Assembleia tem 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para apresentar um parecer sobre as afirmações de Barbiere.

Ele afirmou que "25% a 30%" dos 94 deputados estaduais enriqueceram negociando suas emendas ao Orçamento com empreiteiros.



BRUNO COVAS

A base governista também aproveitou a manobra para evitar que fosse votado requerimento da bancada do PT para convocar o secretário estadual de Meio Ambiente, deputado licenciado Bruno Covas (PSDB).

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo no ano que vem, Covas disse ao ªEstado de S.Pauloº ter recebido oferta de propina de um prefeito após aprovação de uma emenda de R$ 50 mil.

O PSDB conseguiu que Covas fale sobre o tema na próxima terça-feira à Comissão de Meio Ambiente da Casa, e não ao Conselho de Ética.

QUANDO UMA MÃO LAVA A OUTRA E AMBAS ENCHEM OS PRÓPRIOS BOLSOS

Supremo suspende metade das penas impostas pelo CNJ

Liminares beneficiam 15 de 33 juízes punidos pelo conselho desde sua criação
Para ministros do STF, órgão só deveria entrar em ação nos casos em que os tribunais dos Estados fossem omissos

FLÁVIO FERREIRA - FSP
O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu quase metade das punições aplicadas pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a juízes acusados de cometer crimes desde a criação do organismo.

Os ministros do Supremo concluíram que o conselho só poderia ter entrado em campo depois dos tribunais estaduais, e somente nos casos em que eles tivessem sido omissos ou conduzido as investigações com desleixo.
Atualmente, o CNJ tem o poder de abrir inquéritos para examinar a conduta de juízes sob suspeita quando os tribunais em que eles atuam nos Estados não fizerem nada para investigá-los.
A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) considera inconstitucional a resolução que dá esse poder ao CNJ e moveu uma ação no Supremo contra o conselho, alegando que ele interfere na independência dos tribunais.

Das 33 punições impostas pelo CNJ com fundamento nesse poder, 15 foram suspensas por liminares concedidas por ministros do Supremo.

A principal decisão favorável do STF ocorreu num caso que envolve dez juízes de Mato Grosso acusados de desviar dinheiro para uma instituição ligada à maçonaria.

O CNJ determinou que os dez magistrados fossem aposentados compulsoriamente, mas liminares concedidas pelo ministro Celso de Mello suspenderam a pena e reconduziram todos ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Desde sua instalação em 2005, o conselho atuou em outros 23 casos em que confirmou ou revisou punições aplicadas pelos tribunais nos quais os juízes atuavam.

IMPASSE
A controvérsia em torno dos poderes do conselho provocou uma crise na cúpula do Judiciário nesta semana, pondo em lados opostos a corregedora do CNJ, Eliana Calmon, e o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, que também preside o conselho.
A corregedora afirmou numa entrevista que o Poder Judiciário sofre com a presença de "bandidos escondidos atrás da toga". Peluso e associações de juízes reagiram acusando Calmon de fazer acusações genéricas.
O julgamento da ação da AMB contra o conselho estava marcado para esta semana, mas foi suspenso porque os ministros do Supremo decidiram buscar uma solução para o impasse que evite um desgaste maior para a imagem do Judiciário.

A ideia é criar limites para a atuação do CNJ sem esvaziá-lo completamente, definindo com mais clareza as circunstâncias em que ele poderia tomar a iniciativa de investigar juízes antes dos tribunais dos Estados.

Postado pela ALEXANDRA

QUANDO ESSE RECONHECE NAQUELE A SUA PRÓPRIA IMAGEM E SEMELHANÇA NÃO HÁ CRISE (TEORIA DO ESPELHO DE ASHE THOMPSON)

Deu em pizza

Ameaças de Valdemar e deputados do PR teriam pesado para livrá-lo no Conselho de Ética

Gerson Camarotti - O Globo

BRASÍLIA - Além do espírito de corpo, ameaças de deputados do PR pesaram na decisão do Conselho de Ética da Câmara , presidido por José Carlos Araújo (PDT-BA), de arquivar, por 16 votos a 2, as acusações contra Valdemar Costa Neto (PR-SP), sem nem abrir investigação sobre a suspeita de participação no esquema de irregularidades. Segundo relatos feitos por integrantes do PR ao GLOBO, Valdemar poderia se transformar numa espécie de novo "homem-bomba" se fosse abandonado pelo governo e seus aliados no Congresso. Colegas de Valdemar faziam referência ao deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o mensalão em 2005, ao se sentir preterido pelo Palácio do Planalto.
O recado do PR chegou para as bancadas da base aliada e até mesmo ao núcleo do governo. Um deputado do partido lembrou que Valdemar tinha toda a memória das negociações com o PT nas eleições de 2002 e 2006, quando o ex-presidente Lula foi candidato, e em 2010, quando a presidente Dilma Rousseff foi eleita. Na primeira eleição, em 2002, ele chegou a admitir que negociou pelo então PL um financiamento pelo caixa dois. Na ocasião, o PR indicou José Alencar para ser o vice de Lula.
A assessoria do deputado Valdemar Costa Neto negou que houve ameaça por parte dele. Se ocorreu ameaça por parte de deputados do PR, disse a assessoria, foi por conta própria deles.
Valdemar é também réu no processo do mensalão, e em 2005 renunciou ao mandato para escapar da cassação e não perder seus direitos políticos. Foi eleito novamente deputado em 2006 e 2010.


JUDICIÁRIO PROSTITUÍDO I

A crise da Justiça

O Estado de S.Paulo - Editorial

Diante da forte reação da opinião pública e das críticas ao corporativismo do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) agiu com sensatez ao adiar o julgamento da ação de inconstitucionalidade impetrada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) questionando as prerrogativas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar e punir juízes acusados de desvios de conduta.
Até terça-feira, a tendência da Corte era acolher o recurso da AMB, abrindo caminho para que o órgão responsável pelo controle externo do Judiciário só examinasse denúncias já julgadas pelas corregedorias dos tribunais. Mas, diante das reações da opinião pública e, principalmente, do Senado ao bate boca entre o presidente do STF e a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, os ministros concluíram que não havia clima para tomar qualquer decisão.
Dias antes, Eliana Calmon havia afirmado que é preciso combater a impunidade dos "bandidos que se escondem atrás da toga". Ela também disse que o presidente da AMB, Nelson Calandra, estaria agindo de comum acordo com Peluso. E classificou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), no qual ambos foram colegas, como o maior foco da resistência corporativa à punição de juízes. "Sabe quando vou inspecionar o TJSP? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro", disse ela.
Em nota de repúdio às declarações da corregedora, Peluso cobrou uma retratação. A ministra não só se recusou a se retratar, como aumentou o tom de suas críticas, acusando as corregedorias dos tribunais de "camuflarem suspeitos" e de serem lentas nas investigações para permitir a prescrição dos processos. Calmon disse ainda que tramitam na Corregedoria Nacional de Justiça 115 processos contra juízes de primeira instância e 35 contra desembargadores. Lembrou que há dias pediu a abertura de uma investigação para apurar denúncias de envolvimento da presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargadora Willamara de Almeida, num esquema de venda de sentenças. E afirmou que, se o STF acolhesse o recurso da AMB, as investigações sobre as denúncias de irregularidades cometidas por esses magistrados seriam suspensas.
No embate com os presidentes do STF e da AMB, a ministra Eliana Calmon recebeu dois importantes apoios. O primeiro foi da Associação Juízes para a Democracia. Em nota, a entidade denunciou a "longa e nefasta tradição de impunidade (...) de desembargadores dos tribunais estaduais e federais e ministros dos tribunais superiores", e afirmou que a campanha contra o CNJ é "animada por interesses particulares e manifestações das cúpulas dos tribunais" que, a pretexto de defender as corregedorias, "objetivam garantir poderes arbitrários".
O segundo e mais decisivo apoio foi o do Senado, onde parlamentares do governo e da oposição assinaram Proposta de Emenda Constitucional (PEC) mantendo os poderes do CNJ, de iniciativa do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) - que, ao apresentá-la, ponderou que, se acolher o recurso da AMB, o STF passará para a sociedade o recado de que a Lei da Ficha Limpa só vale para o Poder Legislativo.
A rigor, a PEC não seria necessária, pois o artigo 103-B da Constituição é claro quando autoriza o CNJ a tomar as providências pertinentes - inclusive avocando processos em tramitação nas corregedorias dos tribunais - para zelar pelo princípio da moralidade na instituição. Esse artigo foi introduzido pela Emenda Constitucional 45, graças a um acordo firmado em 2004 pelos chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário. A PEC agora proposta elimina qualquer dúvida que possa existir sobre essas atribuições e prerrogativas.
Em seu recurso, a AMB invocou argumentos técnicos para questionar os poderes do CNJ. Mas a discussão vai além das implicações jurídicas, envolvendo valores éticos e morais. Em seis anos de existência, o CNJ e sua corregedoria puniram 49 juízes por desvio de conduta, combateram o nepotismo, extinguiram adicionais salariais e estabeleceram metas de desempenho. Foi essa folha de serviços que levou o CNJ a ser apoiado pela opinião pública, partidos políticos e entidades da sociedade civil. Esse apoio é que levou o STF a pensar duas vezes na decisão que tem de dar ao recurso da AMB.

JUDICIÁRIO PROSTITUÍDO II


Verdades ofendem

DORA KRAMER - OESP
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, acabou dando uma boa contribuição ao debate sobre a correção geral de condutas, ao reagir com rudeza, corporativismo e autoritarismo à constatação da corregedora-geral da Justiça, Eliana Calmon, sobre a existência de "bandidos de toga" no Judiciário.

A declaração da juíza nem teria alcançado tanta repercussão não fosse o desejo do ministro de humilhá-la com a admoestação grosseira e a exigência de uma retratação, de resto não atendida numa demonstração de que Eliana Calmon na condição de corregedora é a pessoa certa no lugar certo.

Resultado: a contrarreação de solidariedade à ela e à preservação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça impediu que o Supremo votasse na quarta-feira ação da Associação Brasileira de Magistrados (AMB) que, se aprovada como previsto, poria fim à razão do CNJ.

Em resumo, a AMB pede que o conselho perca a atribuição de investigar e punir magistrados antes que sejam julgados pelas corregedorias dos respectivos tribunais onde estejam lotados.

Por analogia, tanto essa ação quanto a atitude de Peluso e mesmo o aval da maioria do CNJ à nota de repúdio do presidente do STF à declaração da juíza, remetem ao posicionamento majoritário do Legislativo contrário a punições a desvio de condutas de seus integrantes.

Poder-se-ia comparar também ao pensamento predominante no Executivo, segundo o qual uma limpeza em regra nos critérios para preenchimento de cargos na administração pública faria mal à saúde do governo de coalizão.
Ou seja, a norma não escrita que as excelências de todos os Poderes parecem dispostas a adotar é a da impunidade como pressuposto para que reine a paz na República.

As verdades ofendem, assim como a realidade enunciada pela corregedora ofendeu os brios do presidente do Supremo e as punições aplicadas nos últimos anos pelo CNJ calaram fundo no espírito do corpo da Associação dos Magistrados.

Pacto de coronéis. O senador petista Lindbergh Farias, combatente da luta dos royalties do petróleo para o Rio, acha que o debate perde a racionalidade e se transforma numa briga de salve-se quem puder entre Estados produtores e não produtores, que poderá extrapolar para outras questões.

Por exemplo, para a distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), cujos critérios deverão ser definidos em lei complementar até o fim de 2012, conforme determinou o Supremo Tribunal Federal.

A única maneira de resolver, na opinião do senador, seria o governo tomar a frente e atuar como árbitro a fim de preservar o equilíbrio federativo. "Está faltando liderança, o governo está deixando as coisas correrem frouxas e isso poderá terminar numa grande confusão de Estados contra Estados."

Lindbergh é contra proposta que vem sendo ventilada com apoio de senadores de seu partido e do presidente do Senado, José Sarney, para que se apliquem à distribuição dos royalties os mesmos critérios adotados para os repasses do FPE.

"Quais critérios? Eles simplesmente não existem. O que está em vigor hoje é resultado de um acordo político feito em 1989 entre o então presidente Sarney e o Congresso, onde Antônio Carlos Magalhães exercia grande influência", diz ele.

De onde, segundo Lindbergh, resultou um acerto referido na "federação dos coronéis", pelo qual a Bahia é o Estado que recebe a maior alíquota (9,3%) e o Maranhão vem em segundo lugar (7,2%).

Como o Congresso até hoje não votou lei complementar instituindo parâmetros claros, no ano passado o STF deu prazo de dois anos para a aprovação da lei.

"Se o governo não assumir a liderança do processo, a confusão de agora em relação aos royalties vai se repetir".

Veto a Gisele. Mais bem defendidos estariam os direitos das mulheres se o governo se preocupasse com a defesa do direito de todos de ver ações efetivas no combate aos abusos cometidos contra o patrimônio público.











Mais matemática

Proposta, em estudo pelo governo de SP, de reduzir a carga horária de disciplinas fundamentais, como português, é equivocada

FSP - Editorial

Causa repulsa o projeto, em estudo no governo de São Paulo, de reduzir a carga horária de português e matemática do ensino médio no Estado.

A proposta de reforma curricular teria como objetivo tornar a escola mais atraente, oferecendo aos estudantes a possibilidade de escolher uma área de especialização no último ano do curso secundário.

Além de se dedicarem com maior ênfase, nos meses finais de sua formação, ao estudo de ciências humanas, por exemplo, os alunos teriam acesso, ao longo de todo o ensino médio, a uma oferta maior de diferentes disciplinas -como sociologia, física e espanhol.

O projeto erra o diagnóstico. Um dos principais problemas no currículo do ensino médio é o excesso de tópicos disciplinares. Obriga-se o aluno a percorrer em velocidade uma extensa gama de assuntos. O resultado é muito tempo desperdiçado com conteúdo inútil e, do outro lado, conhecimento rarefeito de disciplinas estruturantes, como português e matemática.

Sem o domínio adequado do cálculo e da linguagem, aliás, o ensino dos demais conteúdos se torna ineficaz. É impensável que um estudante inábil ao lidar com os números ou incapaz de interpretar corretamente um texto possa tirar o proveito adequado de um curso de química ou de filosofia.

O que se vê hoje é um desempenho frustrante dos alunos nessas disciplinas. No ensino médio da rede paulista, 38% dos alunos ficam abaixo do esperado em português, e 58%, em matemática.

Tampouco o objetivo de tornar a escola mais "atraente" pode ser atingido com uma deficiência tão gritante em matérias básicas. Depois que o debate surgiu, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já se disse contrário à diminuição das aulas dessas duas disciplinas fundamentais. Menos mal.

De fato, o ensino médio brasileiro falha gravemente ao propor uma única via para todos os estudantes. Ele funciona, na esmagadora maioria dos casos, como se todos os egressos estivessem apenas se preparando para cursar uma universidade depois. Deixa de atender às demandas profissionais de jovens que querem trabalhar no final da adolescência -o que estimula a evasão escolar.

Aumentar o conteúdo profissionalizante útil, em especial nos últimos anos do ensino médio, é portanto uma diretriz emergencial para a reforma do ensino dos jovens no Brasil. Mas, se alguma alteração vier a ser feita no currículo tradicional, deveria ser no sentido de reduzir a excessiva variedade de conteúdos e de reforçar a ênfase em cálculo e linguagem.

Menos "sociologia" e "filosofia". Mais matemática e português.

REINHOLD STEPHANES, O PMDB E UMA QUADRILHA NOVA. COMO CHUTAR O PAU DA BARRACA.

Stephanes bate 1
Sobre a falta de espaço com a cúpula do PMDB – que credita a ele a queda de Wagner Rossi da Agricultura -, Reinhold Stephanes avalia que a atuação de um pequeno grupo está deteriorando o partido.
– O PMDB está se desfazendo porque tem uma cúpula do partido que está com a vida ganha. O Temer, o Sarney, o Henrique Eduardo Alves, o Eduardo Cunha e o Eliseu Padilha são um pessoal que trabalha para si e distribui benesses para um pequeno grupo que lhes dá apoio.
Stephanes bate 2
Ao avaliar a queda de Wagner Rossi e ser confrontado com a tese da cúpula do PMDB de que teria contribuído para derrubá-lo da Agricultura, Reinhold Stephanes é direto:
- Isso mostra a burrice e a incapacidade da cúpula. Se eu quisesse, poderia ter evitado que o Wagner Rossi fosse ministro. Com o que eu tinha de informações, poderia ter chegado para o Lula e falado tudo. Eu chamei a atenção do Wagner Rossi varias vezes por conta das assessorias fantasmas que ele mantinha por interesses já conhecidos. Mas nunca falei nada por questões éticas, o meu tempo de ministro já havia passado. Se a cúpula acha que derrubei o Wagner Rossi, então ela é muito pior do que eu imaginava.

Stephanes bate 3
Reinhold Stephanes vai para o PSD porque avalia que o partido de Gilberto Kassab “tem ambiente para poder trabalhar”. Diz que estava isolado na Câmara, sem relatorias ou participação importante em comissões.
– Vou para o PSD porque lá tenho a Kátia Abreu, que somos quase como irmãos, tem o Gilberto Kassab, enfim, lá tem ambiente para poder trabalhar, porque no PMDB não tem ambiente para trabalhar.
O apoio ao governo vai continuar o mesmo dispensado nos tempos de PMDB, diz Stephanes:
– Pessoalmente, gosto da Dilma. Trabalhei com ela quando ministro, fiz centenas de reuniões, tenho uma boa impressão.

“Mendes Ribeiro não entende nada de Agricultura”Para Reinhold Stephanes, os ministros do PMDB têm, por unanimidade, a atividade exclusiva de servir à cúpula do partido. Nas palavras dele, Mendes Ribeiro, o atual ministro da Agricultura, “não entende nada”:
– Os ministros do PMDB hoje não têm comando sobre as áreas que atuam. O Turismo é comandado pelo Sarney, as Minas e Energia pelo Sarney e pela Petrobras e esse que está na Agricultura não entende nada.
E avalia que a Agricultura está sacrificada pelo loteamento partidário dos ministérios:
– O que me deixa indignado é ver como a Agricultura é tratada no país, como um feudo de um partido, quando há pelo menos trinta nomes bons de ministros na sociedade.

Do Blog:
Acho que o sujeito teve um ataque súbito de sinceridade.  O que vocês acham?

OLHA BIRIGUI NA FITA V

Governo de São Paulo tenta esvaziar caso de emendas

Base de Alckmin na Assembleia convida, e não convoca, Roque Barbiere; Bruno Covas deve falar só na Comissão de Meio Ambiente

Fernando Gallo - OESP

A base do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo atuou ontem, na primeira reunião do Conselho de Ética sobre a suposta venda de emendas parlamentares, para evitar que o deputado Roque Barbiere (PTB) vá ao órgão submeter-se às perguntas dos parlamentares e para blindar o secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB).
O encontro foi secreto, a pedido do deputado Campos Machado (PTB), um dos membros do conselho. “Não vou aceitar essa questão de democracia. Isto é demagogia”, disparou. A base governista, que tem maioria no conselho, aprovou a proposta por seis votos a dois. As manifestações contrárias foram dos dois petistas da comissão.
O conselho aprovou um convite para que Roque Barbiere deponha na próxima quinta-feira. Por não se tratar de uma convocação, o deputado não é obrigado a comparecer. Durante a reunião, Campos Machado propôs que Barbiere preste depoimento por escrito em um prazo de até 30 dias a partir do momento em que for notificado do convite. A proposta foi vista por alguns parlamentares como uma tentativa da base de protelar as explicações e esvaziar as denúncias.
Durante todo o tempo, o líder do PTB insistiu que Barbiere tem de ser tratado como denunciante, e não como denunciado, o que implicaria que ele não pode vir a ser convocado a dar explicações. Como o regimento interno e o Código de Ética da Assembleia são vagos a respeito das prerrogativas do conselho, é provável que essa tese prevaleça.
Caso Covas, Simultaneamente à reunião do Conselho de Ética, o líder do PSDB, Orlando Morando, negociou a ida de Bruno Covas à Comissão de Meio Ambiente na próxima terça-feira. O secretário deverá tratar de questões relativas à sua pasta e também dos relatos que fez sobre uma tentativa de um prefeito de lhe pagar propina. A estratégia da base, neste caso, é esvaziar a necessidade de outro depoimento de Covas – no Conselho de Ética – e evitar que seu nome conste do relatório final sobre as acusações de venda de emenda.
O conselho volta a se reunir na quinta-feira que vem para apreciar os requerimentos do PT e do PSOL, que pedem o convite ao secretário Bruno Covas, ao deputado Major Olímpio (PDT) e aos ex-secretários da Casa Civil Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), hoje senador, e Luiz Antonio Guimarães Marrey.

Do Blog:
Observações:
1 - ALGUÉM  teve os seus interesses afetados e, contrariado, colocou a coisa no ventilador.
2 - Quem não deve, não teme. Veja o exemplo do Roberto Jefferson (!) no caso do mensalão.
3 - Era uma vez a candidatura de Covas Neto para a prefeitura de SP.
4 - Como a Política virou uma coisa própria de bandido.

O QUE O ECAD ESTÁ ESCONDENDO?

Ecad procura interromper CPI no Rio
FSP

DO RIO - O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição entrou com um mandado de segurança para interromper a CPI que investiga irregularidades no órgão na Assembleia Legislativa do Rio. A Justiça ainda não se manifestou.

O presidente da comissão, o deputado estadual André Lazaroni (PMDB), afirmou ter ficado surpreso com a tentativa do escritório de suspender os trabalhos. Procurado, o Ecad disse que a CPI fluminense, que o órgão qualificou como "tendenciosa", foi criada com base em notícias "maliciosas" da imprensa e que é um desperdício de dinheiro público, havendo outra CPI no Senado para as mesmas denúncias.

A CPI foi iniciada após a constatação de pagamento de mais de R$ 110 mil em direitos a um compositor registrado na União Brasileira de Compositores sob o nome e CPF de Milton Coitinho, na verdade motorista de ônibus em Bagé (RS).

Do Blog:
Mais um caso de corrupção, desvio de dinheiro, etc. Se não houvesse acontecido um desvio de dinheiro, o órgão não tentaria impedir a CPI.
Porém, a notícia está incompleta.  Quem são os reponsáveis pelo Ecad?  Queremos nomes.  Não adianta dizer o Ecad fez isso, o Ecad fez aquilo, ALGUÉM fez isso, ALGUÉM fez aquilo e esse ALGUÉM tem nome. Qual é?  Ou, em se tratando de uma quadrilha, QUAIS SÃO OS NOMES DOS ENVOLVIDOS?   

A BELA GISELE, O CANHÃO E A CENSURA

Com tantas meninas estupradas por aí, a ministra Iriny decidiu que o problema da mulher é Gisele Bündchen. Foto explica

Em 31 de outubro de 2007, uma menina com 15 anos, 1m50 de altura e 38 quilos foi presa por tentativa de furto numa casa de Abaetetuba, cidade paraense a quase 100 quilômetros de Belém. Durante o interrogatório, declarou a idade à delegada de plantão Flávia Verônica Monteiro Teixeira. Por achar o detalhe irrelevante, a doutora determinou que fosse trancafiada na única cela do lugar, ocupada por homens. Já naquela noite, e pelas 25 seguintes, o bando de machos se serviu da única fêmea disponível.

Depois de 10 dias de cativeiro, a garota foi levada à sala da juíza Clarice de Andrade. Também informada de que a prisioneira tinha 15 anos, a segunda doutora da história resolveu devolvê-la à cela. A descoberta do monumento ao absurdo não reduziu a força do corporativismo criminoso: por decisão do Tribunal de Justiça do Pará, ficou estabelecido que o comportamento da juíza Clarice não merecia qualquer reparo. Meses mais tarde, a magistrada foi punida com a aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres, uma inutilidade inventada pelo governo Lula, não deu um pio sobre o caso.

O pesadelo ocorrido em 2007 foi reprisado há três semanas na colônia penal agrícola Heleno Fragoso, que abriga 320 condenados em Santa Isabel do Pará, a 70 quilômetros de Belém. Desta vez, de novo com a conivência de funcionários da instituição, uma brasileira de 14 anos ficou quatro dias em poder de cinco presos, com a conivência dos funcionários. “Eu e outras duas meninas que ficaram lá também”, informou a vítima em 19 de setembro. “Lá dentro eles obrigaram a gente a usar droga e a beber. Eles esqueceram a porta aberta, porque lá eles deixam a porta trancada. Foi quando consegui fugir”.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, uma inutilidade mantida por Dilma Rousseff, não deu um pio sobre o caso.

Não se sabe qual é a posição que meninas violentadas em cadeias ocupam no ranking de prioridades da ministra Iriny Lopes. O que o país acaba de descobrir é que a lista é liderada pela propaganda da Hope Lingeries protagonizada por Gisele Bündchen. Lançada no dia 20, a campanha mostra com qual é a melhor maneira de transmitir más notícias ao marido. No vídeo abaixo, por exemplo, Gisele primeiro conta que bateu o carro usando trajes pouco sedutora. Esse é o método errado. Em seguida, ela repete a notícia semivestida com uma lingerie da Hope. Muito mais sensual, esse é o jeito certo. “Você é brasileira, use seu charme”, ouve-se dizer uma voz masculina.

No terceiro dia da campanha, movida por “diversas manifestações de indignação contra a peça”, Iriny contra-atacou. Num ofício enviado ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Públicitária, o Conar, pediu que o comercial fosse suspenso. Noutro papelório, fez questão de comunicar ao diretor da Hope, Sylvio Korytowski, seu “repúdio” ao desempenho da top model. “A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”, declama Iriny. “Também reforça a discriminação contra a mulher, o que infringe a Constituição Federal”.

Como os demais integrantes do primeiro escalão, Iriny não assina sequer um cartão de Natal sem a autorização de Dilma Rousseff. (Embora não consiga lidar com mais de um assunto por vez, o neurônio solitário faz questão de ser consultado até sobre o cardápio das recepções no Itamaraty). É claro que a ofensiva de Iriny foi combinada com quem, depois de se tornar a primeira mulher a abrir uma assembleia da ONU, virou doutora em questões femininas.

O Brasil anda infestado por tumores que crescem sob o olhar complacente do governo. Exploradores da prostituição infantil, pedófilos impunes, pais que violentam filhos e outras obscenidades vão transformando o país num viveiro de crianças traídas. Com tantas meninas estupradas por aí, Iriny cismou com Gisele Bundchen. Eis um caso que foto explica.



Gisele                           Iriny  
reprodução
Laerte


Do Blog:
A terceira foto, identificada, fui eu que postei.  Em conjunto, elas mostram as agruras por que passam os juburus.  Mulher feia odeia mulher bonita. Ponto final.
Ps.: O Laerte NÃO é irmão gêmeo da...Iriny. 

PROPAGANDA ENGANOSA

Ricardo Stuckert/DivulgaçãoSerá que alguém informou aos "estudantes" franceses que a figura ao lado não sabe ler?  E fala errado?
Será que a figura ao lado distribuiu as cartilhas do seu apadrinhado ao estudantes franceses para que eles aprendam o português falado e escrito no meio petista? 

TUTTY VASQUES

Larari, lairiri, Ideli, Iriny…
divulgaçãoQuem acompanha o noticiário de Brasília já estava quase se deixando tomar pela sensação de náusea colateral às decisões do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, mas aí, como diz Chico Buarque sobre suas musas, “lalari, lairiri, lalará, liliri…”
Iriny Lopes, ministra de Políticas para Mulheres, deu o ar de sua graça nos jornais censurando o papel a que Gisele Bündchen se presta – de calcinha, sutiã e salto alto – em propaganda de lingerie.
Absurdo autoritário que, cá pra nós, melhorou muito o astral da bronca coletiva com o estado de coisas a que chegamos. O ridículo é sempre menos grave que o malfeito e, entre a Ideli e a Iriny, sei lá, acho mais divertido a gente se indignar com a ação do governo contra o “preconceito e a discriminação” no comercial da Hope.
Tadinha! A ministra não entendeu a piada do publicitário tarado que dá vida a uma espécie de Gisele Bündchen submissa, como se isso fosse possível fora da cabeça dos homens!
Todavia, insisto, não fosse a intervenção sem pé nem cabeça da ministra Iriny, talvez a gente estivesse aqui agora jogando conversa fora sobre a participação de Ideli Salvatti na absolvição do Valdemar Costa Neto. Arght!

JOÃO BOSCO LEAL

A corrupção e o futuro

Existem países e continentes com muitas, outros com raríssimas riquezas naturais, o que mostra a capacidade humana de adaptação e de geração de possibilidades nas mais diversas situações.
Com as atuais facilidades de comunicação, é possível ver imagens das enormes diferenças de alimentação, saúde, educação, cultura e riqueza entre os mais diversos povos que habitam a terra, que anteriormente só imaginávamos.
Podemos observar que muitos países com riquezas naturais abundantes são pobres, em todos os sentidos, enquanto outros, bastante desprovidos dessas riquezas conseguem ser ricos, com sua população possuindo um elevado nível cultural e excelente qualidade de vida.
A conclusão é de que as riquezas não são suficientes para proporcionar boa qualidade de vida de uma população, se esta não tiver o conhecimento necessário para sua exploração, se for governada por pessoas incompetentes ou por líderes ditadores e corruptos, que aumentam sua fortuna em detrimento da falta de cultura e da opressão de seus subordinados como temos visto em vários países.
Excluindo-se os casos citados, percebe-se que a saúde é desigual de acordo com as regiões, principalmente por dois fatores: as riquezas naturais ou sua falta - como nas regiões áridas- e a cultura da população.
As consequências de uma acabam gerando outras, como na educação, dificílima de ser alcançada por pessoas pobres, residentes em locais distantes dos centros urbanos ou em países desprovidos de recursos para maiores investimentos na área educacional.
A cultura dos povos influi muito, tanto no alcance de progressos como na manutenção de atrasos, o que é facilmente notado nas diferenças entre os países asiáticos, africanos e sul-americanos, todos com suas características culturais e religiosas distintas.
Além das diferenças climáticas, de riquezas naturais, culturais e religiosas, populações inteiras são prejudicadas por décadas e até por gerações quando submetidas a dirigentes mal intencionados, corruptos ou com ideologias ultrapassadas como podemos ver em diversos desses países e também no nosso.
Países como o Brasil, com riquezas naturais vastíssimas, inigualáveis, ainda não é uma das maiores potências do mundo em decorrência de nossos dois maiores problemas: nossos políticos e a corrupção.
A região nordestina brasileira, ao arrastar seu atraso por décadas, é um exemplo disso, com milhões de pessoas mal alimentadas, sem acesso à educação, despreparadas para a modernidade, simplesmente por estarem, há décadas, comandadas por políticos inescrupulosos que, às suas custas, amealharam e continuam aumentando suas fortunas, dentro e fora do país.
Com os conhecimentos atuais, a aridez regional não pode ser a responsável pela falta de água ou de produtividade de suas terras, pois onde lá se irrigou, a produção frutífera é de qualidade inigualável e tanto a irrigação como a dessalinização da água do mar são técnicas já muito conhecidas e utilizadas em vários países.
Como só aprendemos o que nos mostram, é necessário incentivar uma imprensa totalmente livre, que cada vez mais mostre aos brasileiros os desmandos, roubos e assaltos aos cofres públicos cometidos por nossos políticos, para que, conscientemente, iniciemos uma verdadeira faxina, nos Três Poderes Constituídos.
Persistindo o quadro atual, onde a população nasce, cresce e fica adulta em meio à corrupção, na próxima geração ela sequer será questionada.

http://www.joaoboscoleal.com.br/

CAREL WILLINK (1900-1983)

JANE MONHEIT



Jane Monheit é fã de belas canções brasileiras. 
Sexta-feira pede um início assim, prometendo que ao final do dia a noite será maravilhosa.

MARIA CALLAS

Callas interpreta Casta Diva, da ópera Norma, de Vincenzo Bellini

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ensino médio com sabor de jabuticaba

Claudio de Moura Castro - VEJA

Ainda que tardiamente, universalizamos o ensino fundamental. O ensino médio parecia ir pelo mesmo caminho, mas encruou. Pior, muito antes de atingir uma cobertura aceitável, está encolhendo. Some-se a isso o fato de que os alunos aprendem pouquíssimo. É hoje o nível que traz mais perplexidades. Nossos alunos tem um nível médio de compreensão de leitura equivalente ao de europeus com quatro anos a menos de escolaridade. Ademais, a sua variedade é imensa. Alguns são tecnicamente analfabetos ao entrar no médio. Mas há os geniozinhos de Primeiro Mundo. Uns gostam de teatro, outros de química. Uns de equações do terceiro grau, outros de música. Uns aprendem rápido, outros ainda precisam aprender a ler!



"Temos o currículo fixo das escolas europeias e a alternativa da escola única dos americanos. Ou seja, escola única com currículo único. É estarrecedor que não se critique essa aberração"



Em busca de inspiração, quem sabe,damos uma espiada no que fazem os outros países? Uma viagem pelos mais avançados vai mostrar dois modelos de organização do ensino médio. Na Europa, o modelo dominante lida com a variedade de interesses e competencias dos alunos, mediante a criação de alternativas escolares para cada perfil. Por exemplo, na França há cursos profissionalizantes que dão e que não dão acesso ao superior, sem abrir mão da profissionalização. E há os cursos que levam ao baccalaunfat (bacharelado), com vários sabores: os futuros poetas evitam as matemáticas, outros chafurdam nas equações, uns são mais difíceis, outros menos recheados de teorias.

No modelo americano, todos frequentam a mesma escola, mas há uma variedade estonteante de disciplinas, ao gosto do fregues, seja no assunto, seja no nível de dificuldade. Cada um faz seu currículo. E como é a escola que oferecemos? Tomamos o currículo fixo das escolas europeias e a alternativa da escola única dos americanos. Ou seja, escola única com currículo único. E, se só existe no Brasil e não é jabuticaba. será que pode prestar: É estarrecedor que não se critique essa aberração.

Alvíssaras, o MEC pensa em diversificar o ensino médio. Mas como? Há quinze disciplinas obrigatórias (mais o inglês, inevitável). A lei não deixa tirar nenhuma delas. O campo de manobra é ridiculamente estreito para fazer algo parecido com o que existe na França (ou com o que já tivemos). Só dinamitando a legislação tacanha que criou essas reservas de mercado para professores disso ou daquilo. São plausíveis as justificativas de cada disciplina. O problema é que, somadas, elas criam um monstrengo grotesco.

Mas é ainda pior, pois, como se pode ver nos livros, há assuntos demais, dentro de cada disciplina, como se todos fossem gênios e o tempo de aula fosse o dobro. Como nos diz a teoria cognitiva - e Whitehead, lá nos idos de 1917 -, o que quer que se ensine tem de ser em profundidade. Com a inundação de conteúdos, nada se aprende, mas de tudo se ouve falar. Sabemos que só se aprende quando se aplica, mas falta tempo para lidar com exemplos, projetos e pesquisas. Sem isso, nada feito. Soma-se ao desastre uma jornada escolar excessivamente curta, além das greves e do mau uso do tempo. Aqui não dá para falar do ensino técnico, que soma enguiços e mais mil horas em um currículo já sobrecarregado.

Não bastasse isso, ainda há o vestibular, com perguntas dificílimas, magnetizando o ensino, mesmo daqueles que não pretendem fazê-lo. Para piorar, muitos professores não têm a preparação mínima para a disciplina ensinada. Como consertar isso? Vejamos uma dieta mínima, ainda que politicamente impopular: 1- limitar dramaticamente as disciplinas obrigatórias, ficando com português, matemática e pouco mais; 2 - redefinir as ementas, de forma que as exigências sejam explícitas e estejam ao alcance do aluno real; 3 - variar os níveis de exigência, de acordo com o perfil dos alunos; 4 - diversificar, para atender às preferências dos alunos, pela oferta de "sabores" diferentes (humanidades, ciências naturais, biológicas etc.); 5 - enfatizar a aplicação das teorias em projetos e exercícios práticos (impossível com o dilúvio curricular de hoje). Note-se que não é profissionalização; 6 - simplificar o acesso e mesmo encorajar excelentes profissionais sem licenciatura a ensinar as matérias afins à sua área (engenheiros, médicos, advogados, farmacêuticos etc.); 7 - aumentar a jornada escolar, em pelo menos uma hora. para todos os alunos da escola, não apenas para um grupelho.






ISTVÁN SÁNDORFI (1948-2007)

MYTHICA


FOTOS DE JEAN JACQUES ANDRÉ

ARTHUR VIRGÍLIO

Biruta de aeroporto

O real passou de uma desvalorização de cerca de 2.30% contra o dólar, em 17 de maio último, para uma desvalorização em torno de 10%. Se a moeda se mantiver nesses níveis por muito tempo ou vier a subir mais, haverá aumento das taxas inflacionárias e diminuição da sensação de bem-estar das pessoas.

Afinal, é sabido que inflação baixa e moeda forte transmitem sensação de riqueza e a prova disso está na multidão de brasileiros invadindo Miami, Nova Iorque e Europa.

O governo reclamava do real apreciado e, de repente, passou a queixar-se da desvalorização que nossa moeda sofreu. Como estava, não bastava para conter a inflação. Como está agora, os preços tendem a se tornar ainda menos controláveis.

Como estava, a ameaça de desindustrialização era iminente: dólar muito baixo, além de prejudicar o setor exportador, leva importados a concorrer vantajosamente com os produtos fabricados no território nacional. E esse é o caminho da chamada "doença holandesa": exportação de fábricas e de empregos.

Como está, empresas aumentam suas dívidas em dólar e a família, que planejara viagem barata ao exterior, vê-se obrigada a reformular o contrato ou a dele desistir.

O aumento (30%) das alíquotas de IPI para automóveis importados carrega no bojo dois grandes inconvenientes: traz de volta o atrasado protecionismo, que já fracassara sob Geisel e Delfim Netto, e arrisca gerar aumento de preços pelas montadoras aqui instaladas, à míngua de concorrência. De quebra, mais perspectiva de inflação.

O ministro Mantega parece biruta de aeroporto. Perde credibilidade no exterior e, no Brasil, ninguém do mercado leva em consideração o que ele fala.

Tanto fez que conseguiu estragar o mercado de câmbio local. As medidas recentes têm cunho meramente arrecadatório, a exemplo do IOF no recolhimento de margem em derivativos, cuja taxa, que era de 0.38%, passou a 6%. Aumentou o IOF nas captações externas de curto prazo, até 720 dias; ora, 720 dias só são curto prazo na cabeça de Guido Mantega.

Finalmente, a recente Medida Provisória 539 taxou em 1% (IOF) as posições vendidas em derivativos, criando, na realidade, uma grande confusão: até hoje não se cobrou nada, ninguém sabe direito como se iria cobrar nem quem faria a cobrança ou quando esta deveria começar. Ignora-se, inclusive, o montante devido até o momento.

Para piorar as coisas, o governo já aventa que poderá não cobrar, rebaixando a alíquota a 0%. Brincadeira de mau gosto.
Os leitores e eu entendemos? Pois consolemo-nos todos, porque Mantega e sua equipe tampouco sabem bem o que fizeram.
Tudo isso em meio à discussão sobre o aumento do limite de endividamento, o rebaixamento da nota soberana e a assustadora crise de emprego dos EUA. Tudo isso em meio à crise europeia, que provavelmente viverá desfecho doloroso.

Tempos duros virão, infelizmente.







O MENINO MALUQUINHO E A SUA PARCEIRA APRONTAM NOVAMENTE

Rosinha acampa na sede da Prefeitura de Campos à espera de liminar contra cassação do mandato

Aloysio Balbi, especial para O Globo

CAMPOS - A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), continua nesta quinta-feira na sede da prefeitura de Campos, onde passou a madrugada em vigília acompanhada de mais de 200 aliados. Ela está aguardando a decisão do mandado de segurança, impetrado na noite de quarta-feira, contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de cassar os diplomas dela e do vice Francisco Arthur de Souza Oliveira.

Rosinha pediu que as pessoas que apoiam sua permanência no cargo não façam manifestações como a da noite de quarta-feira, quando a BR-101 foi fechada nos dois sentidos por duas horas e só liberada após a intervenção da Polícia Rodoviária e o Corpo de Bombeiros.

- Em momento nenhum incentivamos esse tipo de coisa. Estou no momento aguardando o resultado do recurso no TRE - disse Rosinha.

De acordo com o Procurador Geral do Município de Campos, Francisco de Assis Pessanha Filho, a decisão da liminar pode sair a qualquer momento:

- O desembargador levou os autos para casa, tendo em vista que só lhe foram encaminhados por volta das 20 horas. A qualquer momento a liminar será apreciada. Estamos todos confiantes em uma decisão positiva, pelo bom direito que ampara a prefeita.
Segundo a sentença do TRE, Rosinha foi condenada por ter sido beneficiada , em 2008, por propaganda irregular veiculada em meio de comunicação. A juíza decidiu que a prefeita e o vice fiquem inelegíveis por três anos, a contar da eleição de 2008. Assim, rosinha e Oliveira podem concorrer às eleições de 2012, já que a punição termina no início do próximo mês.
Para os advogados de Rosinha Garotinho, a sentença está prejudicada pelo tempo, porque no próximo dia 5 de outubro completam os três anos de inelegibilidade e esta sentença poderá ser extinta.
- Mesmo que isso não venha ocorrer, existe uma gama de outros recursos. Fato é que a prefeita continuará no cargo. É o que acreditamos - disse o procuradorFrancisco de Assis.

Do Blog:
É uma bagunça!  Tendo em vista que a justiça jaz no cesto de lixo, resta-nos observar os acontecimentos e relatá-los para a posterioridade.  Como fizeram aqueles que relataram a queda de Atenas e de Roma.  Relatar.  E só.