Facebook liberou dados de investigados por terrorismo, diz juiz
Rede social abriu para a Justiça chats e comunidades secretas utilizadas pelos alvos da Operação Hashtag
Eduardo Gonçalves - VEJA
Zaid Mohammad Abdul Rahman Duarte, um dos investigados pela PF (Reprodução)
O juiz Marcos Josegrei, titular da 14ª Vara Federal de
Curitiba, afirmou nesta quinta-feira que o Facebook abriu todos os dados
dos suspeitos de tramar um atentado durante a Olimpíada quando a empresa
foi informada de que a investigação apurava suposta prática de
terrorismo. De acordo com o magistrado, a rede liberou acesso a
informações de comunidades e chats secretos. “Eles abriram geral.
Colaboraram bastante”, afirmou. Josegrei foi o responsável por decretar a prisão de doze investigados.
A postura da rede social condiz com a política global adotada pelo
Facebook em relação ao terrorismo: a empresa costuma alertar as
autoridades dos países quando detecta conteúdo terrorista em chats ou
páginas. Procurado, o Facebook informou que não pode se posicionar sobre
um caso específico.
Sobre as conversas capturadas via WhatsApp, contudo, o magistrado não
deu mais detalhes. A empresa não repassa conteúdos de mensagens à
Justiça porque alega que seu sistema de criptografia impede que o
próprio aplicativo tenha acesso às conversas.
Confira a seguir a nota do Facebook sobre a questão:
“Temos tolerância zero com terrorismo no Facebook. Removemos contas
de terroristas e conteúdos que promovam terrorismo assim que tomamos
ciência sobre esse tipo de material. Se identificarmos perfis ou
material com teor terrorista, também buscamos contas ou conteúdos
relacionados e os removemos da plataforma. Se detectarmos evidências de
ameaça de dano iminente ou ataque terrorista, nós acionamos as
autoridades para a aplicação da lei”
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