Atenção: seu recurso mais escasso no trabalho
Julian Birkinshaw - NYT Qual é seu recurso mais escasso no trabalho?
A maioria das pessoas responde, sem hesitação, que é tempo. Ele
certamente é finito, mas eu argumentaria que tempo não é realmente seu
recurso mais escasso. Afinal, todo mundo dispõe da mesma quantidade de
tempo, mas as diferenças individuais de produtividade podem ser enormes.
Uma resposta melhor poderia ser sua atenção –sua capacidade pessoal de cuidar das coisas certas pela quantidade certa de tempo. Como o ganhador do Nobel, Herbert Simon, primeiro sugeriu há 40 anos, quando a informação é abundante, a atenção se torna o recurso mais escasso.
Logo, talvez o maior desafio que enfrentamos como indivíduos no trabalho, e como líderes, é a gestão da atenção. Isso significa sermos refletidos e disciplinados na forma como dividimos nosso tempo entre atividades diferentes, e também sobre como encorajamos outros a se concentrarem nas coisas certas. Como?
Primeiro, considere-se como um colaborador individual. Se a atenção é seu recurso mais escasso, a primeira coisa que você precisa fazer é se disciplinar para evitar interrupções. Segundo, e mais difícil, é descobrir quando parar de coletar informação. A melhor abordagem é desenvolver sua hipótese ou argumento cedo, de modo que sua busca seja focada no apoio ou refutação desse argumento. Se isso não funcionar, apenas dê a si um prazo.
Terceiro, apesar de vivermos em uma era de informação ubíqua, nós não devemos ter medo de trazer nossa intuição e emoção à mesa.
Finalmente, quando temos acesso abundante a informação, nós também precisamos encontrar tempo para reflexão. Pense nisso como uma versão de baixa tecnologia de meditação ou conscientização: isso significa simplesmente criar pausas no dia, talvez durante o trajeto entre a casa e o trabalho ou enquanto se exercita, onde poderá dar sentido aos estímulos que lhe bombardeiam e onde poderá permitir a gestação de suas ideias.
Agora, considere seu papel como gerente. Se você mudar seu papel para o de gerente da atenção de sua equipe, há dois conselhos simples a seguir:
–Primeiro, mantenha sua mensagem simples e clara. Se enfatizar diferentes coisas a cada semana, as pessoas ficarão confusas e passarão a não dar atenção, mas se você repetir a mesma mensagem repetidas vezes, o efeito sobre o comportamento de sua equipe provavelmente será substancial. Por exemplo, a maioria das empresas de mineração inicia cada reunião com uma história sobre um recente incidente relacionado à segurança –é uma forma simples e eficaz de manter a atenção na segurança.
–Segundo, seja claro sobre qual deve ser o foco principal da atenção, para que você possa ser estratégico na hora de mudar o foco de sua equipe. Aqui está um exemplo: uma empresa global de software estava perdendo uma oportunidade na Ásia porque toda decisão acabava priorizando as necessidades dos negócios europeus (sua base histórica). O presidente-executivo se mudou (temporariamente) para a Ásia; os horários das reuniões da equipe global se alternavam entre a manhã na Europa e a tarde na Ásia; o presidente da reunião se alternava entre os dois locais; a agenda sempre incluía preocupações regionais e globais. Ao manipular essas deixas relativamente simbólicas, em vez de mudar todo o sistema de recompensa ou estrutura de comunicação, ocorreu uma mudança acentuada no comportamento na direção de um maior foco na Ásia, mas sem perder a atenção na Europa.
Tradutor: George El Khouri Andolfato
Uma resposta melhor poderia ser sua atenção –sua capacidade pessoal de cuidar das coisas certas pela quantidade certa de tempo. Como o ganhador do Nobel, Herbert Simon, primeiro sugeriu há 40 anos, quando a informação é abundante, a atenção se torna o recurso mais escasso.
Logo, talvez o maior desafio que enfrentamos como indivíduos no trabalho, e como líderes, é a gestão da atenção. Isso significa sermos refletidos e disciplinados na forma como dividimos nosso tempo entre atividades diferentes, e também sobre como encorajamos outros a se concentrarem nas coisas certas. Como?
Primeiro, considere-se como um colaborador individual. Se a atenção é seu recurso mais escasso, a primeira coisa que você precisa fazer é se disciplinar para evitar interrupções. Segundo, e mais difícil, é descobrir quando parar de coletar informação. A melhor abordagem é desenvolver sua hipótese ou argumento cedo, de modo que sua busca seja focada no apoio ou refutação desse argumento. Se isso não funcionar, apenas dê a si um prazo.
Terceiro, apesar de vivermos em uma era de informação ubíqua, nós não devemos ter medo de trazer nossa intuição e emoção à mesa.
Finalmente, quando temos acesso abundante a informação, nós também precisamos encontrar tempo para reflexão. Pense nisso como uma versão de baixa tecnologia de meditação ou conscientização: isso significa simplesmente criar pausas no dia, talvez durante o trajeto entre a casa e o trabalho ou enquanto se exercita, onde poderá dar sentido aos estímulos que lhe bombardeiam e onde poderá permitir a gestação de suas ideias.
Agora, considere seu papel como gerente. Se você mudar seu papel para o de gerente da atenção de sua equipe, há dois conselhos simples a seguir:
–Primeiro, mantenha sua mensagem simples e clara. Se enfatizar diferentes coisas a cada semana, as pessoas ficarão confusas e passarão a não dar atenção, mas se você repetir a mesma mensagem repetidas vezes, o efeito sobre o comportamento de sua equipe provavelmente será substancial. Por exemplo, a maioria das empresas de mineração inicia cada reunião com uma história sobre um recente incidente relacionado à segurança –é uma forma simples e eficaz de manter a atenção na segurança.
–Segundo, seja claro sobre qual deve ser o foco principal da atenção, para que você possa ser estratégico na hora de mudar o foco de sua equipe. Aqui está um exemplo: uma empresa global de software estava perdendo uma oportunidade na Ásia porque toda decisão acabava priorizando as necessidades dos negócios europeus (sua base histórica). O presidente-executivo se mudou (temporariamente) para a Ásia; os horários das reuniões da equipe global se alternavam entre a manhã na Europa e a tarde na Ásia; o presidente da reunião se alternava entre os dois locais; a agenda sempre incluía preocupações regionais e globais. Ao manipular essas deixas relativamente simbólicas, em vez de mudar todo o sistema de recompensa ou estrutura de comunicação, ocorreu uma mudança acentuada no comportamento na direção de um maior foco na Ásia, mas sem perder a atenção na Europa.
Tradutor: George El Khouri Andolfato
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