Ricardo Setti - VEJA
Vêem a estrutura acima? Isso tudo é a Empresa Brasil de Comunicação,
empresa estatal criada por Lula em 2007 como sucessora da velha
Radiobras.
A empresa é ligada à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), e é gestora da Agência Brasil, da TV Brasil, da TV Brasil Internacional (sim, existe uma TV Brasil Internacional!), da Radioagência Nacional e do sistema público de rádio (com oito emissoras, como as rádios Nacional de Brasília e Nacional do Rio e a Rádio MEC), além de gerir o canal de televisão NBr e o programa de rádio A Voz do Brasil”.
Esse paquiderme, que ostenta emissoras de TV com décimos de percentual de audiência, como a tal NBr, tem exatos 2.333 funcionários e gastou, no ano passado, 463,9 milhões de reais do Tesouro.
Além disso, o governo federal alcançou a marca de 1,1 bilhão de reais em gastos com publicidade em 2014, segundo a respeitada ONG Contas Abertas (conferir aqui).
Pois bem, a despeito de toda essa torração de dinheiro para divulgar o governo, a newsletter Jornalistas & Cia. desta semana informa o seguinte:
“A CDN, que desde 2009 vinha atendendo à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no relacionamento com a imprensa internacional e relações públicas no exterior, venceu nova licitação e seguirá por mais um ano a desenvolver o trabalho de imagem e reputação do Brasil lá fora. O contrato, que poderá ser renovado por até 60 meses, prevê também serviços como planejamento estratégico de ações de comunicação, organização de atividades de imprensa por ocasião de viagens, monitoramento e análise de mídia, entre outros. A agência não terá estrutura fixa de atendimento e as equipes serão montadas por projeto”.
O interessante é que o contrato anterior era de 16 milhões de reais por ano. Agora, pulou para 40 milhões.
Nada contra a CDN, que cumpre as leis e trabalha direito. Conheço gente de lá, são ótimos profissionais.
Mas não dá para evitar a pergunta: para que serve toda a estrutura de comunicação pública do governo? Para que serve a enorme estrutura de embaixadas e consulados que o Itamaraty mantém pelo mundo afora? Além de gastar 1,1 bilhão em publicidade, ainda é necessário contratar agências para “relacionamento com a imprensa internacional” para fazer “relações públicas no exterior”?
Me expliquem, que eu quero entender.
A empresa é ligada à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), e é gestora da Agência Brasil, da TV Brasil, da TV Brasil Internacional (sim, existe uma TV Brasil Internacional!), da Radioagência Nacional e do sistema público de rádio (com oito emissoras, como as rádios Nacional de Brasília e Nacional do Rio e a Rádio MEC), além de gerir o canal de televisão NBr e o programa de rádio A Voz do Brasil”.
Esse paquiderme, que ostenta emissoras de TV com décimos de percentual de audiência, como a tal NBr, tem exatos 2.333 funcionários e gastou, no ano passado, 463,9 milhões de reais do Tesouro.
Além disso, o governo federal alcançou a marca de 1,1 bilhão de reais em gastos com publicidade em 2014, segundo a respeitada ONG Contas Abertas (conferir aqui).
Pois bem, a despeito de toda essa torração de dinheiro para divulgar o governo, a newsletter Jornalistas & Cia. desta semana informa o seguinte:
“A CDN, que desde 2009 vinha atendendo à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no relacionamento com a imprensa internacional e relações públicas no exterior, venceu nova licitação e seguirá por mais um ano a desenvolver o trabalho de imagem e reputação do Brasil lá fora. O contrato, que poderá ser renovado por até 60 meses, prevê também serviços como planejamento estratégico de ações de comunicação, organização de atividades de imprensa por ocasião de viagens, monitoramento e análise de mídia, entre outros. A agência não terá estrutura fixa de atendimento e as equipes serão montadas por projeto”.
O interessante é que o contrato anterior era de 16 milhões de reais por ano. Agora, pulou para 40 milhões.
Nada contra a CDN, que cumpre as leis e trabalha direito. Conheço gente de lá, são ótimos profissionais.
Mas não dá para evitar a pergunta: para que serve toda a estrutura de comunicação pública do governo? Para que serve a enorme estrutura de embaixadas e consulados que o Itamaraty mantém pelo mundo afora? Além de gastar 1,1 bilhão em publicidade, ainda é necessário contratar agências para “relacionamento com a imprensa internacional” para fazer “relações públicas no exterior”?
Me expliquem, que eu quero entender.
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