Saída dos americanos do território da ilha foi uma das exigências feitar pelo ditador Raúl Castro para a normalização das relações entre os dois países
VEJA
Soldado americano faz a segurança da base militar de Guantánamo, em Cuba
(Brennan Linsley/AP/VEJA)
Sob controle americano desde um acordo firmado em 1903, 57 anos antes da revolução cubana, parte do território da província de Guantánamo abriga uma importante e estratégica base naval dos Estados Unidos, além de uma prisão militar, que, a partir de 2002, passou a receber suspeitos de ligação com o terrorismo.
Exigências – Em discurso na cúpula de países latino-americanos e caribenhos, na Costa Rica, o ditador cubano Raúl Castro citou a devolução de Guantánamo como uma das exigências aos Estados Unidos para cimentar a normalização das relações entre os dois países. Na ocasião, Raúl também cobrou o fim do embargo e uma "compensação justa" por perdas causadas pelo bloqueio econômico.
"O que esses comentários deixam claro é que existe uma diferença bastante clara entre restabelecer laços diplomáticos e desenvolver o processo mais longo da normalização das relações", observou Earnest.
EUA e Cuba anunciaram em dezembro um acordo de reaproximação. As medidas afrouxam décadas de restrições comerciais e financeiras sobre Cuba, abrindo o país para as telecomunicações, construção e serviços financeiros dos EUA. As exigências de Raúl, no entanto, indicam que as mudanças na ilha caribenha podem ficar muito aquém do esperado.
A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, relevou as declarações do ditador cubano. "Nosso foco agora é o restabelecimento das relações diplomáticas", declarou Psaki, citando a abertura de embaixadas nos dois países. A porta-voz ressaltou que pedidos do governo cubano serão "certamente discutidos nas negociações" entre Washington e Havana.
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