Blog do Augusto Nunes
Emergindo
de si mesma, mas sempre na bruma que a separa da realidade, Dilma
pretextou na Granja do Torto enfrentar o desconhecimento e a
desinformação. O novo aplique moral se evidenciou na divulgação do
balanço da Petrobras de contabilidade imaginária. No jogo de ilusões e
realidades, a oposição silenciou enquanto (não) aprende a se opor e o
Movimento Passe Livre, que integra em gozo a parcela da população que
lida com problemas imaginários para continuar sofrendo com os reais,
inferniza a rotina do paulistano protestando não contra a Petrobras já
ter perdido 47% de seu valor, mas contra o aumento de R$0,50 na tarifa
de ônibus e metrô.
Todos imaginamos, sonhamos e tal. Imagino, por exemplo, como é a Budapeste do Ferenc Mólnar e sua doce pequena obra-prima “Os meninos da rua Paulo”, de tradução definitiva do Paulo Ronái. Hei de conhecer Budapeste, mas ainda que a joia do Danúbio se revele como sonhei será outra cidade: a real. Porque é sempre com o real que lidamos se cedermos à lucidez, à honestidade com nós mesmos e com os outros. Sabe aquele piquenique bacana planejado com as crianças no primeiro fim de semana de sol em que você não leva trabalho para casa? Será bacana, mas as formigas, uns bichos mais sem modos, virão. Sabe o amor da sua vida? Pode aparecer na vida de outra pessoa ou, sei lá, fazer barulho quando toma sopa. Realidades.
O jeca rejeitou o Brasil concreto, não quis saber do batente real de um presidente. Não depois de sonhar 30 anos consigo mesmo refestelado nos salões do poder, languidamente sedado pelo blue label, recostado com o cinto afrouxado, recitando palavrões na liturgia do que entende ser presidente. Viagens, Rose Noronha, bajulação, jatinhos exclusivos – isso é que é vidão de presidente. Ora, sempre fora vadio sem nada disso, então ia, agora com a chave do cofrão público, se aporrinhar com reforma política ou tributária? Modernização da infraestrutura? Melhora da educação, da saúde ou da segurança? Preferiu um brasil imaginário e inventou na concretude do mensalão um Congresso para si; inventou até uma fraude para sucedê-lo; e, antes que a população caísse na real, inventou que a oposição pouco mais do que imaginária privatizaria a Petrobrás.
Com a corja de gabriellis, dutras, zedirceus, dilmas, paulinhos e cambada, distraiu a pátria num falso debate enquanto aniquilava a empresa, dissipando em 10 anos riquezas construídas em 62 e, tão profunda a sordidez, anulou a riqueza futura do pré-sal. A súcia não é meu assunto preferido e nem gosto da dureza das palavras com que gravo minha repulsa e tristeza. Queria falar de sonhos e ser de aprazível leitura, mas a realidade se impõe. E ela, que castiga o país avesso em lidar com o real, há de se impor à corja com a verdade cuja força esboroa a mais longeva vigarice.
Todos imaginamos, sonhamos e tal. Imagino, por exemplo, como é a Budapeste do Ferenc Mólnar e sua doce pequena obra-prima “Os meninos da rua Paulo”, de tradução definitiva do Paulo Ronái. Hei de conhecer Budapeste, mas ainda que a joia do Danúbio se revele como sonhei será outra cidade: a real. Porque é sempre com o real que lidamos se cedermos à lucidez, à honestidade com nós mesmos e com os outros. Sabe aquele piquenique bacana planejado com as crianças no primeiro fim de semana de sol em que você não leva trabalho para casa? Será bacana, mas as formigas, uns bichos mais sem modos, virão. Sabe o amor da sua vida? Pode aparecer na vida de outra pessoa ou, sei lá, fazer barulho quando toma sopa. Realidades.
O jeca rejeitou o Brasil concreto, não quis saber do batente real de um presidente. Não depois de sonhar 30 anos consigo mesmo refestelado nos salões do poder, languidamente sedado pelo blue label, recostado com o cinto afrouxado, recitando palavrões na liturgia do que entende ser presidente. Viagens, Rose Noronha, bajulação, jatinhos exclusivos – isso é que é vidão de presidente. Ora, sempre fora vadio sem nada disso, então ia, agora com a chave do cofrão público, se aporrinhar com reforma política ou tributária? Modernização da infraestrutura? Melhora da educação, da saúde ou da segurança? Preferiu um brasil imaginário e inventou na concretude do mensalão um Congresso para si; inventou até uma fraude para sucedê-lo; e, antes que a população caísse na real, inventou que a oposição pouco mais do que imaginária privatizaria a Petrobrás.
Com a corja de gabriellis, dutras, zedirceus, dilmas, paulinhos e cambada, distraiu a pátria num falso debate enquanto aniquilava a empresa, dissipando em 10 anos riquezas construídas em 62 e, tão profunda a sordidez, anulou a riqueza futura do pré-sal. A súcia não é meu assunto preferido e nem gosto da dureza das palavras com que gravo minha repulsa e tristeza. Queria falar de sonhos e ser de aprazível leitura, mas a realidade se impõe. E ela, que castiga o país avesso em lidar com o real, há de se impor à corja com a verdade cuja força esboroa a mais longeva vigarice.
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