Felipe Moura Brasil - VEJA
Augusto Mendonça Neto entregou o PT e os petistas Renato Duque e João Vaccari Neto na CPI da Petrobras.
O executivo da Toyo Setal confirmou que:
a) o cartel de empreiteiras formado para combinar o resultado de licitações da Petrobras só se associou a diretores da estatal a partir de 2005, durante o governo Lula.
b) a corrupção era “generalizada” nas diretorias de Abastecimento e Serviços da estatal, controladas por PP e PT, respectivamente;
c) negociou propinas que totalizam cerca de 30 milhões reais para a diretoria de Abastecimento e entre 70 milhões e 80 milhões de reais para a de Serviços.
d) os pagamentos a Duque foram feitos em espécie e em contas no exterior indicadas pelo ex-diretor.
e) parte da propina paga por fornecedores da Petrobras foi direcionada para o caixa do PT, como doação oficial.
f) fez doações eleitorais ao PT a pedido de Duque;
g) encontrou-se com Vaccari aproximadamente dez vezes;
h) sua companhia repassou 2,5 milhões de reais para a gráfica Atitude, usada por Vaccari, segundo a Operação Lava Jato, para receber propina de empresas como a Toyo Setal.
Como Augusto Mendonça Neto reconheceu que Duque lhe pediu que procurasse por Vaccari – que não era tesoureiro do partido à época – na sede do PT em São Paulo, para tratar de doações eleitorais, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) sentenciou:
“Em 2008 ele era agente de propina. Ele era assaltante da Petrobras. E foi nessa condição que o senhor falou com ele.”
Vaccari sempre negou ter arrecadado recursos para o PT antes de assumir o cargo de tesoureiro, em 2010, e Onyx já o havia desmascarado neste sentido durante seu depoimento à comissão, como mostrei aqui. Com a confirmação do executivo, o deputado foi à forra.
Abaixo, alguns dos depoimentos de Mendonça Neto na CPI:
1) “Lá pelo ano de 2005, 2006 o grupo foi ampliado e ganhou efetividade. Ou seja, tinha mais condição de funcionar a partir do instante em que houve uma combinação, com os diretores da Petrobras, das empresas que seriam convidadas para participar das licitações.”
2) “Do lado da diretoria de Serviços foram feitos pagamentos, a maior parte deles no exterior, e foram feitas contribuições ao Partido dos Trabalhadores a pedido de Renato Duque.”
3) “A minha conversa pelo lado da Diretoria de Serviços sempre acontecia com o Duque ou [com o ex-gerente Pedro] Barusco. O Duque, em algumas oportunidades, me pediu para que eu fizesse contribuições ao Partido dos Trabalhadores.”
4) “Da parte do Renato Duque, ele nunca verbalizou ‘se você não contribuir vou te atrapalhar’, mas era uma coisa muito visível, muito evidente. A contribuição ali era no sentido de não ser atrapalhado.”
5) “Eu recebi uma indicação do Renato Duque para que fizesse contribuição ao partido e que isso fosse feito no diretório nacional, com ele [Vaccari], que era o tesoureiro. Eu marquei um horário e fui conversar com ele.”
O executivo da Toyo Setal confirmou que:
a) o cartel de empreiteiras formado para combinar o resultado de licitações da Petrobras só se associou a diretores da estatal a partir de 2005, durante o governo Lula.
b) a corrupção era “generalizada” nas diretorias de Abastecimento e Serviços da estatal, controladas por PP e PT, respectivamente;
c) negociou propinas que totalizam cerca de 30 milhões reais para a diretoria de Abastecimento e entre 70 milhões e 80 milhões de reais para a de Serviços.
d) os pagamentos a Duque foram feitos em espécie e em contas no exterior indicadas pelo ex-diretor.
e) parte da propina paga por fornecedores da Petrobras foi direcionada para o caixa do PT, como doação oficial.
f) fez doações eleitorais ao PT a pedido de Duque;
g) encontrou-se com Vaccari aproximadamente dez vezes;
h) sua companhia repassou 2,5 milhões de reais para a gráfica Atitude, usada por Vaccari, segundo a Operação Lava Jato, para receber propina de empresas como a Toyo Setal.
Como Augusto Mendonça Neto reconheceu que Duque lhe pediu que procurasse por Vaccari – que não era tesoureiro do partido à época – na sede do PT em São Paulo, para tratar de doações eleitorais, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) sentenciou:
“Em 2008 ele era agente de propina. Ele era assaltante da Petrobras. E foi nessa condição que o senhor falou com ele.”
Vaccari sempre negou ter arrecadado recursos para o PT antes de assumir o cargo de tesoureiro, em 2010, e Onyx já o havia desmascarado neste sentido durante seu depoimento à comissão, como mostrei aqui. Com a confirmação do executivo, o deputado foi à forra.
Abaixo, alguns dos depoimentos de Mendonça Neto na CPI:
1) “Lá pelo ano de 2005, 2006 o grupo foi ampliado e ganhou efetividade. Ou seja, tinha mais condição de funcionar a partir do instante em que houve uma combinação, com os diretores da Petrobras, das empresas que seriam convidadas para participar das licitações.”
2) “Do lado da diretoria de Serviços foram feitos pagamentos, a maior parte deles no exterior, e foram feitas contribuições ao Partido dos Trabalhadores a pedido de Renato Duque.”
3) “A minha conversa pelo lado da Diretoria de Serviços sempre acontecia com o Duque ou [com o ex-gerente Pedro] Barusco. O Duque, em algumas oportunidades, me pediu para que eu fizesse contribuições ao Partido dos Trabalhadores.”
4) “Da parte do Renato Duque, ele nunca verbalizou ‘se você não contribuir vou te atrapalhar’, mas era uma coisa muito visível, muito evidente. A contribuição ali era no sentido de não ser atrapalhado.”
5) “Eu recebi uma indicação do Renato Duque para que fizesse contribuição ao partido e que isso fosse feito no diretório nacional, com ele [Vaccari], que era o tesoureiro. Eu marquei um horário e fui conversar com ele.”
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