quinta-feira, 28 de maio de 2015

EI fuzila 20 homens nas ruínas de anfiteatro romano de Palmira
Vítimas eram acusadas pelos terroristas de terem combatido o avanço do grupo radical junto do Exército sírio
VEJA
Ruínas de um teatro romano na cidade de Palmira, na Síria
Ruínas de um teatro romano na cidade de Palmira, na Síria(Omar Sanadiki/Reuters)
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) utilizou as ruínas da cidade história de Palmira, na Síria, para cometer mais uma das suas atrocidades. Nesta quarta-feira, os jihadistas fuzilaram 20 homens no anfiteatro romano que foi construído entre os séculos I e II d.C. Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, afirmou que o EI assassinou as vítimas em frente a uma multidão. Todos os mortos eram muçulmanos xiitas e alauitas que teriam se unido às Forças Armadas sírias para impedir o avanço dos extremistas na região.
Acredita-se que os terroristas tenham executado 217 pessoas, incluindo 67 civis, desde a tomada de Palmira na última quinta-feira. Os extremistas mantêm cerca de 600 prisioneiros na cidade síria.
Os jihadistas divulgaram nesta quarta-feira um vídeo em que andam pelas ruínas de Palmira. Não há nenhum indício de que os radicais tenham destruído qualquer relíquia arqueológica até momento. De acordo com o jornal The Guardian, terroristas disseram a civis da cidade que não danificarão as ruínas porque elas não simbolizam blasfêmias ao Islã. Ativistas acreditam que Palmira será poupada porque a maioria do sítio arqueológico consiste apenas em colunas e construções antigas sem a presença de desenhos de animais e pessoas. Os radicais consideram uma ofensa qualquer representação de culturas pré-islâmicas, o que implica na demolição de estátuas e ídolos. A cidade assíria de Nimrod e museus no Iraque já foram destruídos pelo EI.

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