quinta-feira, 28 de maio de 2015

Mensaleiro movimentou propina enquanto estava preso
Laryssa Borges - VEJA
O ex-deputado federal Pedro Corrêa, suspeito de envolvimento no esquema de fraudes em contratos da Petrobras investigado pela operação Lava Jato chega ao IML de Curitiba, para realizar exame de corpo de delito - 13/04/2015O ex-deputado federal Pedro Corrêa(Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo)
O ex-deputado do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa e seus aliados movimentaram pelo menos 2,53 milhões de reais apenas em contas bancárias do Banco do Brasil entre janeiro de 2010 e março de 2014. Os dados fazem parte do mapeamento feito pelo Ministério Público para tentar rastrear o dinheiro que Corrêa recebeu em propina no escândalo do petrolão. As informações bancárias referem-se a depósitos feitos pelo ex-deputado, pelo caseiro Jonas Aurélio Leite, o ex-assessor do parlamentar Ivan Vernon e a nora de Corrêa, Marcia Danzi. Parte dos valores ocorreu no mesmo período em que Pedro Corrêa cumpria pena por ter sido condenado por lavagem de dinheiro e corrupção no julgamento do mensalão. Na 11ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal encontrou indícios de que a nora de Corrêa, o ex-assessor e o caseiro recebiam, em nome do ex-congressista, propina enviada pelo doleiro Alberto Youssef. Correa, segundo delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, recebeu mais de 5 milhões de reais em dinheiro sujo do petrolão na campanha eleitoral de 2010. Na decisão que autorizou a prisão, o juiz Sergio Moro destacou que foi detectado que o ex-deputado recebeu R$ 3,3 milhões entre 2010 e 2014, sendo 952.000 reais em 2012 - quase o triplo do que informou oficialmente à Receita Federal no período. 

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