Mensaleiro movimentou propina enquanto estava preso
Laryssa Borges - VEJA
O ex-deputado federal Pedro Corrêa(Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo)
O
ex-deputado do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa e seus aliados
movimentaram pelo menos 2,53 milhões de reais apenas em contas bancárias
do Banco do Brasil entre janeiro de 2010 e março de 2014. Os dados
fazem parte do mapeamento feito pelo Ministério Público para tentar
rastrear o dinheiro que Corrêa recebeu em propina no escândalo do
petrolão. As informações bancárias referem-se a depósitos feitos pelo
ex-deputado, pelo caseiro Jonas Aurélio Leite, o ex-assessor do
parlamentar Ivan Vernon e a nora de Corrêa, Marcia Danzi. Parte dos
valores ocorreu no mesmo período em que Pedro Corrêa cumpria pena por
ter sido condenado por lavagem de dinheiro e corrupção no julgamento do
mensalão. Na 11ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal encontrou
indícios de que a nora de Corrêa, o ex-assessor e o caseiro recebiam,
em nome do ex-congressista, propina enviada pelo doleiro Alberto
Youssef. Correa, segundo delação do ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa, recebeu mais de 5 milhões de reais em dinheiro sujo do
petrolão na campanha eleitoral de 2010. Na decisão que autorizou a
prisão, o juiz Sergio Moro destacou que foi detectado que o ex-deputado
recebeu R$ 3,3 milhões entre 2010 e 2014, sendo 952.000 reais em 2012 -
quase o triplo do que informou oficialmente à Receita Federal no
período.
Nenhum comentário:
Postar um comentário