Rodrigo Constantino -VEJA
Em artigo
publicado hoje na Folha, o professor titular de urologia da Faculdade
de Medicina da USP, Miguel Srougi, faz duras críticas ao programa Mais
Médicos, mostrando como tudo não passa de uma empulhação. Que o Brasil, e
na verdade o mundo todo, precisa de mais médicos, isso ninguém
contesta. O que está em jogo, porém, é algo muito diferente. Diz o
médico:
O filósofo Luiz Felipe Pondé já usou sua
coluna no mesmo jornal para afirmar que os médicos brasileiros viraram
os “judeus do PT”, uma alusão aos bodes expiatórios que um governo com
pretensões totalitárias usa para jogar toda a nação contra eles em vez
de reconhecer os problemas estruturais do país.
Além disso, as condições de importação
desses escravos cubanos são inadmissíveis para uma democracia como a
nossa, como já cansei de dizer aqui. Mais de 80% dos “médicos”
estrangeiros do programa do governo são cubanos, o que levanta a
suspeita de tudo não passar de um grande esquema de transferência de
recursos do Brasil para a ditadura cubana.
Esses “médicos” cubanos não contam com a
qualificação necessária, e é impensável que num país com 200 milhões de
habitantes como o Brasil não seria possível encontrar alguns milhares de
enfermeiros dispostos a receber R$ 10 mil mensais para fazer o mesmo
trabalho.
O médico é direto ao constatar:
“Iniciativa empulhadora porque atribui a ruína da saúde à falta de
médicos nos rincões, quando na verdade a indecência instalou-se porque o
Brasil tem sido dirigido por governantes desonestos e de uma inépcia
inabalável”.
O prognóstico com o programa Mais
Médicos, portanto, é o pior possível. Restará apenas desilusão quando
ficar claro que tudo não passou de empulhação. O ex-ministro Alexandre
Padilha estava focado demais na campanha para o governo paulista.
Deveria estar mais preocupado em não indicar diretor para laboratório fantasma que fecha contratos milionários com o Ministério da Saúde…
Nenhum comentário:
Postar um comentário