Ricardo Noblat
Em entrevista, hoje, a rádios baianas, Dilma disse que será candidata à reeleição com ou sem o apoio dos partidos aliados que sustentam seu governo.
"Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha base, da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente" garantiu Dilma.
Tolice! Amadorismo!
Foto: Gustavo Miranda / O Globo
Um profissional da política, candidato a qualquer coisa, não admite que possa perder apoios. Pelo contrário.De resto, ninguém pode “tocar em frente” caso perca o apoio de sua base, de sua própria base. Como sem apoio seria possível ainda assim “tocar em frente?”
Nos últimos dois meses, uma sequência de quatro pesquisas registrou a queda de Dilma nas intenções de voto – Datafolha, Vox Populi, Ibope e a mais recente da MDA.
A pesquisa da MDA foi a única a detectar o crescimento dos dois mais ferozes adversários de Dilma – Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Só quem pode barrar a queda de Dilma é ela mesma. Se ela contar para isso com a ajuda dos partidos que dizem apoiá-la, tanto melhor.
Mas não é isso o que está acontecendo. Nem mesmo o PT sua a camisa por Dilma.
A candidatura de Dilma à reeleição tem data marcada para acabar – se ela despencar para a casa dos 30% das intenções de voto. Por ora, ela reúne 37%.
Ninguém com 30% das intenções de voto jamais ganhou eleições majoritárias por aqui.
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