terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Nelson Barbosa rechaça proposta de usar reservas cambiais para financiar projetos de infraestrutura
Painel - FSP
Nem pensar Em conversas reservadas, o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) rechaçou a proposta de usar as reservas cambiais para bancar projetos de infraestrutura. A medida, uma bandeira do PT, é “papo de boteco”, dizem auxiliares da pasta. Para viabilizá-la, o BC teria de reduzir as operações compromissadas (ações para calibrar a oferta de dinheiro na economia) e perderia poder de fogo como autoridade monetária. Barbosa, segundo relatos, classificou a ideia como “primária”.
Colchão As reservas do país em moeda estrangeira chegaram a US$ 368,6 bilhões na sexta (18). A situação ainda é muito confortável. Mas, desde o início do ano, o saldo já caiu mais de US$ 4,8 bilhões.
Faltaram os russos A pressa do governo para tirar do papel a reforma da Previdência esbarra, mais uma vez, no Legislativo. Apesar do trânsito de Barbosa com o Congresso, as eleições de 2016 e as discussões sobre o impeachment tendem a bloquear o avanço da medida.
Estátua! Também contribui para a lentidão a dúvida lançada por Eduardo Cunha sobre o formato das próximas eleições para o comando das comissões permanentes.
Vem aí O relatório final da CPI do BNDES, em especial a parte que tratará da área de “contratos internos” do banco de fomento, pegará pesado com a JBS.
Wally O sub-relator do parecer, deputado tucano Alexandre Baldy (GO), atira: “tinha um diretor da empresa que vivia fazendo lobby no Congresso e, após o início da comissão, simplesmente desapareceu”.
Armistício O jantar do PMDB do Rio com Michel Temer no domingo (20) serviu para colocar a bola no chão. O ex-governador Sérgio Cabral disse que não há conspiração para tomar o comando da sigla e disse apoiar a recondução do vice para a direção nacional da legenda.
Amigos, amigos Mas que Temer não se engane. “Renan nos ajudou a manter o líder Leonardo Picciani. Temos gratidão e compromisso com ele”, alertou um cacique do Rio.
Aqui não Contra acusações de ser pressionado por Cunha, Temer diz não ter medo nem sofrer chantagem. “Ele só não aceita ser atacado parado”, afirma um auxiliar.
Lupa A tropa de Temer coleciona votos antigos de ministros do Supremo nos quais vê sinalizações contrárias à decisão da própria corte sobre o rito do impeachment, como a determinação de que a comissão seja composta por indicações dos líderes.
Veja só “É inegável que conferir superpoderes a alguns parlamentares subverte a própria ideia de representação democrática”, escreveu Marco Aurélio Melo sobre os líderes, em voto que aliados do vice carregam a tiracolo.

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