sexta-feira, 29 de julho de 2011

MEMÓRIAS

A primeira vez que fui para a Europa, o nosso dinheiro não valia nada, estávamos com uma brutal inflação, o presidente José Sarney tinha fama de corrupto e nós brasileiros éramos mal vistos.  Cidadãos de segunda classe.
A segunda vez foi em plena crise do governo de Fernando Collor, cujo plano econômico levou à débâcle a economia do Brasil.  Sem comentários. Éramos vistos como cidadãos de segunda classe.
Muitos anos depois, fui à Europa novamente.  Não adianta sou apaixonado por aquele continente.  Era a época do Plano Real e o presidente era Fernando Henrique Cardoso.  Mesmo com a economia estável, contas em dia e com brasileiros com alto poder aquisitivo, ainda éramos vítimas da desconfiança, pois a economia européia passava pela transição monetária que acabou resultando um ano após na adoção completa do Euro como moeda corrente em quase todos os países que compunham à época o megabloco econômico (2000).  Éramos vistos como cidadãos de segunda classe.
Nessa época conheci Siena e me encantei pela Toscana.
Hoje: a Europa tá com o pires não mão, bate às portas do FMI, sob a ameaça de forte recessão.  O Brasil deixou algo em torno de dez bilhões de dólares em turismo, importações, etc.  Ainda assim, de todos que vão fazer turismo na Europa, o brasileiro é que é o mais barrado nos aeroportos. Os brasileiros são vistos como cidadão de... segunda classe.
Claro que estando dentro da UE (cujo símbolo é um círculo formado por estrelas que representam cada mento integrante do bloco, você não sai mais dela, mas também não entra). 

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