quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ataques continuam durante trégua humanitária em Gaza
Mais foguetes são lançados a partir de Gaza contra Israel, que responde com ataques aéreos. Mercado perto da Cidade de Gaza é bombardeado e 17 morrem
VEJA
Israel autorizou uma trégua humanitária de quatro horas nesta quarta-feira, mas a pausa nas hostilidades não durou nem mesmo esse breve período. Foguetes continuaram a ser lançados a partir de Gaza contra Israel, que respondeu com ataques aéreos.
O grupo fundamentalista palestino Hamas, que havia rejeitado a proposta de cessar-fogo temporário, afirmou que um mercado perto da Cidade de Gaza foi bombardeado, dezessete pessoas foram mortas e 200 ficaram feridas. Antes deste ataque, uma escola da ONU que abrigava famílias desalojadas pelo conflito foi atingida, deixando quinze mortos e dezenas de feridos. A ONU condenou o ataque à escola, que classificou como uma “fonte de vergonha universal”.
As Forças de Defesa de Israel informaram que três soldados morreram quando verificavam um túnel em uma residência no sul da região. O local tinha explosivos que foram detonados contra os militares. Outros 27 soldados foram feridos em incidentes na área. Com estas mortes, o número total de militares israelenses mortos no atual conflito chega a 56, além de três civis. Do lado palestino, mais de 1.300 pessoas foram mortas.
Ao propor a trégua temporária, Israel disse que ela não se aplicaria às áreas onde tropas estão operando e que qualquer tentativa de usar o período para atacar civis ou soldados seria respondida. O Exército também afirmou que líderes do grupo terrorista estão se escondendo em hospitais.
Embaixadores – O governo israelense expressou nesta quarta-feira sua “profunda decepção” com Chile, El Salvador e Peru, que convocaram seus embaixadores para consultas, um sinal de protesto contra a ofensiva em Gaza. Para Israel, essa atitude encoraja o Hamas a continuar com os ataques ao Estado judeu.
Na terça, o governo de El Salvador chamou seu enviado para consultas urgentes sobre o que chamou de ataque “indiscriminado” de Israel. O Chile chamou seu embaixador de volta em resposta à “punição coletiva” de palestinos em Gaza.

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