Rodrigo Constantino - VEJA
O
Mercosul emitiu hoje uma nota de repúdio ao Hamas, exigindo o imediato
cessar dos ataques com mísseis aos civis israelenses e definiu como
inadmissível o uso de crianças e inocentes palestinos como escudo
humano. Na nota, o Mercosul apoia as sanções dos Estados Unidos e Europa
à Rússia após novas evidências que mostram a conivência e o suporte do
país aos separatistas ucranianos, que derrubaram um avião da Malásia com
quase 300 pessoas a bordo.
Ainda na mesma nota, os países do
Mercosul decidiram condenar em bloco a ditadura cubana, atestando que é
nefasto um regime que mantém como escrava a própria população por meio
século, e que fuzilou milhares de presos políticos apenas pelo “crime”
de opinião. Por fim, o Mercosul decidiu expulsar a Venezuela do bloco,
reconhecendo que fora um grande equívoco aceitar o país que não cumpria
as cláusulas democráticas.
Agora o leitor já pode acordar, deixar o
sonho de lado, e mergulhar no pesadelo da realidade. Nada disso é
verdade, claro. O Mercosul emitiu nota
sim, mas condenando apenas Israel e pedindo investigação de violação de
direitos humanos somente para o pequeno país democrático do Oriente
Médio. Vejam a foto com esses “gigantes” mundiais dos direitos humanos:
No centro, destacando-se pela maior
estatura (física, não moral), está Nicolás Maduro, aquele tiranete que
usa milicianos cubanos para perseguir a própria população venezuelana.
Todos são camaradas de Fidel e Raúl Castro, os maiores ditadores do
continente. Alinharam-se ao Irã e à Rússia, ambos alvos de sanções por
parte dos países desenvolvidos justamente por desrespeito aos direitos
humanos.
Esses incríveis “humanitários” condenaram
o “massacre” de Israel, e não citaram uma única palavra de condenação
ou crítica ao Hamas, grupo terrorista que usa a própria população como
escudo humano. É como se Sarney, Maluf e Lula emitissem uma nota
cobrando ética na política. Uma piada!
Quando “anões diplomáticos” como esses
representam a América Latina, tudo que podemos fazer é sentir uma imensa
vergonha, e deixar bem claro aos israelenses que essa gente não nos
representa de fato!
PS: Dilma aproveitou a ocasião para
oferecer apoio incondicional ao governo argentino, prestes a
desrespeitar a Justiça americana e dar mais um calote nos credores
internacionais. Preferiu apelar para o sensacionalismo e criticar os
“abutres”, os “especuladores” que ganham à custa do sofrimento do povo.
Se ao menos ela estivesse falando desses próprios líderes e governantes…
PS2: “Se entende que soldados morram em
uma guerra, não crianças, mulheres, idosos”, disse Cristina Kirchner.
Perguntar não ofende: pela lógica desses “progressistas igualitários”,
isso não seria machismo? Quer dizer que mulheres são, afinal, do sexo
frágil e merecem tratamento diferenciado? Precisam se decidir…
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