María Alejandra Torres - El País
Garrafas de água e refrigerante, embalagens de comida ou detergente, sacolas, bandejas, tigelas... os plásticos vão com frequência cada vez maior da casa para o latão amarelo. As famílias espanholas reciclaram 56,6% das 656 mil toneladas postas no mercado em 2013, quantidade que transforma o país no segundo da UE que mais recicla material por habitante, segundo o relatório apresentado na terça-feira (29) pela Cicloplast.
Os espanhóis separaram 371.218 toneladas de
plásticos no ano passado, 3,7% a mais que no ano anterior e o triplo de
uma década atrás. Com esse volume é possível encher 28 estádios do
tamanho do Santiago Bernabéu, em Madri. Concretamente, cada cidadão
reciclou 7,7 quilos de material, número que fica acima da média europeia
- 7,1 quilos por habitante - e à frente de países como Reino Unido,
Itália, Bélgica e Finlândia. A Alemanha encabeça a lista, com 12 quilos
por habitante.
Apesar dos resultados, a Espanha "não pode dormir no ponto", explicou Teresa Martínez, diretora geral do Cicloplast. Apesar de o país "superar e duplicar" a meta de reciclagem estabelecida pela diretriz europeia em 2008, que se situa em 22,5%, Bruxelas já definiu uma nova meta para 2025: 60% de reciclagem de plásticos e zero resíduos recicláveis nos depósitos.
Separar os detritos não é suficiente, e Martínez reconhece que "só com a reciclagem" não se poderá alcançar o objetivo. É necessário que paralelamente se promovam estratégias como o uso mais frequente dos materiais no âmbito energético e se ofereçam produtos reciclados de alto valor agregado.
Como exemplo, Martínez falou sobre dois projetos nos quais a entidade trabalha. Um deles é o Prowaste, desenvolvido em nível europeu com a participação da empresa espanhola Solteco, para criar perfis de madeira plástica. A organização também promoveu - com a empresa Ferrovial e as universidades Politécnica da Catalunha e de Alcalá - uma iniciativa nacional para usar plásticos na fabricação de asfalto modificado.
No país, à diferença do que ocorre em outros, são recolhidos todos os tipos de recipientes plásticos, rígidos e flexíveis. São depositados nos 360.369 latões amarelos cujo conteúdo é depois separado nas 96 usinas de seleção. Aqui são divididos em quatro categorias: garrafas de água e refrescos; recipientes de detergente; sacolas e iogurtes; bandejas e tigelas.
O relatório da Cicloplast, organização dedicada à promoção da reciclagem e integrada por empresas do setor, indica que a maior parte do material se destina à fabricação de chapas e sacolas (27,8%), tubos (21,89%), peças industriais (18,17%), sacos de lixo (16,3%), produtos como cabides, calçados e mobiliário urbano (11,86%), garrafas e galões (2,24%), entre outros.
A Comissão Europeia também sugeriu reduzir o uso das sacolas plásticas em 80%, porque 8 milhões delas acabam no lixo todo ano. Para Martínez, mais que proibir, as medidas devem apontar a solução. "Mais que o material com que são fabricadas, o problema dessas sacolas é sua condição de uso único", explicou ao citar estudos da Cicloplast com a Universidade Pompeu Fabra. Uma das alternativas que a organização promove é o uso de sacolas reutilizáveis de polietileno. Uma coisa a menos no lixo.
Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Apesar dos resultados, a Espanha "não pode dormir no ponto", explicou Teresa Martínez, diretora geral do Cicloplast. Apesar de o país "superar e duplicar" a meta de reciclagem estabelecida pela diretriz europeia em 2008, que se situa em 22,5%, Bruxelas já definiu uma nova meta para 2025: 60% de reciclagem de plásticos e zero resíduos recicláveis nos depósitos.
Separar os detritos não é suficiente, e Martínez reconhece que "só com a reciclagem" não se poderá alcançar o objetivo. É necessário que paralelamente se promovam estratégias como o uso mais frequente dos materiais no âmbito energético e se ofereçam produtos reciclados de alto valor agregado.
Como exemplo, Martínez falou sobre dois projetos nos quais a entidade trabalha. Um deles é o Prowaste, desenvolvido em nível europeu com a participação da empresa espanhola Solteco, para criar perfis de madeira plástica. A organização também promoveu - com a empresa Ferrovial e as universidades Politécnica da Catalunha e de Alcalá - uma iniciativa nacional para usar plásticos na fabricação de asfalto modificado.
No país, à diferença do que ocorre em outros, são recolhidos todos os tipos de recipientes plásticos, rígidos e flexíveis. São depositados nos 360.369 latões amarelos cujo conteúdo é depois separado nas 96 usinas de seleção. Aqui são divididos em quatro categorias: garrafas de água e refrescos; recipientes de detergente; sacolas e iogurtes; bandejas e tigelas.
O relatório da Cicloplast, organização dedicada à promoção da reciclagem e integrada por empresas do setor, indica que a maior parte do material se destina à fabricação de chapas e sacolas (27,8%), tubos (21,89%), peças industriais (18,17%), sacos de lixo (16,3%), produtos como cabides, calçados e mobiliário urbano (11,86%), garrafas e galões (2,24%), entre outros.
A Comissão Europeia também sugeriu reduzir o uso das sacolas plásticas em 80%, porque 8 milhões delas acabam no lixo todo ano. Para Martínez, mais que proibir, as medidas devem apontar a solução. "Mais que o material com que são fabricadas, o problema dessas sacolas é sua condição de uso único", explicou ao citar estudos da Cicloplast com a Universidade Pompeu Fabra. Uma das alternativas que a organização promove é o uso de sacolas reutilizáveis de polietileno. Uma coisa a menos no lixo.
Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
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