quinta-feira, 31 de julho de 2014

Néstor Kirchner e Chávez são declarados cidadãos ilustres do Mercosul
Documento foi elaborado durante Cúpula de Presidentes em Caracas
OESP
CARACAS – Néstor Kirchner e Hugo Chávez foram declarados na terça-feira 29 cidadãos ilustres do Mercosul na Cúpula de Presidentes realizada em Caracas, a primeira do bloco a ser realizada na Venezuela.
“Foram declarados como cidadãos ilustres do Mercosul o companheiro Néstor Kirchner e o companheiro Hugo Chávez Frias, que foram líderes deste processo de unificação da América do Sul”, afirmou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O texto de reconhecimento a Kirchner, que morreu em 2010, destaca a “longa trajetória de compromisso com a política, ao colocá-la como o instrumento válido para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, a partir de profundos ideais e convicções”.
“É irrefutável sua contribuição à recuperação econômica da Argentina, à inclusão da mulher nos poderes públicos e sua luta para acabar com as leis que protegiam militares e civis envolvidos em crimes contra a humanidade durante a última ditadura militar”, diz o documento.
O texto também ressalta a disposição de Kirchner para fortalecer os mecanismos de integração na América do Sul e a vontade para reforçar o Mercosul e reconhece sua destreza política, “credenciais indiscutíveis para sua designação como secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul)”.
No caso de Chávez, que morreu no ano passado, a declaração de cidadão ilustre fala de seu “forte compromisso com a integração dos povos da América Latina e o Caribe, a profunda compreensão da realidade da região” e “sua inabalável vontade pela defesa e preservação dos princípios de soberania e autodeterminação dos povos”.
“(Ressaltamos) seu esforço para incorporar a República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul, entendendo que constituiria a via mais adequada para a construção da União Sul-Americana”, que ocorreu em junho de 2012, diz o documento.
Chávez foi reconhecido ainda pela “coragem com a qual enfrentou todo tipo de ameaça formulada pelos grandes poderes econômicos nacionais e transnacionais”, pela “dignidade com a qual representou seu país perante os fóruns internacionais”, e sua “indubitável contribuição” ao dar visibilidade à região no mundo.

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