Ocidente, a próxima vítima
Ney Carvalho - IL
Como diria Nelson Rodrigues é uma “obtusidade córnea” a atitude
ocidental, sobretudo da esquerda, a respeito do conflito entre Israel e o
Hamas. Israel é, apenas, a primeira e mais visível fronteira do Choque
de Civilizações previsto por Samuel Huntington.
Israel é o único enclave da civilização ocidental em um oriente
dominado pelo Islã. E o objetivo da Jihad, a Guerra Santa, não é
catequizar os infiéis, como fez o Cristianismo ao longo de sua história,
mas, simplesmente, eliminá-los, destruí-los. E os infiéis para os
islamitas radicais somos todos nós, membros da civilização
judaico-cristã ocidental. Essa mesma entidade fluida cujos princípios
libertários e democráticos permitem à esquerda se manifestar livremente
contra a resistência de Israel à Jihad islâmica.
O autoritarismo islamita não vai se limitar a perseguir a eliminação
de Israel. Em seguida virão os foros de democracia e civilidade de todo o
Ocidente. Ou será que Al Qaeda, Hamas, Irmandade Muçulmana, Hezbollah,
Boko Haram, Aiatolás iranianos e o novo Califado recém surgido no Iraque
vão se contentar em somente riscar Israel do mapa? Certamente não, a
cruzada contra os infiéis prosseguirá adiante. Aproxima-se o dia em que
as mulheres ocidentais serão submetidas à mutilação genital e obrigadas a
usar burca.
Ao não defender Israel com veemência o Ocidente, principalmente a
esquerda, dá um tiro no próprio pé. Nosso estilo de vida, com
democracia, liberdade e pluralismo, será a próxima vítima do extremismo
muçulmano.
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