EUA registraram a maior expansão em 10 anos no acumulado de seis meses
OESP
WASHINGTON - A economia dos EUA se recuperou de maneira acentuada no segundo trimestre de 2014, após uma contração nos primeiros três meses do ano. Além disso, revisões de dados anteriores mostraram que a economia no segundo semestre do ano passado teve a melhor expansão em 10 anos no acumulado de seis meses. Com isso, os números ajudam a elevar as esperanças sobre uma expansão forte nos próximos meses.
O Produto Interno Bruto (PIB), a medida mais ampla de bens e
serviços produzidos na economia, avançou a uma taxa anual ajustada
sazonalmente de 4% no segundo trimestre, segundo o Departamento de
Comércio dos EUA. Economistas consultados pelo The Wall Street Journal haviam previsto um crescimento a um ritmo de 3% no período em questão.
Um aumento na formação de estoques e uma aceleração dos
gastos dos consumidores lideraram os ganhos amplos e compensaram o peso
da elevação de importações.
No primeiro trimestre, a economia norte-americano contraiu a
um ritmo revisado de 2,1%. Embora ainda seja o pior trimestre da atual
recuperação, o número é melhor do que estimativa anterior de queda de
2,9%. A economia cresceu a um ritmo de cerca de 1% no primeiro semestre
de 2014.
Revisões anuais, também divulgadas nesta quarta-feira, mostraram
que a economia dos EUA registrou expansão a um ritmo de 4% no segundo
semestre de 2013, o melhor resultado em 10 anos no acumulado de seis
meses.
Mas, os números ao longo dos últimos cinco anos, incluindo
novas revisões que revolvem a 2011, continuaram a contar uma história
familiar. Incapaz de ter vários trimestres de crescimento constante, a
recuperação que começou em 2009 é a mais fraca desde a Segunda Guerra
Mundial.
Consumo. Os detalhes do relatório desta
quarta-feira mostraram que os gastos das famílias avançaram a uma taxa
de 2,5%, um aumento ante o ganho modesto no primeiro trimestre de 1,2%. O
consumo pessoal foi liderado por gastos com bens, incluindo carros. Os
gastos com serviços de saúde avançaram um pouco no período, depois de
cair no trimestre anterior.
A mudança nos estoques privados adicionou 1,66 ponto
porcentual para o crescimento durante o trimestre. Um forte acúmulo de
estoques ajudou a impulsionar o crescimento no segundo semestre do ano
passado, mas, em seguida, a inversão desta tendência contribuiu para a
contração do primeiro trimestre. No segundo trimestre, a medição do PIB
que exclui alterações nos estoques expandiu a um ritmo de 2,3%. Isso se
compara com uma contração de 1% no primeiro trimestre.
Os gastos das empresas em itens como equipamentos,
edifícios e propriedade intelectual cresceram a um ritmo de 5,5% de
abril a junho. Os gastos com equipamentos aumentaram a uma taxa de 7% no
segundo trimestre, depois de terem perdido fôlego nos primeiros três
meses do ano.
Investimento residencial fixo, ou seja, os gastos com
construção de casas e melhorias em imóveis, aumentou a uma taxa de 7,5%
no segundo trimestre. A categoria havia recuado nos dois trimestres
anteriores.
O comércio exterior foi um entrave ao crescimento econômico
durante o trimestre, apesar de um aumento sólido de 9,5% na exportações
dos EUA. Isso porque as importações subiram 11,7%. Ainda assim, o
número sugere demanda renovada por bens estrangeiros entre os
consumidores norte-americanos.
O governo também teve participação no crescimento do
segundo trimestre. Os gastos do governo e investimentos aumentaram a um
ritmo de 1,6% no período.
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