ALCKMIN APROVEITA BRIGA DE SKAF PARA ATRAIR PMDB
Cláudio Humberto - O Globo
Candidato
à reeleição em SP, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem aproveitado a
queda de braço entre o adversário Paulo Skaf e o vice-presidente da
República, Michel Temer, para angariar apoio nas bases do PMDB.
Aconselhado pelo marqueteiro Duda Mendonça, que não vê a hora de dar
troco no arqui-inimigo João Santana, Skaf ignora os apelos de Temer e se
recusa a oferecer palanque para Dilma.
CABO ELEITORAL
O
deputado Gabriel Chalita (PMDB) – desafeto de Skaf em SP – tem
trabalhado, nos bastidores, junto a prefeitos a favor de Geraldo
Alckmin.
PURA PROVOCAÇÃO
Padrinho da candidatura, Temer
ficou irritado com peça na qual Skaf é questionado sobre apoiar Dilma e
responde: “Sabe de nada, inocente”.
JOGA NO LIXO
Para a
cúpula do PMDB, a estratégia individualista de Skaf diminui chances de
2º turno, já que Alexandre Padilha não cresce nas pesquisas.
TEM SEUS MOTIVOS
Não
é à toa que Skaf tenta se descolar da presidente Dilma: ela carrega 47%
de rejeição em SP, onde hoje perderia para Aécio num 2º turno.
MÃO DE FERRO
Os
presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo
Campos (PSB) têm mais em comum do que se imagina. Assim como o
ex-presidente Lula não se cansa de reclamar que a sucessora não ouve
ninguém, senadores e deputados do PSDB descem a lenha na postura do
tucano Aécio Neves de decidir tudo sozinho. No PSB, o cenário não é
diferente: Eduardo Campos não escuta nem a turma de Pernambuco.
SÓ ATRAPALHA
O
PSB e PSDB reclamam que a centralização das decisões, além de não
envolver aliados na campanha, fragiliza chances de chegar ao Planalto.
DEU NA MESMA
Alvo
de queixas, Dilma abriu uma brecha e marcou reuniões com presidentes de
siglas aliadas, o que não mudou muito nas decisões.
BRIGA NA JUSTIÇA
O
PSDB entrou com nova ação no MP-DF contra Gilberto Carvalho por
utilizar cargo de ministro para fazer propaganda negativa de Aécio
Neves.
NA PINDAÍBA
Candidato ao governo do Rio, o senador
Lindbergh Farias (PT) sofre do mesmo mal do correligionário Alexandre
Padilha em SP: muito verbo e pouca verba. Os empresários negam doações
eleitorais com medo das denúncias que batem na porta do PT e da falta de
perspectiva de vitória.
VISTA GROSSA
Flagrado em áudios
revelando com toda naturalidade que recebe propina, deputado Rodrigo
Bethlem (RJ) avisou ao PMDB que desistirá da disputa à reeleição, mas
deverá continuar filiado ao partido, que faz vista grossa.
VICE AUSENTE
Diferentemente
de Michel Temer e Marina Silva, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) não
acompanhou ontem o presidenciável Aécio Neves na sabatina com
empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
PARA COMPENSAR
O
deputado Luiz Pitiman – candidato tucano ao governo do Distrito Federal
– fez questão de comparecer ontem na sabatina de Aécio Neves (MG), que
está empatado com a presidente Dilma nas pesquisas no DF.
GESTOS
Após
a sabatina na CNI, Eduardo Campos (PSB) ofereceu a cadeira principal
para coletiva de imprensa à vice Marina Silva: “Minha vez foi com
empresários, agora é a sua”, disse brincando, e assumiu o posto.
DESTEMPERADO
O
senador Roberto Requião (PMDB-PR), chamado por adversários de ‘Maria
Louca’, abandonou entrevista para rádio CBN de Cascavel ao ser
questionado sobre retirada de aditivo que previa duplicação da BR-277.
QUER ENGANAR QUEM?
Presidente
do PSDB-ES, César Colnago critica Eduardo Campos, que promete recuperar
o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias, “quando a bancada
dele votou contra o fundo no Senado”.
COISA DE DOIDO
Candidato
ao Senado, João Paulo (PT-PE) virou alvo de chacota após entrevista
sobre maioridade penal na qual falou de valorização da vida, meditação
transcendental e terminou contando sobre amigo que tentou suicídio e
cujo dia mais feliz da vida foi quando conseguiu fazer cocô.
PENSANDO BEM...
... com o futebolzinho jogado nos estádios após a Copa, o Templo de Salomão terá a maior média de público do Brasil.
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