Luiz Felipe de Alencastro
Há algum tempo vem sendo sublinhadas a queda do preço do petróleo e as consequências que podem advir em vários países produtores caso esta tendência se confirme no longo prazo. Porém, não há consenso sobre este último ponto. Na semana passada, seguindo uma análise anterior do Citigroup, a Goldman Sachs bateu o martelo: os preços do petróleo ficarão bastante tempo no fundo do barril.
Segundo o banco de investimentos, o aumento de produção da Arábia Saudita, Iraque e Irã,
somado ao volume de petróleo de xisto americano produzido a custos mais
reduzidos, pode derrubar o barril para US$ 20 e manter os preços baixos
por mais tempo.
À contra-corrente, a equipe da Morgan Stanley, prevê uma retomada dos preços a partir do final de 2016 e uma normalização do mercado em 2018, com o barril do petróleo em torno de US$ 85. Para a Morgan Stanley a crise atual é como a de 1986, quando houve uma superprodução de petróleo, mas tudo vai entrar nos eixos, tudo como dantes no quartel d'Abrantes.
Entretanto, sem abordar aqui o caso do Brasil, muitas contas devem ser refeitas depois que o preço do barril caiu de US$ 100 no final de 2014 para US$ 44 neste mês. No Reino Unido, as perdas na exploração dos poços do Mar do Norte podem custar milhares de empregos e US$ 18,5 bilhões até 2018.
Pior será o efeito nos países produtores africanos, mais frágeis politicamente e mais dependentes da renda do petróleo. Assim, na República do Congo (Congo-Brazzaville) a renda do petróleo corresponde a 55,8% do PNB, na Guiné Equatorial a porcentagem é de 53,3%, na Líbia, já meio desarticulada por uma guerra civil, de 44,2%, em Angola 34,6%. No Sudão do Sul, Chade, Argélia e Nigéria, a dependência da renda petrolífera é também importante.
Mesmo que o mercado esteja normalizado em 2018, muitas turbulências podem ocorrer, no meio tempo, nos países que esperavam mais renda de suas reservas petrolíferas.
À contra-corrente, a equipe da Morgan Stanley, prevê uma retomada dos preços a partir do final de 2016 e uma normalização do mercado em 2018, com o barril do petróleo em torno de US$ 85. Para a Morgan Stanley a crise atual é como a de 1986, quando houve uma superprodução de petróleo, mas tudo vai entrar nos eixos, tudo como dantes no quartel d'Abrantes.
Entretanto, sem abordar aqui o caso do Brasil, muitas contas devem ser refeitas depois que o preço do barril caiu de US$ 100 no final de 2014 para US$ 44 neste mês. No Reino Unido, as perdas na exploração dos poços do Mar do Norte podem custar milhares de empregos e US$ 18,5 bilhões até 2018.
Pior será o efeito nos países produtores africanos, mais frágeis politicamente e mais dependentes da renda do petróleo. Assim, na República do Congo (Congo-Brazzaville) a renda do petróleo corresponde a 55,8% do PNB, na Guiné Equatorial a porcentagem é de 53,3%, na Líbia, já meio desarticulada por uma guerra civil, de 44,2%, em Angola 34,6%. No Sudão do Sul, Chade, Argélia e Nigéria, a dependência da renda petrolífera é também importante.
Mesmo que o mercado esteja normalizado em 2018, muitas turbulências podem ocorrer, no meio tempo, nos países que esperavam mais renda de suas reservas petrolíferas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário