quarta-feira, 24 de maio de 2017

Aliados de Temer dizem que Cármen Lúcia, Gilmar ou Meirelles não têm chances em eleição indireta
Painel - FSP
Agenda pragmática Aliados do presidente Michel Temer, em conversas com líderes de partidos da base do governo, fazem o seguinte discurso: com eleição indireta, a chance de o Congresso escolher alguém de fora do Parlamento é praticamente nula. Tendo a Câmara a maioria dos votos, o vencedor sairá de lá. Com a jogada, tentam pregar que não há viabilidade para os nomes mais queridos de alguns setores, como Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, do STF, e o ministro Henrique Meirelles (Fazenda).
Olho no lance Esses mesmos aliados de Temer acompanham com atenção os movimentos do PSDB. Há uma tentativa de viabilizar, no partido, os nomes de Tasso Jereissati (PSDB-CE) e do ex-ministro Nelson Jobim para o caso de eleição indireta.
Ocupar e resistir A ordem no Planalto é manter a agenda de votações no Congresso, mesmo debaixo de chumbo grosso da oposição. A avaliação é que só a manutenção de um programa econômico pode salvar Temer politicamente, pois daria a ele alguma guarida no PIB.
Senha O governo festejou a confusão armada pela oposição no Senado durante a leitura de relatório da reforma trabalhista. Motivo: dizem que isso amplia a sensação de que haveria balbúrdia com a aceitação da pauta pregada por siglas como o PT, de eleições diretas.
Resgate Ex-ministro da Fazenda e amigo do presidente, Delfim Netto defende que o Brasil peça a extradição de Joesley Batista. “Ele produziu um terremoto e um prejuízo gigantesco à economia. Precisa ser extraditado para responder por seus crimes.”
Pena máxima Delfim afirma ainda que para os crimes cometidos por Joesley “só cadeia resolve”. “Não pode ser resolvido com o pagamento de multas.” Sua fala faz eco ao que defendem aliados de Temer no governo. A ofensiva sobre Joesley manteria o peemedebista no ringue com um réu confesso.
Dissidente O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) prega que, caso Michel Temer caia, o Congresso aprove uma PEC para eleição direta com mandato de cinco anos sem reeleição para presidente.
DNA Alinhado a Renan Calheiros (PMDB-AL), Braga disputará o governo do AM. Defende nova eleição como sinônimo de legitimidade.
Vai custar caro Com o relatório da reforma trabalhista dado como lido na Comissão de Assuntos Econômicos, após confusão no Senado, a oposição pretende judicializar a discussão na Casa para tentar derrubar a tramitação da proposta.

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