FARRA PETISTA SÓ EM ANGOLA VAI A R$ 8,8 BILHÕES
Cláudio Humberto
Nos
últimos anos, os financiamentos do BNDES a empresas brasileiras em
Angola, na África, passaram de R$ 5 milhões (US$ 1,88 milhão) em 2001
para R$ 8,76 bilhões (US$ 3,3 bilhões) entre 2007 e 2014. O Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social concedeu o dinheiro
através da modalidade “pós-embarque” de exportações financiadas. Isso
significa que a grana sai daqui e é paga no exterior.
NEGÓCIO PETISTA
O
auge dos financiamentos do BNDES em Angola foi em 2009 (US$ 766
milhões), no governo Lula, mas 66% da grana foi paga por Dilma.
FINANCIAMENTO AMIGO
No
“pós-embarque”, a empresa recebe o dinheiro no Brasil, mas realiza
serviços no exterior sem obrigação de usar mão-de-obra nacional.
ODEBRECHT, SEMPRE
Uma
das empreiteiras mais citadas na Lava Jato, a Odebrecht é dona de
grandes obras em Angola, como, de hidrelétrica a aeroporto.
BOLÃO
Circula um bolão com apostas para saber quem chega primeiro ao valor de R$ 5,00: o dólar, a gasolina ou as ações da Petrobras.
MPX E PETRA OBTIVERAM R$400 MILHÕES DO BNDES
Generoso
com empreiteiras enroladas no Petrolão, o BNDES jamais deixou faltar
dinheiro nos negócios de Eike Batista. A MPX, empresa de energia de
Eike, se associou à Petra Energia na termoelétrica Parnaíba Geração de
Energia, e obteve financiamento de R$ 400 milhões do BNDES. O
vice-presidente da Petra era o jovem Pedro Mercadante Oliva, filho do
influente ministro Aloizio Mercadante, hoje na Casa Civil.
PARADEIRO
Na
época do financiamento milionário do BNDES (dezembro de 2011), Aloizio
Mercadante era ministro da Ciência e Tecnologia de Dilma.
CAMINHO DAS PEDRAS
Já
sem o vice Pedro, a Petra obteve R$148,1 milhões da Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep), do Ministério de Ciência e Tecnologia.
DESLIGAMENTO
Pedro deixou de
ser um dos vice-presidentes da Petra em setembro de 2012, nove meses
após sair o contrato de R$ 400 milhões do BNDES.
LOBBY DE SUCESSO
O
secretário de Relações do Trabalho, Manoel Messias Melo, é acusado de
desobedecer decisão judicial para negar carta sindical ao Sintraveic/PE,
dos motoristas de “cegonheiras” em Pernambuco. Ele é sensível ao de
lobby dos sindicatos de São Bernardo e Minas.
DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA
A
Confederação Nacional da Agricultura (CNA) bancou passagens aéreas para
funcionários lotar a posse de Kátia Abreu (PMDB-TO) na entidade. A
cerimônia contou com presença da presidenta Dilma.
É SÓ UM FACTOIDE
Jair
Bolsonaro (PP-RJ) não tem motivos de preocupação no processo contra ele
na Câmara – que levou 8 meses para cassar André Vargas (ex-PT-PR): a
Legislatura acaba em 45 dias e tem o recesso no meio.
BOLSA RECORDE
No
ano da reeleição de Dilma, o governo bateu o recorde em gastos com a
Bolsa Família. Foram distribuídos, até novembro, R$ 24,8 bilhões,
montante idêntico a todo o ano de 2013 e maior que qualquer outro ano do
programa. É o dobro do penúltimo ano de governo Lula.
SÃO R$ 0,50
Analistas
do governo se animaram com o pico de crescimento de 8% das ações da
Petrobras na Bolsa, durante o dia de ontem. O único problema é que 8% de
uma ação da Petrobras vale hoje 50 centavos.
FATIAMENTO
Partidos
que diminuíram de tamanho na Câmara arquitetaram plano para não perder
preciosos cargos: retomar a malandragem de dividir cargos de salários
altos em vários de menor valor.
SEM FÔLEGO
O PT cogita
apoiar, por debaixo dos panos, Júlio Delgado (PSB) para o comando da
Câmara. O partido teme que, num confronto com Eduardo Cunha (PMDB),
Arlindo Chinaglia não chegue ao 2o turno.
O QUE DÁ VOTO
Líder
do PMDB, Eduardo Cunha admite em conversas privadas que quer manter
distância do PT na disputa pelo comando da Câmara. O mote da campanha
é independência e rebeldia em relação ao governo.
AÇÃO HUMANITÁRIA
A
dura realidade no Twitter: semana que vem as ações de Petrobras estarão
valendo 1 quilo de alimento não perecível. Sal, de preferência.
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