quinta-feira, 24 de abril de 2008

O Enterro dos Mortos

T.S. Eliot

Abril é o mais cruel dos meses, germina Lilases da terra morta, mistura Memória e desejo, aviva Agônicas raízes com a chuva da primavera. O inverno nos agasalhava, envolvendo A terra em neve deslembrada, nutrindo Com secos tubérculos o que ainda restava de vida (...) Que raízes são essas que se arraigam, que ramos se esgalham Nessa imundície pedregosa? Filho do homem, Não podes dizer, ou sequer estimas, porque apenas conheces Um feixe de imagens fraturadas, batidas pelo sol, E nenhum rumor de água a latejar na pedra seca. Apenas Uma sombra medra sob esta rocha escarlate. (Chega-te à sombra desta rocha escarlate), E vou mostrar-te algo distinto De tua sombra a caminhar atrás de ti quando amanhece Ou de tua sombra vespertina ao teu encontro se elevando; Vou revelar-te o que é o medo num punhado de pó.

4 comentários:

Iann Pinheiro Chuffi disse...

Professor Paulo!
Como vai?

Hoje é a estréia de seu blog, não?
E de início, o senhor já começou com um grande símbolo da Mitologia Grega...

A Professora Márcia já falou muito dele...
E realmente, é uma história fascinante!

O texto do dia de hoje também é excelente, assim como tudo o que provém da boa Literatura!

Devo dizer que ficou excelente; e com certeza, tem "a sua cara"!

Aguardo novas postagens!

Um abraço!

Unknown disse...

O Enterro dos Mortos...
Gostei do texto postado, e o Blog está ficando muito bom...

Paulão, como podemos achar você no orkut ?

Té mais...

Unknown disse...

Pauloo,parabens pelo blog, ficou excelente mesmo !
e como disse o Ian, tem a sua cara !

Beijos!

Thiago.Camargo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.